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Conheça seus valores inegociáveis e tome decisões acertadas

9 de fevereiro de 2018

Todos temos valores que nos guiam, e conhecer os próprios é fundamental para compreender e resolver nossos problemas e impasses. A lista de valores de uma pessoa pode ser extensa; contudo, há alguns deles que são tão importantes para a nossa existência como beber água ou dormir: sãos os chamados valores inegociáveis.

O que são valores inegociáveis

Antes de mais nada, é importante saber o que é valor. Os valores são as verdades que nos guiam, ou seja, aquilo que é importante para a nossa vida. No livro “Desperte o Gigante Interior”, o renomado especialista em neurolinguística Anthony Robbins esclarece: “qualquer coisa que você muito preza pode ser considerada um valor”. Ele explica que prezar alguma coisa significa atribuir-lhe importância.

Já os valores inegociáveis são aqueles sem os quais não vemos o menor sentido em executar determinada ação caso sejam infringidos. Dessa forma, há valores que são importantes para nós, mas podemos contorná-los e fazer algumas exceções sem sofrimento. Outros, contudo, tornam qualquer desvio simplesmente inaceitável.

A coach Patricia Martins de Andrade explicou, em entrevista ao podcast Mamilos, o quão importante é termos consciência de nossos valores inegociáveis. “Quando eu estou em processo de coaching eu costumo puxar os cinco valores inegociáveis da pessoa. Quando o que você está fazendo bate em um valor fundamental seu, isso vai te atingir tão frontalmente que será impossível continuar”, explica, referindo-se ao ambiente profissional.

A especialista dá alguns exemplos: como um vegano (pessoa que não come nada de origem animal) poderia trabalhar em um frigorífico? Ou como um ativista antitabagista trabalharia em uma fabricante de cigarros?

Segundo ela, é comum em empresas os indivíduos terem valores diferentes; afinal, as pessoas não são iguais. As organizações conseguem caminhar porque em geral os integrantes das equipes fazem certas concessões, há flexibilidade. Contudo, se o indivíduo precisa ser flexível em algo que infringe um valor ou crença inegociável, uma hora a bomba explode.

Conheça seus valores

Muitas vezes vivemos de forma tão automática que não paramos para refletir sobre os próprios valores. Com isso, é possível sofrermos sem sequer compreender que o motivo foi a violação de um dos nossos valores inegociáveis.

Isso pode acontecer de forma menos explícita do que nos exemplos citados acima. Em um exemplo mais brando, uma pessoa pode ter a família como valor inegociável e se perceber em um emprego que exige viagens constantes, que a afasta dos familiares.

A lista de valores possíveis é vasta. Exemplos comuns são: amor, família, segurança, saúde, trabalho, dinheiro, liberdade, autoconhecimento, aventura, sucesso, poder, entre outros. Uma dica é descobrir quais valores são importantes para você e identificar aqueles que são inegociáveis.

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, por exemplo, afirma que ficou muito mais fácil tomar decisões quando passou a levar em conta seus valores inegociáveis. Um exemplo citado por ele foi a opção de dizer não a uma proposta de negócio que poderia consumir muito de seu tempo reservado à família.

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Por que é importante cuidar de você em primeiro lugar

15 de janeiro de 2018

Você já se pegou buscando satisfazer os desejos dos outros em primeiro lugar, esquecendo de cuidar de si próprio? Diferente do que pode parecer, pensar em si não significa egoísmo, mas sim amor próprio. Além do mais, quanto mais prestamos atenção às próprias necessidades, mais estamos aptos a dar o nosso melhor às pessoas que amamos.

Cuidar de si não é egoísmo

“No avião, a recomendação em caso de precisar usar a máscara de oxigênio é colocá-la primeiro em nós mesmos, e depois nas crianças ou pessoas ao nosso lado”, salienta Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai <link texto institucional>. “Isso acontece porque precisamos estar bem para ter capacidade de auxiliar os demais.”

Reconhecer a necessidade de olhar para si próprio é o ponto que norteia Tagawa ao desenvolver a Filosofia do Bonsai: práticas que segue diariamente para manter o próprio equilíbrio e viver melhor, buscando olhar para o corpo, a mente e a alma.

