Filosofia, Mente

Por que insistimos em dar murro em ponta de faca?

9 de outubro de 2017

Você já se pegou dando murro em ponta de faca? Ou seja, repetindo erros e situações que só aumentam o seu sofrimento sobre determinada questão? É comum a gente se colocar em situações como essa. Porém, às vezes simplesmente não conseguimos lutar contra a água que passa debaixo da ponte. Se a situação não muda, cabe a nós mudarmos nossa atitude perante ela.

O que é dar murro em ponta de faca?

A expressão é usada para descrever situações em que empregamos muito esforço em vão, de forma repetitiva. Por exemplo: gastar muito tempo e energia em um projeto e, por mais que os resultados esperados não apareçam, insistir em continuar nele; buscar convencer um teimoso a mudar de ideia; cansar de tentar resolver um problema que parece não ter solução.

Quando damos murro em ponta de faca, gastamos uma energia em determinada situação que poderia ser canalizada para outras coisas. Nessas horas, precisamos ter sabedoria para identificar o que em nós provoca a necessidade de insistir no erro.

Deixe a água passar debaixo da ponte

“Tem muitas vezes que você não consegue lutar contra a água que vai passar debaixo da ponte. Há situações que são muito mais fortes do que você”, avalia o empresário Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai. De acordo com ele, em vez de ficar despendendo uma energia que nos desgasta, o ideal é focar naquilo que podemos resolver.

“Não adianta você dar murro em ponta de faca”, sugere. Segundo Tagawa, muitas vezes acabamos com a nossa saúde ao insistir em resolver problemas que estão fora do nosso controle.

Para isso, é preciso perceber: estou lutando contra algo que não tem solução, que é maior do que eu ou que simplesmente não posso mudar? “A percepção é o mais importante. Tem coisas que são incontroláveis e não cabe a você decidir”, avalia.

Tagawa revela que já cansou de dar murro em ponta de faca com relação à família, por exemplo. Era comum ele ter discussões com familiares, insistindo em tentar alterar comportamentos que não mudariam. O melhor que fez foi sair da situação em vez de esperar que a situação em si mude. Ele decidiu focar naquilo que conseguia cuidar e resolver, largando mão do que não era possível transformar.

Não resistir é importante

Aceitar, ao invés de resistir a um problema, é uma atitude que nos ajuda a para de insistir em situações que nos fazem mal. É importante olhar em volta, analisar a situação e pensar em quais as ações tomar, aconselha Tagawa.

No bestseller “O poder do agora” o escritor alemão Eckhart Tolle diz que a resistência ao sofrimento apenas o intensifica. Ele nos chama a atenção para a sabedoria contida nas artes marciais: “não ofereça resistência à força opositora, submeta-se para superá-la”, sugere.

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