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Alimentação, Corpo

Conheça 5 hábitos que vão melhorar a qualidade da sua alimentação neste ano

10 de janeiro de 2018

A vida agitada faz com que dediquemos cada vez menos tempo à alimentação. Na correria do dia a dia, é comum “engolirmos qualquer coisa” entre um compromisso e outro, hábito que faz muito mal para a nossa saúde. Mudar tal costume é essencial para quem quer ter uma vida mais saudável. Aproveite o começo de um novo ano e melhore a qualidade da sua alimentação, dando a ela a importância que merece na sua vida.

Como melhorar a qualidade da alimentação

A principal recomendação para mudar hábitos alimentares é ter consciência da importância que comer tem na nossa vida; afinal de contas, trata-se de uma necessidade vital que muitas vezes é deixada em segundo plano. A alimentação precisa ser prioridade <link 1 abaixo> entre nossos afazeres e, como qualquer atividade importante, deve estar no planejamento diário.

Planejar a alimentação significa comprar o que comer com antecedência, reservar na agenda o tempo necessário para cada uma das refeições, informar-se sobre os melhores locais para comprar alimentos, ler rótulos e pesquisar sobre opções saudáveis de alimentos – aliás, o ideal é priorizar alimentos in natura ou minimamente processados.

5 dicas para uma alimentação mais saudável

Na publicação “Guia alimentar para a população brasileira”, o Ministério da Saúde dá dicas de hábitos que proporcionam uma alimentação saudável. Confira:

1 – Faça compras em locais que ofereçam alimentos in natura ou minimamente processados

Se você deixar para comprar tudo na última hora, a probabilidade de não encontrar alimentos de qualidade é alta. Programe um dia da semana para ir a um estabelecimento que oferte produtos de melhor qualidade e tenha sempre opções saudáveis em casa.

2 – Desenvolva, exercite e partilhe habilidades culinárias

Aproveite para fazer da alimentação um momento de partilha e confraternização. Convide amigos para um encontro gastronômico e tenha o hábito de comer em grupo. Como já recomendava o filósofo grego Epicuro, o prazer é maior quando se come em grupo. “Comer sozinho é coisa para leões ou lobos”.

3 – Planeje o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece

Nada de comer em cinco minutos, “engolindo a comida”. Tente acordar mais cedo para preparar um café da manhã saudável, em vez de comer qualquer coisa a caminho do trabalho. Faça o mesmo no almoço e jantar: planeje a sua agenda sempre considerando os horários das refeições.

4 – Quando estiver fora de casa, dê preferência a locais que sirvam refeições feitas na hora

Comer fora é hábito de muita gente, principalmente quem trabalha fora. Aproveite para pesquisar locais nas redondezas que ofertem pratos frescos, completos e saudáveis, evitando redes de fast food. Como orientam os nutricionistas, busque balancear o prato, sempre inserindo porções de verduras e legumes.

5 – Seja crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais

Nem sempre um produto que se vende como “saudável” é a melhor opção para a nossa saúde. Tenha o hábito de ler rótulos e compreender quais nutrientes o seu corpo necessita. Especialistas em nutrição garantem que devemos tirar da frente o máximo de produtos industrializados possível

Autodesenvolvimento, Mente

Equilíbrio emocional nos prepara para desequilíbrios da vida

8 de janeiro de 2018

Muitas vezes nos cobramos por atingir equilíbrio em todos os âmbitos da vida: pessoal, profissional, amoroso e familiar. Porém, tal meta pode nos causar frustração e culpa, pois depende de muitos fatores externos que não estão sob nosso controle. Em vez de buscar uma vida completamente equilibrada, o ideal é buscarmos o equilíbrio emocional para lidar com a montanha russa que é nossa existência.

A vida não flui de forma harmônica

Uma vida mais equilibrada e harmônica pode, e deve, ser meta para todos nós. Afinal, sempre temos setores a melhorar. Contudo, como estamos cansados de saber, na vida “nem tudo são flores”, há também rosas e espinhos. É impossível ter uma vida harmônica o tempo todo, avalia o psicólogo Luiz Alberto Hanns em vídeo veiculado no canal da Casa do Saber.

“A vida não flui desse modo tão harmônico. Não podemos dizer que isso [ter equilíbrio em todos os âmbitos da vida] seja impossível, mas depende de uma natureza muito especial e de um período de muita sorte”, avalia.

Por mais que busquemos estar com tudo em ordem, eventualmente pode acontecer algum imprevisto que irá nos desestabilizar: como ficar desempregado após uma crise econômica, ser diagnosticado com uma doença grave, enfrentar um luto de um ente querido, e por aí vai. Mais do que buscar estar com a vida totalmente equilibrada, sugere o psicólogo, o recomendado é buscar o equilíbrio emocional – esse sim ao nosso alcance.