Quando não olhamos para nós mesmos, corremos o risco de negligenciar necessidades cruciais que, no acumular do tempo, podem ser potencializadas em doenças e elevados níveis de estresse e descontentamento.

Como cuidar de si em primeiro lugar

Entre as principais atividades rotineiras que faz para cuidar de si estão a prática da meditação, rituais diários, atividades físicas e cuidado com a alimentação. Com todos esses passos, ele afirma que se sente melhor consigo mesmo e mais preparado para encarar os desafios do dia a dia.

Contudo, as respostas de como agradar a si mesmo é algo que somente cada um de nós pode responder. Afinal, somos diferentes e nossas necessidades também. É por isso que cuidar de si exige, ainda, uma alta dose de autoconhecimento. Precisamos conhecer bem quais são as nossas necessidades, o que o nosso corpo, mente e alma pedem diariamente, para que estejamos aptos a atendê-las.

Ter alguns minutos em silêncio consigo próprio para se escutar pode ajudar nessa tarefa. Que tal responder pela manhã: do que eu preciso hoje? O que posso fazer por mim para atender essa necessidade?

A resposta pode ser mais simples do que imaginamos: pode ser a vontade de ficar só por um tempo, de praticar alguma atividade física ou de tirar um tempo para descansar. Muitas vezes nos privamos do sono em busca de cumprir uma agenda repleta de compromissos e esquecemos de recarregar as energias.

Acolha a si mesmo

“O cuidado de si implica, em primeiríssimo lugar, acolher-se a si mesmo, assim como se é com suas aptidões e seus limites”, diz o teólogo e escritor Leornado Boff, em artigo publicado no seu blog.

O teólogo nos lembra que juntamente com aquilo que de fato somos, existe também aquilo que potencialmente podemos ser. Cabe a nós elaborarmos as maneiras de desfrutar deste potencial – que pode ser real.

Cuidar de si mesmo é amar-se, acolher-se, reconhecer sua vulnerabilidade, poder chorar, saber perdoar-se e perdoar, salienta Boff. Nessa jornada é importante, ainda, desenvolver a resiliência, que é a capacidade de dar a volta por cima e aprender com erros e contradições. “Escrevemos direito apesar das linhas tortas”, sugere.

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5 dicas para manter o foco e a disciplina em meio a tantas distrações

20 de dezembro de 2017

A instantaneidade do mundo atual faz com que fique cada vez mais difícil manter o foco em um objetivo, seja ele uma tarefa imediata ou um plano de longo prazo. São tantas opções de distração que temos a todo momento que muitas vezes nos perdemos. Contudo, manter o foco e a disciplina é essencial para obter conquistas pessoais e profissionais e, para isso, é preciso determinação.

Confira 5 dicas para manter o foco e a disciplina

1 – Queira ter mais foco

Não há fórmula mágica nem uma pílula milagrosa que vai te ajudar a ser mais focado nos seus dias, caso você realmente não esteja determinado a promover mudanças em seu comportamento. Dessa forma, a primeira medida a ser tomada é de fato querer ter mais foco. Para isso, pense em todos os benefícios que ser mais focado proporcionaria a você. Com esse gatilho em mãos, fica muito mais fácil encontrar a determinação para uma real mudança.

Por exemplo: ter mais foco pode aumentar a sua produtividade e, com isso, você poderá fazer mais coisas em menos tempo, tendo maior disponibilidade para outras atividades. Não seria ótimo? Toda vez que você se encontrar disperso se recorde do preço que está pagando por essa dispersão.

2 – Desconecte-se

Evite manter com o celular por perto ou páginas de redes sociais abertas em momentos que exigem concentração. Mensagens do WhatsApp, notificações do Facebook e do Instagram nos atrapalham – e muito – quando queremos manter o foco.

É uma dica que parece óbvia, mas muito difícil de ser cumprida. Estamos cada vez mais habituados a conferir o celular a todo instante. Seja determinado: mantenha-o longe ou se preciso até desligue o aparelho para conseguir focar em tarefas importantes. Se necessário, estabeleça períodos de pausa entre uma tarefa e outra para ver as notificações – desde que a pausa seja breve.

