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Autodesenvolvimento, Mente

Evoluir exige sabedoria: veja 5 passos para aprender com os erros

28 de julho de 2017

“O homem que não comete erros geralmente não faz nada”, diz a sábia máxima atribuída ao diplomata americano Edward John Phelps. Muitas vezes deixamos de agir com medo de errar, postura que nos impede de realizar sonhos e crescer. Em vez de ficarmos paralisados por temor ao fracasso, devemos agir e, caso o tombo venha, ter a sabedoria de aprender com os erros.

Como aprender com os erros?

1 – Tenha consciência do erro

De acordo com o dicionário da língua portuguesa, errar significa “desviar-se do caminho considerado correto, bom e apropriado; enganar-se”. O primeiro ponto que devemos ficar atentos quando cometemos um erro é ter consciência dele; afinal, algo foi desviado ou feito de forma incorreta para a existência da falha.

2 – Assuma a falha

Ninguém gosta de errar, mas ter humildade de assumir o erro é um importante passo para superá-lo. Afinal, negar a falha e continuar agindo como se nada tivesse acontecido só prolongará o problema – ou pior, fará com que ele se intensifique ou torne a acontecer. Tenha em mente que o erro só ocorreu na tentativa de acertar.

3 – Entenda por que o erro ocorreu

Também de nada adianta assumir a falha mas não refletir sobre o que a motivou. Aprender com os erros significa entender porque eles ocorreram e buscar alternativas e soluções para repará-los ou não cometê-los novamente. Após entender o erro e assumi-lo, questionar-se sobre o que poderia ser feito de forma diferente é etapa importante para o aprendizado.

4 – Aprenda com ele

Aprender com o erro nada mais é do que entender como a falha ocorreu e não tornar a repeti-la. Uma dica para isso pode ser conversar com amigos, profissionais, pessoas envolvidas no incidente, buscar literaturas ou especialistas que saibam soluções para o problema. Tal postura exige consciência e disciplina, mas é completamente recompensadora a cada aprendizado.

5 – Não tenha medo de agir novamente

Erro cometido, aprendizado computado, não tenha medo de continuar caminhando e tomar novas ações. Há uma outra frase, do poeta italiano Arturo Graf, que diz: “Existem pessoas obcecadas pela prudência que, por pretenderem evitar o menor dos erros, fazem da vida inteira um único erro”.

Equilíbrio para seguir em frente

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, passou por muitos altos e baixos como empresário, chegando inclusive a receber pedido de falência de empresas por inexperiência. Foram fases de dificuldades. A cada queda, ele afirma que precisava “renascer das cinzas como a Fênix”, o que exigia muita energia e esforço, gerando estresse.

Com o passar do tempo, percebeu que quanto mais equilibrado estava em sua vida, cuidando de si, mais atento ele ficava aos atos do dia a dia, evitando tombos tão drásticos. “Depois de eu buscar conhecimentos, cursos de autoajuda, de leader coach ou transformação, eu comecei a entender que eu não precisava mais renascer das cinzas, que vinha a adversidade mas eu não precisava mais ir até o fundo do poço, que eu posso fazer a curva ser não tão descendente.”

Em vez de chegar até o fundo do poço, os aprendizados que teve ao longo da vida o fizeram ser mais precavido em alguns pontos como empresário, por exemplo. Como inspiração para aprender com os erros, ele cita o texto abaixo:

Autobiografia em 5 capítulos (do “O Livro Tibetano do Viver e do Morrer”)

  1. Ando pela rua.

Há um buraco fundo na calçada.

Eu caio…

Estou perdido… sem esperança.

Não é culpa minha.

Leva uma eternidade para encontrar a saída.

  1. Ando pela mesma rua.

Há um buraco fundo na calçada.

Mas finjo não vê-lo.

Caio nele de novo.

Não posso acreditar que estou no mesmo lugar.

Mas não é culpa minha.

Ainda assim leva um tempão para sair.

  1. Ando pela mesma rua.

Há um buraco fundo na calçada.

Vejo que ele ali está

Ainda assim caio… é um hábito.

Meus olhos se abrem.

Sei onde estou.

É minha culpa.

Saio imediatamente.

  1. Ando pela mesma rua.

Há um buraco fundo na calçada.

Dou a volta.

  1. Ando por outra rua.

De acordo com Tagawa, o texto nos inspira a refletir sobre nossas falhas. “É interessante para ver em qual estágio você está. Durante muito tempo da minha vida eu fiquei no primeiro estágio. Avisto o buraco, caio e é uma eternidade para sair. Hoje eu consigo identificar a situação adversa não tendo que voltar para o Capítulo 1”, revela.

Diz, ainda, que tem vezes que sai do buraco, mas não consegue fazê-lo imediatamente. “E tem vezes que estou tão equilibrado que já ando por uma outra rua, eu não preciso enxergar o buraco”, analisa.