Como ter equilíbrio emocional

Ter equilíbrio emocional é justamente aprender um pouco mais sobre si mesmo, descobrir o que você pode abrir mão e o que determinada época ou ciclo de vida está pedindo, sugere Hanns. Além disso, aprender a administrar melhor o estresse, escolher zonas de prazer e atividades que podem ajudar a nos equilibrarmos emocionalmente.

A Filosofia do Bonsai  nasceu justamente da busca do empresário Alexandre Tagawa por mais equilíbrio em sua vida. Nessa jornada, ele mesmo descobriu que a única coisa que poderia fazer era atuar para melhorar a si mesmo, cuidando do corpo, da mente e da alma.

O autoconhecimento por meio da meditação, o bem-estar proporcionado por exercícios físicos, alimentação saudável, e a espiritualidade trabalhada com rituais e mantras têm ajudado a lidar com os altos e baixos do dia a dia.

Ao observar o bonsai, sua fonte de inspiração para o desenvolvimento de tal filosofia de vida, Tagawa avaliou que até a árvore tem seu período de queda de folhas para se renovar. Ou seja, muitas espécies perdem as folhas uma vez por ano, para depois ficarem verdes novamente.

O mesmo acontece nas nossas vidas. Há momentos em que o lado profissional está próspero, mas o campo amoroso exige mais atenção. O relacionamento com a família pode ir bem, mas alguns amigos ficam de lado. O equilíbrio emocional nos ajuda a identificar as prioridades de cada período e aceitar a impossibilidade de sermos perfeitos em tudo.

Segundo Luiz Alberto Hanns, é provável que tenhamos que alternar e escolher algumas áreas para termos foco e excelência ao longo da nossa caminhada. “Se tentar dar conta de tudo é grande a chance de fazer tudo mal feito e ficar com a sensação de estar tendo uma vida insatisfatória e medíocre”, afirma.

Alimentação, Corpo

10 simples passos para uma alimentação saudável

5 de janeiro de 2018

A prevenção por meio da alimentação é amplamente recomendada por médicos e especialistas. Apesar de sabermos de cor os benefícios de ingerir alimentos saudáveis diariamente, muitos de nós ainda somos dominados pelos prazeres de gorduras, frituras e doces – sem falar da praticidade dos congelados e industrializados, não é mesmo? A boa notícia é que mudar de hábitos é algo acessível para todos. Não precisa ser radical, o equilíbrio na alimentação já nos proporciona uma vida mais saudável.

Por que ter uma alimentação mais saudável?

Na Filosofia do Bonsai, os cuidados com a alimentação são vistos como essenciais para se ter uma vida mais equilibrada e prazerosa. Alexandre Tagawa, empresário e idealizador da filosofia, só percebeu o quanto se alimentar bem é essencial para a saúde após ser diagnosticado com uma grave doença no esôfago – ele sofria cerca de 100 refluxos por dia.

Tagawa precisou passar por uma cirurgia e desde então mudou completamente seus hábitos. Ao buscar opções mais saudáveis, passou a ir à feira semanalmente, onde compra os mais variados tipos de frutas e legumes para toda a família.

Ter uma alimentação saudável é mais simples do que parece. O que precisamos fazer é ter força de vontade para mudar hábitos. Especialistas em nutrição defendem que devemos nos espelhar nos nossos avós na hora de comer, ou seja, evitar o máximo de produtos industrializados possível.

Guia da alimentação saudável

No guia com dez passos para uma alimentação saudável, o Ministério da Saúde orienta a população a optar por refeições caseiras e evitar redes de fast food e produtos prontos que dispensam preparação (‘sopas de pacote’, pratos congelados prontos para aquecer, molhos industrializados, misturas prontas para tortas).

Outras recomendações são o uso moderado de óleos, gorduras, sal e açúcar ao temperar e cozinhar alimentos, e o consumo limitado de alimentos processados (queijos, embutidos, conservas). Na hora da sobremesa, o ideal é preferir as caseiras, dispensando as industrializadas.

10 passos para uma alimentação saudável

1 – Faça pelo menos três refeições (café-da-manhã, almoço e jantar) e 2 lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições;

2 – Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e faz bem à saúde;

3 – Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis;

4 – Consuma, no máximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina;

5 – Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas e outras guloseimas;

6 – Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa;

7 – Beba pelo menos dois litros (seis a oito copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições;

8 – Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo;

9 – Inclua diariamente seis porções do grupo dos cereais (arroz, milho, trigo, pães e massas), tubérculos como as batatas e raízes como a mandioca nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos em sua forma mais natural.