3 – Use a Técnica Pomodoro

Essa dica é fantástica para quem precisa ficar focado por horas seguidas. Criada pelo italiano Francesco Cirillo, tem o nome “Pomodoro” porque o criador usou um cronômetro de cozinha com o formato de um tomate (que em italiano é pomodoro) para administrar seu tempo.

Cirillo descobriu que 25 minutos é um bom período para manter-se focado, então passou a cronometrar seu trabalho em períodos de 25 minutos, com pausas de 5 minutos de descanso entre eles.

Para usar a técnica basta fazer o mesmo, tudo o que você precisa é de um timer. Estabeleça a lista de tarefas, marque 25 minutos e mantenha-se focado nelas até o período de descanso. A cada quatro “pomodoros” é recomendável fazer uma pausa maior, de 30 minutos.

4 – Pratique meditação

De uma forma simples, meditar nada mais é do que o ato de ficar em silêncio, focado no presente, atento à respiração, aos sentimentos e sensações. A prática diária de meditação ajuda, e muito, a disciplinar a mente a ficar focada no momento presente, mantendo-nos livre de distrações. Isso porque a própria meditação é um exercício que exige foco.

5 – Faça exercícios físicos

A ansiedade é um dos males que nos impede de ficar focados em uma tarefa só. Quando estamos ansiosos a nossa tendência é pensar em todas as coisas que precisamos fazer ao mesmo tempo, o que tira o foco e nos paralisa. A prática regular de exercícios físicos ajuda no combate à ansiedade, além proporcionar a sensação de bem-estar que nos ajuda a manter o foco em tarefas importantes.

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Tenha uma vida simplificada e invista no que realmente importa para você

14 de dezembro de 2017

Ter uma vida simples é um conceito que está bastante em voga nos dias atuais. Muito tem se falado sobre mudar padrões de consumo, trocar hábitos e reduzir gastos com itens que podem ser desnecessários. Mas seria a vida simples igual para todos? Partindo do pressuposto de que cada pessoa tem necessidades diferentes, uma ideia que pode ajudar aos interessados em viver com menos pode ser a expressão “simplificar a vida”.

O que é uma vida simplificada?

O termo vida simples pode nos remeter a um conceito fechado, ou seja, uma fórmula de vida pronta segundo o qual temos que nos encaixar. Podemos imaginar que necessariamente teremos que abdicar de determinados padrões de consumo ou posses para se enquadrar em uma vida simples.

Contudo, cada pessoa tem necessidades e costumes próprios. Por exemplo: viver sem carro pode ser fácil para um indivíduo e extremamente difícil para outro. Da mesma forma, há quem goste de manter determinado hábito de consumo do qual não quer abrir mão. Pode ser qualquer coisa: frequentar um restaurante bom, ter o videogame de última geração, fazer viagens com frequência, trocar de carro todo ano, e por aí vai.

Contudo, simplificar a vida não significa abrir mão de prazeres e hábitos que você pode manter e te fazem bem, mas sim repensar a real necessidade de tudo o que consumimos. No longo prazo, gastos desnecessários podem provocar um verdadeiro rombo no orçamento, impedindo que você invista dinheiro no que realmente é importante para você.

Será que realmente precisamos de tudo o que compramos ou possuímos? Este é o exercício indicado para quem pretende ter uma vida simplificada. Dessa forma, simplificar a vida nada mais é do que avaliar quais hábitos de consumo realmente agregam valor à vida e quais existem apenas de forma automática e só servem para atender padrões externos e expectativas sociais.

Mudança de hábito

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, pratica há algum tempo o exercício de repensar os próprios hábitos de consumo e garante que os resultados só melhoram o seu dia a dia.

Ele simplificou a própria vida em comparação ao passado. Uma das principais medidas tomadas por Tagawa, por exemplo, foi vender o carro e adquirir uma bicicleta. “Percebi que ter um carro na família, em vez de dois, é o suficiente. Você simplifica, diminui custos”, afirma. Além disso, compra menos roupas novas e reduziu a frequência com que vai a restaurantes caros, por exemplo.