Autodesenvolvimento, Mente

Por que o planejamento financeiro é essencial para ter uma vida equilibrada

26 de julho de 2017

Dinheiro traz felicidade? Existem inúmeras respostas para a clássica pergunta. Há quem acredite que sim e há quem diga que não. Contudo, uma coisa é certa: estar endividado ou desorganizado financeiramente, seja lá qual for seu padrão de vida, traz estresse e, consequentemente, pode te deixar infeliz. Fazer um planejamento financeiro é essencial para ter uma vida saudável e equilibrada, um dos princípios da Filosofia do Bonsai.

A importância de ter equilíbrio financeiro

Seja qual for seu objetivo de vida, recursos e alguma renda serão necessários para realizá-lo. Não há como negligenciar a importância do capital para ter se ter uma vida harmônica. Exceto raríssimas exceções, é preciso de dinheiro para qualquer meio de vida – do mais robusto ao mais modesto.

Nos dias atuais muitas pessoas estão entendendo a importância de ter uma vida mais simples. Para isso, organizar as finanças é fundamental. É preciso avaliar os gastos e definir quais realmente são desnecessários.

Situação mais alarmante é a de quem possui dívidas e não consegue se livrar delas. “Como é que você consegue ter equilíbrio se você está devendo? Se você não consegue se organizar financeiramente?”, avalia Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai.

Tagawa não diz isso em vão. Ele passou anos da vida desorganizado financeiramente, vivendo endividado no cartão de crédito. Empreendedor desde os 20 anos, por muito tempo ele não separou as contas pessoais das do negócio, o que causava muitos transtornos – ele chegou a receber pedido de falência de uma empresa. “As coisas não caminhavam”, lembra.

Tudo mudou quando ele foi apresentado a uma planilha de planejamento financeiro. Aos poucos começou a organizar as contas e de endividado passou a ser poupador e, com o tempo, investidor. “Na hora em que eu consegui separar as contas e fazer um planejamento financeiro, aplicar em uma planilha de Excel o quanto eu gastava, qual era a minha despesa, meu gasto com alimentação, com vestuário, lazer e moradia, as coisas começaram a melhorar.”

Dicas para se organizar financeiramente

1 – Liste ganhos e gastos

O primeiro passo para colocar as finanças em ordem é saber exatamente qual é sua renda mensal e o quanto você gasta. Coloque tudo em uma tabela, as receitas de um lado e as despesas do outro. A regra básica é: os gastos jamais podem ser maiores do os ganhos. Se isso estiver acontecendo, é hora de olhar com calma cada uma das despesas e começar a cortá-las.

2 – Repense suas necessidades

Você realmente precisa de tudo o que compra ou consome? Por meio do autoconhecimento, da meditação, busque organizar seus pensamentos e reveja a vida que tem levado. Nessa introspecção você pode encontrar respostas para um meio de vida mais simples – nem que seja apenas durante o período necessário para cortar gastos.

3 – Corte despesas

Essa é parte mais difícil de ser aplicada. Contudo, não há como fugir dela. Aqui vale de tudo: desde cortar compras supérfluas (para quem as faz) a até abrir mão de gastos importantes para quem não tem alternativa. Elimine o máximo possível, como compras de roupas ou acessórios novos, refeições fora ou passeios caros – substitua-os pelos gratuitos. Troque o carro pelo transporte público ou pela bicicleta.

4 – Troque ou venda bens

Bens que estão fora de uso podem valer algum dinheiro. A internet ajuda nessa troca, com vários sites e lojas virtuais em que qualquer um pode fazer um cadastro, comprar, trocar e vender o que quiser. Quer trocar de celular? Talvez alguém pague algo pelo seu e você possa comprar um do modelo que quer de segunda mão, pagar mais barato e ainda dar o dinheiro que recebeu pela venda do seu como parte do pagamento.

5 – Negocie suas dívidas

Tenha em mente que o objetivo é eliminar as dívidas ou renegociá-las. Tente acumular o máximo de dinheiro possível para quitar empréstimos, como vender veículos, bens que não estejam sendo usado, etc. Procure trocar dívidas caras, como a do cartão de crédito, por crédito mais em conta (como um consignado ou empréstimo pessoal). Vá a bancos, financeiras e pesquise com calma os juros. Não elimine a possibilidade de consultar amigos ou familiares que possam ajudar com algum empréstimo mais barato.

6 – Poupe e invista

Após organizar as contas, é hora de pensar em guardar dinheiro. Ter uma reserva é importante para eventuais emergências e nos dá liberdade para tomar decisões que envolvam a questão financeira – como fazer aquela viagem que apareceu de última hora ou até mesmo consertar o notebook que quebrou de um dia para o outro. Não há regra, mas é recomendado guardar de 10% a 30% da renda mensal. O próximo passo é investir o dinheiro em soluções rentáveis – o que exige pesquisa, mas há opções para todo o tipo de bolso e perfil. Para quem é conservador e está começando, uma dica clássica dos economistas é fugir da Poupança, que rende pouco, e buscar o Tesouro Direto.

