Filosofia, Mente

Como ter paciência e sabedoria para lidar com dificuldades

25 de setembro de 2017

Quando enfrentamos um período de dificuldades na vida é comum querermos sair dele imediatamente. Contudo, na maioria das vezes a experiência nos mostra que nada melhora de um dia para o outro. Sendo assim, como lidar com a fase ruim? Nessas horas, mais do que pressa, o que precisamos mesmo ter é paciência e sabedoria para saber qual atitude tomar e conseguir tirar algum aprendizado da experiência.

Como lidar com a fase ruim

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, perdeu as contas de quantas vezes entrou em alguma tempestade na vida e tinha ansiedade para sair depressa. O que acontecia é que quanto mais ele tentava nadar em meio às ondas, sem direção, mais perdido ficava, quase se afogando.

De tanto cometer os mesmo erros, chegou uma hora em que percebeu que era possível aprender com eles. O poema intitulado Autobiografia em 5 capítulos o ajuda a perceber que, a cada queda, sempre há a chance de aprender e evitar um novo tombo.

O poema é contado em cinco capítulos. No primeiro o personagem cai em um buraco e levar uma eternidade para sair. Aos poucos, volta a cair no mesmo buraco, mas leva menos tempo para achar a saída. Até que, ao final, ele percebe que pode atravessar a rua para não cair novamente ou até mesmo fazer outro caminho.

Não resistir é importante

Aceitar e não resistir é uma atitude que nos ajuda a ter clareza para entender quais ações tomar. “Não é fácil, mas eu acredito que depois do tsunami não adianta você tentar nadar sem saber onde está. Você tem que olhar em volta, esperar baixar a onda e aí você vai entender o que aconteceu e pensar em quais as ações tomar”, aconselha Tagawa.

No bestseller “O poder do agora” o escritor alemão Eckhart Tolle diz que a resistência ao sofrimento apenas o intensifica. Ele nos chama a atenção para a sabedoria contida nas artes marciais: “não ofereça resistência à força opositora, submeta-se para superá-la”, sugere.

Os erros nos ensinam

Empresário, Tagawa já passou por crises muito profundas com a empresa e quase quebrou. “Antes eu não era um líder com capacidade. Passei maus bocados e sempre chegava ao fundo do poço para depois, com muito esforço, conseguir me levantar. Chegou uma hora que eu falei para mim mesmo: nunca mais vou passar por isso, eu nunca mais vou ter que renascer das cinzas”, lembra.

O caminho para adquirir a estabilidade não foi fácil. Exigiu perseverança. Porém, no caso de Tagawa, o principal fator que o fez evoluir foram de fato os erros. A cada queda, ele aprendeu o que não poderia ser repetido. Ele já fez dívidas, vivia no vermelho, quase quebrou a empresa, era um péssimo líder, não tinha gestão e nem planejamento.

“Hoje eu não faço mais dívida, a empresa é super saudável, tenho o processo todo na mão. Isso foi constituído também inspirado na Filosofia do Bonsai: com paciência, visão de futuro, planejamento, regando na hora certa, colocando o sol na hora certa e aí foi. Consegui atingir a maturidade. A gente não fica mais com aquela raiz curta, que bate o vento e te derruba.”

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