Com relação às roupas, ele percebeu que usava apenas as que mais gostava e muitas ficavam intactas no guarda-roupa. Dessa forma, para ele funcionou o exercício de reduzir a quantidade de novas peças. Para não acumular, toda vez que ele compra uma roupa nova escolhe uma antiga para doação.

A principal questão, no fundo, não é de fato quais hábitos mantemos ou deixamos de manter, mas sim o motivo pelo qual fazemos o que fazemos. E para você, o que seria simplificar a vida? Repensar padrões desnecessários pode ajudar, e muito, a destinar nosso dinheiro para o que realmente é importante para nós.

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Como você se prepara para as oportunidades que a vida pode te oferecer?

22 de novembro de 2017

Estar intelectualmente preparado para as oportunidades que a vida oferece faz grande diferença para a concretização de nossos sonhos e objetivos. Na Filosofia do Bonsai, o preparo intelectual está dentro do pilar tronco, que representa o nosso desenvolvimento pessoal em busca de uma vida equilibrada e próspera.

“Se te oferecem uma promoção hoje, você está apto, preparado para aceitar? Tem o conhecimento necessário?”, questiona Alexandre Tagawa, idealizador da filosofia. É interessante fazer a nós mesmos tais questionamentos com sinceridade diariamente e, diante das respostas, procurar cursos, capacitações e desenvolvimentos pessoais que nos ajudem a trilhar o caminho que buscamos para as nossas vidas.

Muitos de nós gostaríamos de ter um emprego melhor, ganhar mais, evoluir na profissão e etc. Contudo, ficar apenas esperando a sorte bater na porta pode ser arriscado demais. Isso pode nunca acontecer e, caso ela bata, precisamos estar com a chave certa para conseguir abrir a porta.

Acompanhar avanços tecnológicos, trabalhar o desenvolvimento pessoal, buscar leituras sobre assuntos que nos interessam é preparo essencial para quem quer evoluir. “É muito importante estarmos preparados intelectualmente não só para fazer nosso trabalho bem feito e sermos reconhecidos, mas como forma de crescimento pessoal”, avalia Tagawa.

Como trabalhar o desenvolvimento pessoal

O desenvolvimento pessoal nada mais é do que trabalhar nosso potencial humano. São ações tomadas no dia a dia para identificar barreiras, vencê-las e evoluir. Por exemplo, se temos dificuldades em expor nossas opiniões e isso nos impede de crescer, precisamos entender de onde vem tal empecilho e o que podemos fazer para desenvolver tal habilidade.

O primeiro passo do desenvolvimento pessoal é identificar quais são os pontos em nós que precisam ser aprimorados ou reciclados. É importante definirmos as prioridades do que precisamos melhorar e focar aos poucos em cada uma delas. Isso pode ser feito com estudos, conversas, cursos, terapias, meditação, atividades físicas e no relacionamento humano.

O desenvolvimento intelectual deve ser constante – só assim conseguimos estar preparados para as oportunidades que a vida pode nos proporcionar. Além do mais, um aprendizado leva a outro e nos faz criar novas conexões – em um curso podemos conhecer pessoas que nos ajudem na caminhada rumo ao sonho que queremos concretizar.

Quando ficamos estagnados, parados em nossa zona de conforto, nada mais fazemos do que fecharmos portas para possibilidades que poderiam nos fazer evoluir e crescer.

Equilíbrio entre corpo, mente e alma

Na Filosofia do Bonsai, o desenvolvimento pessoal ocorre em três pilares: o corpo, a mente e a alma. Ao trabalharmos só um dos três, corremos o risco de adoecermos ou termos dificuldade de ter uma vida equilibrada.

Dessa forma, além de trabalhar o intelecto, é importante estarmos conectados com nosso lado espiritual, por meio de meditação, rituais, criação de um altar, por exemplo, e corporal, por meio de atividades físicas. Pode parecer muita coisa para trabalhar ao mesmo tempo, contudo, com disciplina e fazendo um pouquinho a cada dia, logo construímos hábitos e nos acostumamos a cuidar de nós mesmo. Afinal, como disse Buda, toda grande caminhada começa com um simples passo .

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Por que temos tanto medo de arriscar?