Autodesenvolvimento, Mente

Como aceitar o sofrimento e agradecer ao bem que ele pode proporcionar

21 de julho de 2017

Por Gabriela Gasparin

“O sofrimento lapida a alma”, diz um provérbio chinês. “Quem não quer sofrer, nasce morto”, sentencia outro ditado popular. A sabedoria dessas frases nos leva a concluir: o sofrimento não só faz parte da vida, como nos ajuda a evoluir. Apesar de ninguém gostar de sofrer, se tivermos consciência de que a fase difícil nos leva a uma evolução ou aprendizado, será menos penoso enfrentá-la. Aceitar a dor às vezes é o melhor que podemos fazer para, no futuro, entendermos por que ela veio.

É possível aceitar o sofrimento?

No bestseller “O poder do agora” o escritor alemão Eckhart Tolle diz que a resistência ao sofrimento apenas o intensifica. Ele nos chama a atenção para a sabedoria contida nas artes marciais: “não ofereça resistência à força opositora, submeta-se para superá-la”, sugere.

A resistência perante o sofrimento acontece quando fazemos de tudo – em ações e pensamentos – para que ele não exista, em vez de aceitá-lo. Em seu livro, Tolle sugere que o mais sensato a fazer diante uma situação difícil é perguntar-se: “existe alguma coisa que eu possa fazer para mudar a situação, melhorá-la ou me tirar dela?”

Se houver, ele recomenda que tomemos a atitude adequada. Contudo, caso não haja o que fazer nem como escapar da situação, devemos usar isso para irmos mais fundo no nosso “ser”, na nossa “entrega à vida”, no “agora”. Tolle defende que “a mudança sempre acontece por caminhos estranhos, sem a necessidade de uma grande quantidade de atitudes da sua parte”.

Paciência para esperar a dor passar

Em entrevista amplamente disseminada nas redes sociais, a filósofa Viviane Mosé sugeriu atitude semelhante à proposta por Eckhart Tolle. Disse Mosé: “o sofrimento nos move. Eu não tenho que buscar o sofrimento, mas eu não tenho que achar que devo acabar com o sofrimento. Não sou eu que tenho que acabar com o sofrimento, ele acaba por ele.”

Sabemos que é muito difícil pensar de tal maneira na hora que a dor chega. Queremos fazer de tudo para que ela vá embora o mais rápido possível. Contudo, conforme vamos aceitando e deixando a maré baixar, é comum entendermos o motivo de seu surgimento nas nossas vidas, não é verdade?

Há males que vêm para o bem

Há situações ruins, inclusive, em que não só aprendemos com elas como depois agradecemos sua chegada, pois percebemos o quanto evoluímos ou conseguimos encontrar formas de superá-la. Afinal, como diz um terceiro ditado: “há males que vêm para o bem”.

Um exemplo disso é quando somos demitidos e, após passar por apuros para encontrar outra fonte de renda, percebemos que éramos capazes de fazer muito melhor. Ou em términos de relacionamentos: é comum percebermos que havíamos deixado de lado muitos gostos pessoais e, após o fim de um namoro ou casamento, nos “reencontrarmos com quem éramos antes”.

A filósofa Viviane Mosé sugere que todo sofrimento tem um processo de maturação no corpo, que se elabora e depois termina. O problema, segundo ela, é que não queremos dar o tempo do sofrimento no corpo. “Uma das razões do sofrimento é o rompimento da alma para ela se tornar maior. E quando a alma se torna maior, nela cabe mais mundo, ela permite mais contradição. Então uma pessoa amadurece quando ela lida melhor com o sofrimento”, opina.

Agradecer ao sofrimento

Mosé explica que quando um sofrimento chega na vida dela, costuma se perguntar: “Que aspecto da minha alma precisa crescer e se transformar?” A intenção é “conversar com o sofrimento” e entendê-lo. “Eu agradeço a cada um dos meus sofrimentos. Eu não abro mão de nenhum deles.”

Na mesma direção, Tolle sugere: “torne-se um alquimista. Transforme o metal em ouro, o sofrimento em consciência, a infelicidade em iluminação.”

* Gabriela Gasparin é jornalista, escritora e autora do livro “Vidaria, uma coletânea de sentidos da vida”. É também criadora do blog Vidaria.

Alma, Espiritualidade

Ho’oponopono: o mantra havaiano que neutraliza mágoas e proporciona paz

13 de julho de 2017

“Sinto muito. Me perdoe. Eu te amo. Sou grato.” Essas palavras compõem o mantra havaiano conhecido como Ho’oponopono, usado para a limpeza da mente em relação a sentimentos como mágoa, rancor ou raiva. De acordo com a tradição havaiana, a repetição dessa frase feita com intenção e profundidade nos ajuda a lidar melhor com problemas de relacionamento, harmonizando pensamentos negativos em relação a quem nos causa maus sentimentos.

O que é o Ho’oponopono?

O Ho’oponopono é um mantra usado para restaurar a harmonia em toda a sociedade tradicional havaiana. “Ho’o” significa “fazer, agir” e “pono” significa “certo, corretamente”. A repetição da palavra “pono” intensifica o fazer corretamente.