10 – Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches.

Alma, Propósito

Como ter mais paciência para alcançar planos de longo prazo

3 de janeiro de 2018

Por Gabriela Gasparin

“A falta de paciência em pontos de menor importância prejudica os grandes planos”, diz sábia frase do filósofo chinês Confúcio. Apesar de a paciência ser tida por muitos sábios como a arte de esperar, é extremamente difícil de desenvolvê-la. Isso porque a impaciência sempre vem em períodos de dificuldade. Jamais estaremos impacientes em situações agradáveis. Dessa forma, tornar-se paciente é compreender que adversidades fazem parte da vida e são imprescindíveis para alcançarmos conquistas maiores.

Ter mais paciência exige sabedoria

Quando estamos impacientes, a nossa tendência é esquecer do momento presente e colocar toda a nossa energia no futuro que nunca chega. O problema dessa postura é que não temos o menor controle sobre o que está por vir e agir dessa maneira só nos deixa mais ansiosos.

É comum estarmos impacientes para finalmente conseguir uma boa colocação profissional, encontrar um grande amor, mudar de casa, fazer uma viagem, e por aí vai. Nessas horas, temos a impressão que a vida só ficará boa quando tais desejos se concretizarem.

Aprimore o ato da espera em si

Como a paciência está diretamente relacionada ao ato de esperar por algo, para desenvolvê-la é essencial buscar aprimorar o ato da espera em si – e não pensar cada vez mais sobre o futuro. Ou seja, devemos focar a atenção em coisas que podemos fazer enquanto aguardamos a chegada do que queremos.

Entre as definições da palavra paciência estão termos como “capacidade de persistir em uma atividade difícil” ou “virtude que consiste em suportar dissabores e infelicidades”. Essas explicações nos ajudam a refletir: como persistir ou suportar momentos difíceis? Afinal, se determinada situação que nos incomoda não pode ser mudada, a única coisa que podemos mudar é a nossa postura perante a ela.

Mudar de postura não significa ser resignado e simplesmente aceitar tudo de ruim que nos acontece. Mas refletir em opções e alternativas que podem ser tomadas enquanto tal evento não ocorre. Por exemplo, para quem está desempregado, a espera por uma vaga pode ser angustiante.

O que ajuda nessas horas é pensar em outros caminhos a serem tomados: o que mais eu posso fazer para me aproximar do meu objetivo? Há cursos ou capacitações que posso fazer? Há pessoas que poderiam me ajudar? E por aí vai. Afinal, é como diz um pensamento amplamente disseminado no mundo do empreendedorismo: “não podemos esperar novos resultados fazendo sempre a mesma coisa”.

Mude sua postura

Quando temos claro para nós onde queremos chegar e qual é nosso objetivo maior, fica mais fácil suportar os momentos difíceis. Vivemos em um mundo cada vez mais imediatista e esquecemos que as coisas têm seu tempo de maturação. Esta frase atribuída ao filósofo Jean Jacques Rousseau nos motiva a enfrentar os períodos de impaciência com otimismo: “a paciência é amarga, mas seu fruto é doce.”

* Gabriela Gasparin é jornalista, escritora e autora do livro “Vidaria, uma coletânea de sentidos da vida”. É também criadora do blog Vidaria.

Alma, Meditação

Está com vários problemas ao mesmo tempo? A meditação pode te ajudar

13 de dezembro de 2017

Sabe aqueles momentos de angústia, quando temos a sensação de que tudo está errado ao nosso redor e que todos os problemas apareceram ao mesmo tempo? Temos a impressão que uma situação ruim puxou a outra e não conseguimos nos desvencilhar de nenhuma delas. Nessas horas, praticar meditação pode nos ajudar a esvaziar a mente dos pensamentos negativos e identificar maneiras de lidar com os empecilhos.

Por que os problemas surgem de uma vez?

É comum vários problemas surgirem todos de uma vez. Às vezes o carro quebra justo na semana em que temos várias reuniões. O estresse causado pelo imprevisto baixa a nossa imunidade e adoecemos. A doença faz ficarmos com menos energia para cumprir a agenda de reuniões. Em consequência disso, chegamos em casa mal humorados e discutimos com o nosso parceiro. Vira uma bola de neve. Quem nunca se viu em um ciclo como este?

É bastante difícil mantermos a calma diante de situações como essas. Contudo, a meditação <link txt meditação> é uma prática que pode ajudar, e muito, a acalmar a mente dos pensamentos negativos, nos auxiliando a encontrar soluções para os problemas. Durante a prática de meditação temos a possibilidade de observar todos os pensamentos que surgem na nossa mente, identificando o que mais nos incomoda.