30 de outubro de 2017

“Quem não arrisca, não petisca”. O conhecimento popular nos mostra que é preciso abdicar de certa segurança para conseguir avançar – seja na vida pessoal ou profissional. Mas por que temos medo de arriscar? Apesar de sabermos que o risco é intrínseco a toda mudança, muitas vezes a nossa necessidade de nos sentir seguros nos impede de avançar e alcançar a prosperidade.

Como superar o medo de arriscar

Existe uma frase disseminada na internet que diz: “quem mede muito as consequências corre o risco de diminuir o tamanho da própria felicidade”. Quando ficamos presos a uma situação por conta da dúvida ou do medo, é sinal de que temos que agir. Nessas horas, o autoconhecimento é o mais importante para nos ajudar a tomar uma decisão.

Onde quero estar daqui a cinco anos? Pense qual vida você quer ter no futuro e tenha em mente que a decisão de agora é crucial para que seu objetivo se concretize. Está com medo de sair do emprego? De terminar um relacionamento? De mudar de cidade? Pense o que te segura nessas situações e se estar nelas condiz com a vida que quer ter no futuro. Tenha certeza: é a sua meta futura que vai te dar coragem para arriscar o que não está bom no presente.

É claro que todos temos necessidades básicas e precisamos saber até onde conseguimos arriscar. O psicólogo americano Abraham Maslow, por exemplo, foi conhecido por “hierarquizar” as necessidades humanas. Segundo ele, a ordem é a seguinte:

NECESSIDADES HUMANAS

1 – Fisiológicas: satisfação das necessidades básicas, como comer, beber água, respirar, etc;

2 – Segurança e proteção: estar seguro no emprego e financeiramente, ter uma casa, estar fisicamente e emocionalmente seguro;

3 – Filiação: é a sensação de pertencimento a um grupo, a uma comunidade, a uma família, estabelecer relações de afeto e amizade;

4 – Reconhecimento: é uma necessidade atendida pelo respeito próprio e dos outros, pelo reconhecimento, status, reputação e atenção;

5 – Autorrealização: é o autodesenvolvimento, que inclui crescimento moral, ético, espiritual, realização de um propósito e a busca de um objetivo na vida.

A hierarquia de Maslow nos leva a entender que dificilmente uma pessoa conseguirá suprir a necessidade de autorrealização caso não tenha as necessidades fisiológicas básicas supridas, por exemplo.

A importância do autoconhecimento

Ao criar para si a Filosofia do Bonsai, o empresário Alexandre Tagawa percebeu a importância do autoconhecimento para ficar mais seguro na hora de tomar decisões. Ele garante que estar bem consigo mesmo o ajuda diariamente tanto nos negócios como na vida pessoal.

Para isso, ele busca estar equilibrado e em paz consigo mesmo, o que consegue por meio de rituais diários, prática de meditação, uma alimentação equilibrada e atividades físicas. Tudo isso faz com que a mente dele esteja mais “limpa”, ou seja, menos tomada por pensamentos negativos.

O otimismo e o bem-estar nos ajudam a eliminar o medo de arriscar; afinal, precisamos estar seguros para tomar uma decisão. “Quer segurança? Compre uma geladeira. Ela não vai quebrar nunca, mas vai fazer sempre a mesma coisa”, afirma Tagawa.

O empresário arriscou-se muito no passado, principalmente na vida profissional. Ele abriu uma agência de publicidade sem nunca ter se formado na área – o que só foi fazer mais de 15 anos depois. É claro que ele abdicou de certa segurança e passou por “perrengues”, mas a possibilidade de fazer uma universidade não se apresentou para ele no início da carreira e ele teve que jogar com as cartas que tinha na mão.

“Se eu ficasse acomodado no conceito de vida que eu tinha, então automaticamente eu não poderia tocar as estrelas, porque eu pensaria que nada seria possível. Eu poderia pensar: ‘não estudei e por isso não tenho condições de encontrar um caminho melhor’. Eu poderia ficar nessa crença”, avalia.

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Como ser uma pessoa melhor cuidando de nós mesmos

27 de outubro de 2017

O equilíbrio físico e mental reflete diretamente nas nossas relações sociais. Quando estamos de bem com nós mesmos, aumentamos o nível de tolerância com os outros, somos mais educados e prestativos. Quanto mais fortalecemos internamente, melhor sabemos lidar com problemas, imprevistos diários e situações adversas. Ou seja, ao cuidarmos de nós, nos tornamos uma pessoa melhor para a sociedade.