De acordo com a especialista em cultura havaiana Mary Kawena Pukui, a palavra Ho’oponopono pode ser traduzida literalmente como “corrigir-se por erros do passado”, ou seja, “restaurar e manter boas relações entre a família e os poderes familiares e sobrenaturais”, explica uma reportagem da revista “Hawaii Magazine”, especializada nas tradições da ilha americana.

Como fazer o Ho’oponopono?

O mantra é um processo que nos auxilia a perdoar, dentro do possível, ou aceitar as dores ou problemas causados por quem estamos conectados.

O primeiro passo é identificar dentro de si os sentimentos ruins e estressantes causados por determinadas memórias ou lembrança, atentando-se à origem de cada um deles. Uma forma de conseguir se conectar profundamente com esses sentimentos é por meio da meditação. Um exemplo é quando vem à nossa mente uma sensação de raiva, rancor ou mágoa relacionada a alguma pessoa.

Esses registros ficam na nossa mente e costumam incomodar, atrapalhando nossas vidas e nosso dia a dia. Quando eles vêm à tona, fazer o mantra Ho’oponopono nos ajuda a limpar os pensamentos, amenizando nossa raiva com relação à pessoa que nos causa tal sentimento – aliviando a dor e, em longo prazo, nos levando para o perdão – ou aceitação.

Uso diário do mantra

Em sua meditação diária, Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, reconhece os pensamentos negativos com relação a algumas pessoas ou situações – sentimentos que o atrapalharam durante anos no passado, mas que apenas com a meditação e quietude da mente ele conseguiu identificar.

Após ser apresentado ao Ho’oponopono, começou a ouvir diariamente o mantra, repetindo-o em sua mente após o processo de meditação. O mantra é feito sempre pensando na pessoa que lhe proporciona a sensação ruim. O resultado é que o incômodo passa e o dia fica muito mais harmônico e equilibrado, garante Tagawa.

Quando não fazia o mantra, as sensações negativas ficavam acumuladas dentro dele e eram descarregadas nas relações pessoais e de trabalho de forma inconsciente. Com o Ho’oponopono, ele garante que a frequência dessas descargas negativas em outras pessoas, por meio de discussões ou agressividade, tem reduzido a cada dia.

O exemplo de Tagawa revela o quanto o mantra havaiano pode nos ajudar a ter uma vida mais leve e equilibrada, o principal preceito da Filosofia do Bonsai. O Ho’oponopono visa dissolver a carga negativa de emoção e energia com relação a alguma pessoa, proporcionando paz para as nossas vidas.

Atividade Física, Corpo

Como aproveitar o tempo curto pela manhã para fazer exercícios matinais

11 de julho de 2017

Acordar em cima da hora, trabalhar o dia inteiro e não achar tempo para se exercitar são situações que fazem parte da rotina de muitas pessoas. No decorrer do dia, dores de cabeça e no corpo causam mau humor, desconforto e atrapalham no desempenho de tarefas importantes. Fazer atividades físicas é essencial para evitar tais incômodos. Para quem vive contra o relógio, uma boa dica é separar alguns minutos logo cedo para fazer exercícios matinais que, acredite, podem ser intercalados com o preparo do café da manhã.

Na Filosofia do Bonsai, cuidar do corpo está entre as principais ações para alcançar uma vida equilibrada e em harmonia. O corpo representa o “tronco” do bonsai, responsável por levar a seiva da raiz até a copa da planta. “Qual é a função do nosso tronco? Precisa manter a estrutura firme. É o canal entre os comandos do cérebro para conseguir passar a informação para as ações”, explica Alexandre Tagawa, idealizador da filosofia.

Tagawa é empresário e tem uma agenda apertada de compromissos. Para manter as atividades físicas em dia, criou para ele uma rotina que inclui a prática de exercícios matinais enquanto prepara o próprio café da manhã.

Após acordar, ele reserva religiosamente cerca de 20 minutos para fazer seus exercícios, o que inclui meditação, alongamento, agachamento, isometria e flexões. “E o tempo do exercício é mínimo. Se a pessoa tem um tempo muito curto de manhã, ela consegue praticar”, sugere.

Sequência de exercícios

É preciso ter disciplina e levar a sério a prática dos exercícios para que o resultado apareça. Tagawa gosta de fazer todo o seu ritual matutino com calma, então acorda diariamente cerca de duas horas antes de estar no trabalho – ele chega no escritório por volta das 9h, mas antes das 7h já está de pé. Para conseguir fazer tudo o que precisa, o tempo dos exercícios é intercalado com o preparo do café da manhã.

Para controlar a duração de cada atividade, Tagawa coloca músicas que gosta de ouvir ou que o ajudam a começar o dia com o pensamento positivo. Ao todo são três músicas – sempre as mesmas.

  1. Meditação
    A primeira música é uma tibetana, usada para meditar. Após fazer sua meditação, Tagawa separa os alimentos que vai comer no café da manhã, como pães, bolo e frutas para fazer sua vitamina.

 

  1. Isometria
    Depois disso, coloca outra música e fica três minutos em isometria, na posição mais conhecida como “prancha”. (ficar com os antebraços e a ponta dos pés apoiadas no solo, e o tronco perpendicular ao solo, fazendo força no abdômen). Ele faz a postura por três minutos, mas iniciantes pode fazer curtas séries de 30 segundos cada

  1. Agachamentos
    Em sequência faz três séries de 30 agachamentos (manter os pés separados na mesma largura dos quadris, ficar com a coluna reta e agachar fazendo força nas coxas e no abdômen sem forçar a lombar).

  1. Flexões
    Feita a prancha e os agachamentos é a hora de colocar a água do café para ferver. Enquanto isso, ele faz a primeira sequência de 30 flexões no chão da cozinha mesmo. Depois disso ele começa a cortar as frutas do café da manhã para a sua vitamina. Já é a hora de fazer a segunda sequência de 30 flexões. Ao concluir, coloca o café para coar e a vitamina para bater no liquidificador e faz a terceira e última sequência de 30 flexões.

  1. Alongamento
    Com o café e a vitamina prontos, Tagawa coloca uma terceira música e prepara a mesa do café da manhã. Antes de fazer a primeira refeição do dia, contudo, ele começa sua série de alongamentos, como esticar o corpo; fazer movimentos circulares com o pescoço, quadril, mãos e pés; saltar; esticar mãos e pernas e relaxar os ombros. Ele faz 30 segundos de cada tipo de alongamento e sua série diária chega ao fim.

Tradição japonesa

Tagawa aprendeu a fazer alongamentos quando criança, vendo sua avó de origem japonesa se alongar diariamente de manhã após fazer sua meditação. Aos 17 anos, quando trabalhou no Japão, ele também precisava fazer 15 minutos de alongamento (o chamado Taissô) antes de trabalhar na fábrica – onde encarava uma rotina diária de 12 horas de trabalho.

Para ele, a sequência de exercícios diários ajuda a manter equilíbrio para o dia, sendo indispensável. Assim como o ajudou, ele acredita que manter a prática pode ajudar quem tem o tempo apertado a cuidar do corpo e prevenir mal estar físico e mental ao longo do dia.

Corpo, Saúde

“Prevenir é melhor do que remediar”: cuidados simples e diários evitam doenças

6 de julho de 2017

“Prevenir é melhor do que remediar”, já diz o ditado popular. Apesar do sábio provérbio, é comum deixarmos para tomar atitudes somente quando os problemas já apareceram, principalmente no que diz respeito à saúde do nosso corpo e mente. Ter um estilo de vida saudável e fazer visitas periódicas ao médico para a realização de exames preventivos são medidas simples que podem evitar o aparecimento de doenças ou reduzir o risco de percalços pelo nosso caminho.

 

O que é melhor: prevenir ou passar estresse?

Na Filosofia do Bonsai, a prática da prevenção é vista como essencial em todos os setores da vida, tanto no que diz respeito à saúde física e mental como nas relações humanas e no ambiente profissional. O maior benefício da prevenção é que é feita com medidas simples e rotineiras, diferentemente de ações drásticas, custosas e complexas que geralmente são necessárias quando nos vemos diante de um grande problema ou doença grave.

Todos sabemos da importância de manter um hábito de vida saudável. Porém, muitas vezes temos dificuldade em torná-los parte do nosso dia a dia. Contra isso, não há fórmula mágica: é necessário ter força de vontade e disciplina.

Uma dica para ser disciplinado é lembrar do ditado que abre este texto, usando-o como estímulo: “prevenir é melhor do que remediar”. Ou seja, quando a preguiça ou a tentação começarem a falar mais alto, lembre-se do impacto e estresse causados quando um grande problema ou doença aparece.

Os significados das palavras no dicionário sempre nos ajudam a reforçar a ideia que elas nos transmitem. No caso de “prevenção”, é: “1. Ação ou resultado de prevenir(-se). 2. Conjunto de medidas ou preparação antecipada de (algo) que visa prevenir (um mal).”

Simples medidas que fazem a diferença

Sabendo disso, o ideal é sempre pensarmos: o que podemos fazer diariamente para nos prepararmos e termos uma vida melhor?

No caso da nossa saúde, entre as ações a incluir no nosso dia a dia estão: a prática regular de exercícios físicos, manter uma alimentação balanceada e se certificar de manter o sono em dia. Outra medida muito difícil para algumas pessoas, mas sempre recomendada pelos médicos, é diminuir (se possível eliminar) as bebidas alcoólicas e o fumo.

Fazer meditação e ter um ritual diário, por sua vez, ajudam a nos manter conectados com nossa essência, colaborando para um equilíbrio mental.

A importância dos exames de rotina

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, já teve um “susto” com relação à sua saúde por negligenciar a importância de ir periodicamente ao médico e fazer exames de rotina. Foi quando, após a insistência de sua esposa, resolveu fazer um check-up geral e obteve o diagnóstico de ter Esôfago de Barrett (que é, de forma simples, uma agressão ao esôfago por conta de refluxo). Ele precisou passar por uma cirurgia e desde então modificou os hábitos alimentares. Caso não tivesse detectado a doença, ela poderia se desenvolver para um câncer no futuro.