Como ser uma pessoa melhor

Práticas da Filosofia do Bonsai como meditação e rituais diários ajudam o empresário Alexandre Tagawa, idealizador da filosofia, a ter um melhor convívio social – o que vale tanto para a família e amigos, como na vida profissional.

Por muitos anos ele viveu desequilibrado. Ficava nervoso com facilidade, estourava com funcionários e até com familiares em momentos de conflitos. Dono de uma agência de publicidade, era um chefe nervoso. Confessa que muitas vezes se excedeu com funcionários, gritando e dando retornos agressivos.

“O que mudou depois das minhas práticas é que eu não deixo mais o nervoso tomar conta de mim. Quando vem um nervoso, um desequilíbrio, eu respiro dez vezes. Ao final, a forma que eu ia conduzir determinada situação é mais amena.”

Ele tem uma filha pequena e também utiliza a prática com ela. Ou seja, quando a filha apronta ou não dá trégua, o pai respira e escolhe uma boa forma de dizer não ou controlar a filha, sem precisar apelar para gritos ou palmadas.

“Ao respirar e contar até dez eu tenho um tempo de escolha. Surge a possibilidade de mudar o canal”, avalia. Em vez de agir com raiva ou agressividade, a resposta é mais certeira.

“Faço isso no trabalho, na rua, com a família, com a minha filha, com todo mundo”, revela. Tagawa garante que desde que começou a praticar a Filosofia do Bonsai diariamente, tem conseguido manter a resiliência, a calma e a tranquilidade, sem perder a linha.

O empresário dá o exemplo de discussões no trânsito. Quantas vezes nos tornamos verdadeiros “monstrinhos” quando estamos no volante? “Se você começa a discutir com o outro motorista, de repente ele está em um dia ruim, com uma energia pesada, e se você não se controla acaba participando de uma história que não é sua.”

O outro motorista pode ter acabado de sair de uma discussão com a família, ter perdido dinheiro, estar atrasado para um compromisso e etc. Nessas horas, quando estamos desequilibrados, entramos em uma briga desnecessária, garante Tagawa. “Você passa a viver a energia do outro. Quando você vive a energia do outro, você aumenta a sua fragilidade.”

Práticas ajudam a manter o equilíbrio

 Detentor de uma história cheia de altos e baixos tanto na vida pessoal como profissional, Tagawa encontrou nas práticas da filosofia uma forma de se equilibrar. A meditação o ajuda muito a limpar os pensamentos diariamente. Os exercícios físicos matinais o ajudam a controlar o estresse e a manter-se em forma. Além disso, ele também pratica rituais e mantras diariamente para se fortalecer.

O empresário garante que essas medidas colaboram para manter pensamentos positivos, reduzem a raiva e o estresse e melhoram o seu dia. “Os sentimentos negativos existem, mas quando eles vêm eu canalizo. É como se eu tivesse uma maneira de jogar para o universo, de liberá-los. Eu não me deixo dominar.”

 

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Por que insistimos em dar murro em ponta de faca?

9 de outubro de 2017

Você já se pegou dando murro em ponta de faca? Ou seja, repetindo erros e situações que só aumentam o seu sofrimento sobre determinada questão? É comum a gente se colocar em situações como essa. Porém, às vezes simplesmente não conseguimos lutar contra a água que passa debaixo da ponte. Se a situação não muda, cabe a nós mudarmos nossa atitude perante ela.

O que é dar murro em ponta de faca?

A expressão é usada para descrever situações em que empregamos muito esforço em vão, de forma repetitiva. Por exemplo: gastar muito tempo e energia em um projeto e, por mais que os resultados esperados não apareçam, insistir em continuar nele; buscar convencer um teimoso a mudar de ideia; cansar de tentar resolver um problema que parece não ter solução.

Quando damos murro em ponta de faca, gastamos uma energia em determinada situação que poderia ser canalizada para outras coisas. Nessas horas, precisamos ter sabedoria para identificar o que em nós provoca a necessidade de insistir no erro.