Na Filosofia do Bonsai, o cuidado com o corpo e mente encontram-se nos pilares raiz e tronco.  Na raiz encontra-se a investigação sobre quem somos, nossos antepassados e carga genética – o histórico de antecedentes familiares funciona como um “alerta” para a identificação de doenças no estágio inicial. No tronco, os cuidados rotineiros com a saúde e bem-estar.

Afinal, se é melhor prevenir do que remediar, que a prevenção esteja presente de forma intensa na nossa vida, proporcionando menos estresse e uma vida com mais qualidade e harmonia.

Alma, Espiritualidade

Conheça a meditação ativa e diminua seu estresse em qualquer hora do dia

4 de julho de 2017

Por Gabriela Gasparin

Quando falamos em meditação, é comum vir à nossa mente a imagem de um monge de cabeça raspada sentado em posição de lótus no topo de uma montanha, não é mesmo? Apesar de a origem da prática estar relacionada a uma cena como essa, meditar está longe de exigir qualquer cenário, roupa ou postura específica. Aliás, é possível inclusive estar em estado meditativo durante as atividades do dia a dia, como dentro do ônibus ou na fila do banco, ação que pode ser chamada de meditação ativa.

O que é meditação ativa?

Primeiramente é importante saber o que é meditação, pois há várias formas de praticar e entender seu significado. Por se tratar de uma prática de origem milenar, com muitos adeptos no mundo inteiro (principalmente no Oriente), cada grupo desenvolveu técnicas próprias para meditar.

Porém, de uma forma simples e tradicional, meditar nada mais é do que o ato de ficar em silêncio, focado no presente, atento à respiração, aos sentimentos e sensações. Geralmente fica-se sentado com as pernas cruzadas, em posição de lótus ou meia lótus, com a coluna ereta e os olhos fechados (ou entreabertos).

A meditação ativa diferencia da clássica meditação na forma, mas não no objetivo. Isso porque o intuito da meditação é “acalmar” a mente, limpando os pensamentos sem se identificar com eles ou “levá-los a sério”.  Ao final, nos sentimos presentes ao momento atual, mais calmos, inteiros e relaxados, conectados com nosso interior.

A meditação ativa pode ser feita em situações diárias quando percebemos que essa conexão interior é possível. Ou seja: é aquele momento em que esvaziamos a mente das preocupações e de pensamentos sobre o futuro ou passado, focando-os no momento presente.

Nessa interpretação, a meditação ativa pode acontecer durante o café da manhã, na fila do banco, em um congestionamento, dentro do ônibus, em momentos do trabalho ou na prática de um exercício físico, por exemplo. Para isso, uma forma de se conectar com o interior é prestar atenção na respiração e no corpo – procurando uma postura adequada de acordo com a situação (sentado ou em pé, o importante é corrigir a postura, ficando inteiro no ato de estar presente).

Ação contemplativa versus contemplação ativa

Podemos entender por meditação ativa uma ação que nos eleve para um estágio de atenção e consciência. No livro “Vida Ativa”, o autor Parker Palmer avalia que contemplação e ação estão integradas na raiz. “A ação se torna algo mais do que um ir-e-vir, torna-se também um caso de contemplação, uma vereda pela qual podemos encontrar a verdade interior”, diz.

O autor sugere, de certa forma, maior consciência em todo ato que fazemos. Para ele, contemplação ativa pode ser olhar pela janela, ler um livro, meditar ou chorar uma perda dolorosa. Uma ação contemplativa, por sua vez, pode ser educar um filho, esculpir em madeira, entregar cartas, dirigir uma empresa, operar um computador, escrever um livro, cuidar de famintos, entre outros.

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, por exemplo, sente-se em meditação ativa quando faz uma atividade física que gosta muito: jogar futebol. Aos 17 anos, quando trabalhou em uma fábrica no Japão durante 12 horas por dia, também sentia-se assim, já que era operário e precisava ficar atento ao trabalho manual a ser realizado a cada instante. “Não dava tempo de pensar. É que nem quando eu estou jogando bola. Você zera a cabeça, é uma meditação ativa.”

Para quem não tem tempo ou ainda não consegue fazer a meditação tradicional, vale buscar oportunidades durante o dia para praticar a meditação ativa. São simples ações diárias que podem reduzir a ansiedade e o estresse e trazer mais paz ao dia a dia.

* Gabriela Gasparin é jornalista, escritora e autora do livro “Vidaria, uma coletânea de sentidos da vida”. É também criadora do blog Vidaria.

Filosofia, Mente

A importância de assumir a responsabilidade sobre nossas escolhas

29 de junho de 2017

A escolha do vaso do bonsai é de extrema importância para a vida da pequena árvore. O tamanho e modelo influenciam diretamente no desenvolvimento da planta e de sua raiz. Além disso, o bonsai precisa ser trocado de vaso de tempos em tempos, pois a raiz cresce e precisa de manutenção. Em analogia com as nossas vidas, a importância de usar o vaso certo para cada bonsai nos faz refletir: de que forma estamos escolhendo o “vaso” em que cultivamos nossa vida? Estamos preparados para assumir as responsabilidades sobre nossas escolhas?

Assumir responsabilidades sobre cada escolha

O bonsai precisa ser trocado de vaso periodicamente, conforme a raiz cresce. Se quisermos que a árvore continue do mesmo tamanho, é preciso tirá-la do vaso e fazer a manutenção e corte da raiz antes de colocá-la de volta. Isso porque a raiz vai crescendo e se “enrolando” para caber dentro do espaço disponível. Quando tal situação acontecer, outra opção é colocar o bonsai em um vaso maior para que ele tenha área suficiente para crescer mais.

Na Filosofia do Bonsai, Alexandre Tagawa se inspirou nesse cuidado com a troca do vaso para fazer uma analogia com a vida: “estamos preparado para tocar o vaso e as suas raízes crescerem? Temos que assumir as responsabilidades sobre as nossas escolhas”, avalia.

A sabedoria na hora da escolha do tamanho do vaso representa a nossa consciência na hora de tomar atitudes. “Ao trocar de vaso, a responsabilidade aumenta. A raiz vai começar a crescer, vai precisar de mais terra, de mais nutrientes, de equilíbrio”, explica Tagawa.

O empresário chegou a tal conclusão com base em suas experiências passadas. Muitas vezes ele se deixou seduzir por “vasos grandes e bonitos”, mas ao “trocar de vaso” percebeu que não estava preparado o suficiente para a mudança. Os aprendizados o fizeram chegar à seguinte conclusão: “sempre que eu tive pressa, dei um passo para trás”.

O que é ser responsável

No dicionário da língua portuguesa, o significado da palavra responsável é: “1. Que responde pelos próprios atos ou pelos de outrem; 2. Que é causa de algo”. Muitas vezes, ao tomarmos decisões sem refletir, não pensamos nas consequências do que está por vir e se conseguiremos responder por tais atos. Em um exemplo simples: se o chefe nos oferece uma promoção é preciso ter em mente que o salário aumenta, mas as cobranças também serão maiores.

Na Filosofia do Bonsai somos instigados a olhar para dentro e nos ouvirmos melhor diariamente, o que pode ser feito por meio de meditação, respirações, rituais, leituras, conversas, terapias ou momentos de introspecção – o que for mais acessível e tiver melhor receptividade para cada um. Contudo, a proposta é tornar tais ações rotineiras, e não apenas antes da tomada de uma decisão – afinal, estar conectado consigo mesmo leva tempo e não é algo que acontece de um dia para o outro.

Quanto melhor nos conhecermos, mais seguros estaremos na hora de tomar uma decisão, aceitar ou negar uma proposta. Além disso estaremos preparados para assumir responsabilidades de forma consciente, e não por impulso. O mais importante é saber que a escolha da troca do vaso deve acontecer de dentro para fora, e não por influências externas.

É como diz o psiquiatra Viktor Frankl, no livro Em busca de sentido: “O ser humano, em última análise, se determina a si mesmo. Aquilo que ele se torna – dentro dos limites dos seus dons e do meio ambiente – é ele que faz de si mesmo.”

 

Alimentação, Corpo

Você é o que você come: a importância da alimentação para uma vida equilibrada

27 de junho de 2017

A disseminada máxima “você é o que você come” nos instiga a refletir sobre o que estamos nos tornando cada vez que comemos alguma coisa. A cada refeição decidimos sobre nosso futuro bem estar. Afinal, não são poucos os especialistas a definirem o intestino como o segundo cérebro. Na Filosofia do Bonsai, a alimentação é vista como de extrema importância para uma vida equilibrada, sendo responsável pela saúde física e mental.

O poder da alimentação para uma vida equilibrada  

Em seu livro “O segundo cérebro”, o professor e pesquisador americano Michael D. Gershon afirma que “limitar o papel do intestino à digestão seria reduzir consideravelmente a importância desse órgão.” De acordo com Gershon, o segundo cérebro, localizado no intestino, trabalha em total sintonia com o cérebro propriamente dito.

No intestino encontramos 95% da nossa serotonina – neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar. Uma alimentação diversificada e saudável colabora para a saúde do corpo e da mente. “O intestino é seu segundo cérebro. Você é o que você come e ponto”, acredita o empresário e publicitário Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai.

De acordo com ele, manter uma flora intestinal saudável pode influenciar fortemente doenças como dores de cabeça, ácido úrico e problemas de pele, entre outros. Há pesquisas que inclusive relacionam a alimentação com a depressão. “Seu sistema nervoso, onde bate? No aparelho digestivo. Vai direto: gastrite, úlcera, medo, raiva, ódio. Tudo está atrelado ao intestino”, avalia Tagawa.

Susto após diagnóstico

O empresário passou a se preocupar mais com a alimentação após ser diagnosticado com “Esôfago de Barrett” – que é, de forma simples, uma agressão ao esôfago por conta de refluxo. Ele precisou passar por uma cirurgia e desde então lê muito e faz pesquisas rotineiras sobre como manter uma alimentação saudável e equilibrada. “Eu achava que eu tinha uma alimentação saudável, mas tinha muitos ajustes a serem feitos”, admite.