Deixe a água passar debaixo da ponte

“Tem muitas vezes que você não consegue lutar contra a água que vai passar debaixo da ponte. Há situações que são muito mais fortes do que você”, avalia o empresário Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai. De acordo com ele, em vez de ficar despendendo uma energia que nos desgasta, o ideal é focar naquilo que podemos resolver.

“Não adianta você dar murro em ponta de faca”, sugere. Segundo Tagawa, muitas vezes acabamos com a nossa saúde ao insistir em resolver problemas que estão fora do nosso controle.

Para isso, é preciso perceber: estou lutando contra algo que não tem solução, que é maior do que eu ou que simplesmente não posso mudar? “A percepção é o mais importante. Tem coisas que são incontroláveis e não cabe a você decidir”, avalia.

Tagawa revela que já cansou de dar murro em ponta de faca com relação à família, por exemplo. Era comum ele ter discussões com familiares, insistindo em tentar alterar comportamentos que não mudariam. O melhor que fez foi sair da situação em vez de esperar que a situação em si mude. Ele decidiu focar naquilo que conseguia cuidar e resolver, largando mão do que não era possível transformar.

Não resistir é importante

Aceitar, ao invés de resistir a um problema, é uma atitude que nos ajuda a para de insistir em situações que nos fazem mal. É importante olhar em volta, analisar a situação e pensar em quais as ações tomar, aconselha Tagawa.

No bestseller “O poder do agora” o escritor alemão Eckhart Tolle diz que a resistência ao sofrimento apenas o intensifica. Ele nos chama a atenção para a sabedoria contida nas artes marciais: “não ofereça resistência à força opositora, submeta-se para superá-la”, sugere.

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Como fazer o universo conspirar a nosso favor

27 de setembro de 2017

É popularmente conhecida a frase: “quando realmente queremos alguma coisa, o universo conspira a nosso favor”. Crenças à parte, a frase já pressupõe uma participação ativa nossa para que algo se realize, o querer. Realmente acreditamos que o que queremos é possível? O que estamos fazendo para tornar esses desejos realidade? Com essa etapa definida, ter fé que o universo vai nos ajudar é um estímulo a mais.

O universo conspira a favor do que?

Acreditar que o universo conspira a nosso favor pode nos ajudar, e muito, na concretização de objetivos. Afinal, especialistas em psicologia e neurociência afirmam que o pensamento positivo e o otimismo são muito importantes quando desejamos algo.

Porém, precisamos fazer a nossa parte. O filósofo Mário Sérgio Cortella nos alerta para a importância de sabermos identificar sonhos de delírio. “O sonho é aquilo que nos impulsiona, é um desejo que no futuro queremos buscar. O delírio carrega dentro de si a impossibilidade”, explica em vídeo disponível no YouTube.

Cortella esclarece: “sonhar tem que ter dentro de si a possibilidade de ser factível. O sonho é o desejo com factibilidade”. Como exemplo ele conta que por mais que queira ser o melhor jogador de futebol da Fifa em 2017, isso não será possível. “Eu não teria condição orgânica de fazer isso, nem se eu rezar muito, se minha mãe fizer novena, se eu ler o livro ‘O segredo’”, brinca.

‘Minha vida é feita de o universo conspirar’

O empresário Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, costuma dizer com frequência que o universo conspira a seu favor. “A minha vida é feita de o universo conspirar. Mesmo nas adversidades, parece que se abre um portal para mim e eu consigo sair da roubada. Isso é algo muito forte em minha vida”, garante.

Contudo, mesmo acreditando na força da atuação do universo sobre a vida, Tagawa passou a perceber, com o tempo, que quanto mais equilibrado ele está consigo mesmo, maior é a probabilidade de perceber essa sincronicidade com algo maior. “Quando você está equilibrado parece que acessa com mais facilidade o portal. Quando você está muito agitado, muito fora do eixo, em adversidades, você nem consegue perceber que ele existe”, afirma.

Ao estar equilibrado, você percebe um conexão com o universo em quase todos os movimentos que você faz na sua vida. “Minha intuição sobe, meu humor oscila menos e eu consigo ficar mais focado.”

Ansiedade, pressa, agitação e nervosismo eram sintomas muito comuns na vida de Tagawa, que sofreu durante muito tempo com a falta de equilíbrio. Após ser diagnosticado com uma doença e passar por uma cirurgia, ele percebeu que precisava dar um basta em hábitos que o prejudicavam. Desde então, medita, faz rituais, repete mantras e pratica atividades físicas diariamente.

Conspirar a favor é possível?

No blog Sobre Palavras, o autor Sérgio Rodrigues diz que o emprego do verbo “conspirar” com sentido positivo não está errado. “Trata-se de uma expansão semântica, com alguma dose de licença poética, em que a carga negativa da acepção mais conhecida desaparece para deixar apenas a ideia de ‘tramar em segredo’ para a obtenção de certo resultado, que tanto pode ser positivo quanto negativo”, defende.

De acordo com ele, o dicionário da Academia das Ciências de Lisboa diz que um dos significados de conspirar é: “conduzir ou levar a um resultado; contribuir para um fim”.

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Como ter paciência e sabedoria para lidar com dificuldades

25 de setembro de 2017

Quando enfrentamos um período de dificuldades na vida é comum querermos sair dele imediatamente. Contudo, na maioria das vezes a experiência nos mostra que nada melhora de um dia para o outro. Sendo assim, como lidar com a fase ruim? Nessas horas, mais do que pressa, o que precisamos mesmo ter é paciência e sabedoria para saber qual atitude tomar e conseguir tirar algum aprendizado da experiência.

Como lidar com a fase ruim

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, perdeu as contas de quantas vezes entrou em alguma tempestade na vida e tinha ansiedade para sair depressa. O que acontecia é que quanto mais ele tentava nadar em meio às ondas, sem direção, mais perdido ficava, quase se afogando.

De tanto cometer os mesmo erros, chegou uma hora em que percebeu que era possível aprender com eles. O poema intitulado Autobiografia em 5 capítulos o ajuda a perceber que, a cada queda, sempre há a chance de aprender e evitar um novo tombo.

O poema é contado em cinco capítulos. No primeiro o personagem cai em um buraco e levar uma eternidade para sair. Aos poucos, volta a cair no mesmo buraco, mas leva menos tempo para achar a saída. Até que, ao final, ele percebe que pode atravessar a rua para não cair novamente ou até mesmo fazer outro caminho.

Não resistir é importante

Aceitar e não resistir é uma atitude que nos ajuda a ter clareza para entender quais ações tomar. “Não é fácil, mas eu acredito que depois do tsunami não adianta você tentar nadar sem saber onde está. Você tem que olhar em volta, esperar baixar a onda e aí você vai entender o que aconteceu e pensar em quais as ações tomar”, aconselha Tagawa.

No bestseller “O poder do agora” o escritor alemão Eckhart Tolle diz que a resistência ao sofrimento apenas o intensifica. Ele nos chama a atenção para a sabedoria contida nas artes marciais: “não ofereça resistência à força opositora, submeta-se para superá-la”, sugere.

Os erros nos ensinam

Empresário, Tagawa já passou por crises muito profundas com a empresa e quase quebrou. “Antes eu não era um líder com capacidade. Passei maus bocados e sempre chegava ao fundo do poço para depois, com muito esforço, conseguir me levantar. Chegou uma hora que eu falei para mim mesmo: nunca mais vou passar por isso, eu nunca mais vou ter que renascer das cinzas”, lembra.

O caminho para adquirir a estabilidade não foi fácil. Exigiu perseverança. Porém, no caso de Tagawa, o principal fator que o fez evoluir foram de fato os erros. A cada queda, ele aprendeu o que não poderia ser repetido. Ele já fez dívidas, vivia no vermelho, quase quebrou a empresa, era um péssimo líder, não tinha gestão e nem planejamento.

“Hoje eu não faço mais dívida, a empresa é super saudável, tenho o processo todo na mão. Isso foi constituído também inspirado na Filosofia do Bonsai: com paciência, visão de futuro, planejamento, regando na hora certa, colocando o sol na hora certa e aí foi. Consegui atingir a maturidade. A gente não fica mais com aquela raiz curta, que bate o vento e te derruba.”