Hoje ele vai à feira uma vez por semana e passou a conhecer todos os feirantes. “Compro todos os tipos de frutas, legumes e verduras. É um passeio”. Tagawa tem o hábito de se alimentar com pelo menos 25 tipos diferentes de verduras, legumes, sementes, temperos naturais, oleaginosas e proteínas diariamente, distribuídos em 6 refeições diárias – o que descobriu ser a medida ideal para se conseguir a variedade de vitaminas recomendadas. “Cada tipo de planta tem a sua bactéria. Então, na sua flora intestinal, quanto mais tiver essas bactérias ricas e mudanças de prebiótico e probiótico, melhor você consegue ter sua flora intestinal”, afirmou.

É claro que nem todo mundo tem a possibilidade de comprar tamanha diversidade de alimentos por semana. O recomendado é ser flexível e variar o menu ao máximo. Vale seguir a máxima dos nutricionistas: “quanto mais colorido é o prato, melhor” – claro, desde que as diferentes cores venham de alimentos naturais e saudáveis.

O empresário também reduziu drasticamente a ingestão de café – que tomava praticamente o dia todo. E deixa exageros para os finais de semana. Cortou até a cervejinha nos dias úteis. “Se você faz um exagero no final de semana e sai do seu padrão, seu corpo vai levar a semana inteira para se reorganizar. Automaticamente vai afetar a flora intestinal, seu metabolismo e seu reequilíbrio. Então é necessário que você consiga organizar seu organismo. Aí você não ganha peso, não fica com dor de cabeça e você fica equilibrado.”

Cuidar da alimentação, sobretudo, exige paciência e determinação. O importante é ter calma e ir fazendo as mudanças possíveis aos poucos – mas consciente de que quanto mais for feito, melhores serão os resultados físicos e psicológicos. “O melhor processo de cura que você tem é pela boca e pelo alimento”, garante Tagawa.

Autodesenvolvimento, Mente

Cuidar do corpo, mente e alma reflete em uma vida próspera

21 de junho de 2017

Quando vemos um bonsai com uma copa bonita, modelada e folhagem robusta, logo concluímos que a pequena árvore está sendo muito bem cuidada, não é verdade? Ficamos ainda mais surpresos quando há flores ou frutinhas, o que varia de acordo com a espécie e época do ano. Em uma analogia com as nossas vidas, na Filosofia do Bonsai a copa representa nossa missão e prosperidade; é o reflexo do cuidado que temos com nosso corpo, mente e alma.

 

O significado da copa na Filosofia do Bonsai

A copa de um bonsai revela a saúde e robustez da árvore. Mas não apenas isso: a folhagem é responsável pela absorção da luz do sol, processo indispensável para a fotossíntese e, consequentemente, para a manutenção da sua vida.

Na Filosofia do Bonsai, a copa representa o resultado de tudo o que foi e está sendo plantado e trabalhado em nossa existência. Isso ocorre em harmonia com os outros dois pilares da filosofia, que são a raiz e o tronco .

Assim como o bonsai precisa ter raízes profundas para absorver a energia do sol, água do solo e fazer o processo de fotossíntese, nós também precisamos estar preparados para atuar no mundo de acordo com nossas próprias crenças e valores, vivendo com equilíbrio e adquirindo a prosperidade com relação ao que buscamos – processo que deve ocorrer de dentro para fora, e não ao contrário.

“Muitas vezes, as pessoas relacionam a prosperidade ao sucesso, a ter todo o dinheiro do mundo. Mas a prosperidade na Filosofia do Bonsai não está atrelada a isso. Ter muito dinheiro também pode gerar uma crise de transformação se a pessoa não souber lidar com a situação”, avalia o empresário e publicitário Alexandre Tagawa, idealizador da filosofia.

 

Fases de renovação

Mas a copa do bonsai não precisa estar sempre cheia de folhas, flores ou frutos – assim como na vida não estamos sempre belos, saudáveis e certos do que queremos. Em um ciclo contínuo de renovação, muitas espécies das pequenas árvores perdem as folhas perto do inverno. Esse processo simboliza a possibilidade de renovação a cada fase da vida.

Assim como a copa do bonsai se renova periodicamente, na vida temos de estar cientes que períodos de transição e renovação são essenciais para nossa evolução.

“Então o conceito do bonsai é atingir a plenitude em diversas maneiras de existência, que pode estar acontecendo sem folhas”, avalia Tagawa. Em momentos de dificuldade e transição é necessário estarmos preparados mental e fisicamente. Com isso, conseguimos ter o foco necessário para avaliarmos possibilidades de novos caminhos.

“Se em algum momento você fica sem trabalho, essa situação pode ser aceita com plenitude, porque é uma preparação para o novo. É um momento em que você pode se resgatar, voltar para a sua raiz e tronco e refletir: o que está faltando aqui? Assim, quando a árvore florescer novamente, você estará mais forte”, sugere.