Especialistas em práticas meditativas costumam comparar a nossa mente com a água do mar. Quando estamos agitados, é como se estivéssemos na superfície das ondas, onde a cor da água fica turva ao se misturar com a areia. Porém, no interior do oceano tudo está calmo. A areia desce para o fundo e a água fica límpida e transparente. É por isso que a meditação limpa a mente, acalmando o turbilhão de pensamentos que temos a todo o momento.

Sair da meditação com uma ação

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, começou a praticar meditação justamente para ficar mais equilibrado. Ele faz a prática diariamente, com o desafio de conseguir tranquilizar todos os pensamentos que porventura venham a atrapalhar o seu dia.

Segundo ele, tal hábito é essencial em momentos de dificuldade, quando vários problemas surgem de uma vez. “Se não os pensamentos negativos te consomem de uma maneira que o dia não rende. Você volta para casa com aquela mesma angústia, e aí vai descarregar no seu filho, na esposa, em amigos ou em alguma pessoa no trânsito que você sequer conhece”.
Para Tagawa, o grande propósito da meditação que faz pelas manhãs é sair dela determinado a assumir o controle sobre seu dia. “Durante a meditação surgem muitos pensamentos negativos, muitas sombras, então o meu desafio é sair de casa com um plano de ação sobre aquela situação. Eu não vou deixar aquela situação acabar com meu dia.”

O simples ato de ter consciência de quais pensamentos passam pela nossa mente nos ajuda a tomar decisões para melhorar o nosso dia. Afinal de contas, não podemos deixar que nossos pensamentos negativos nos dominem, nós é que temos que dominá-los.

Quando temos vários problemas acontecendo ao mesmo tempo nossa tendência é ter ainda mais pensamentos negativos, e é aí que surge a bola de neve difícil de ser controlada. Por esse motivo que meditar, e até mesmo tentar manter a calma e contar a até dez pode nos ajudar a resolver cada um dos problemas de uma vez, fechando a porta para a chegada de novos entraves.

Autodesenvolvimento, Mente

Para viver em plenitude devemos entrar com contato com nossas sombras

6 de dezembro de 2017

Para vivermos a nossa plenitude precisamos necessariamente entrar em contato com algo que geralmente evitamos ao máximo: nossas sombras. As sombras estão dentro de nós, mas raramente queremos olhar para elas. Pode ser algum medo, alguma características que temos e não gostamos de assumir ou uma ferida mal resolvida. Olhar para as sombras, contudo, é essencial para nossa evolução, crescimento e paz interior.

O que são as sombras na psicologia?

 O significado literal de sombra nos ajuda a entender o que elas representam no campo psicológico. Uma sombra é um espaço escuro provocado pela ausência de luz. Ele é criado pela existência de um obstáculo na frente da fonte luminosa. Tem a proporção distorcida com relação ao corpo real que a provoca.

O termo sombra é bastante usado por psicólogos. Na psicologia analítica, criada por Gustav Carl Jung, a sombra significa algo que negligenciamos em nós, que está no nosso inconsciente.

“Encontramos na sombra os aspectos mais repugnantes de nosso ser, que por não serem aceitos são relegados ao inconsciente”, diz o portal Psicologia Junguiana, acrescentando que, para Jung, é caminho necessário para o autoconhecimento a confrontação com este mal que existe em nós.

Geralmente a sombra é construída desde a infância, moldada por padrões morais da sociedade.

Nós ocultamos dentro da nossa psique tudo que é rejeitado pelos padrões sociais e por nós mesmos, ou seja, o monstro escondido dentro de cada um, explica o portal Info Escola.

Como lidar com a própria sombra?

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai faz há anos um longo trabalho de confrontar a própria sombra, rumo ao crescimento e evolução pessoal. “Se você ficar carregando a sua sombra você não vai conseguir viver a sua plenitude. A sombra tem que vir e te arrebentar, e aí você vai fazer com que exista uma revolução”.

Encontrar as nossas sombras exige um trabalho de autoconhecimento. É uma investigação pessoal que deve ser feita por cada um. Às vezes um acompanhamento terapêutico ajuda na descoberta. Podemos encontrar nossas sombras em medos, tristezas e dores. Geralmente situações que nos causam incômodo, raiva ou inveja podem revelar as nossas sombras.

Por exemplo, às vezes podemos ter aversão a pessoas bem-sucedidas porque, lá no fundo, não acreditamos que podemos ser bem-sucedidos. A beleza alheia pode nos incomodar porque não nos consideramos belos. Tememos a solidão porque não conseguimos ficar bem com nós mesmos, e por aí vai.

Tagawa garante que o primeiro passo para a evolução é aceitar a sombra, com tudo o que vem junto com ela. “Você tem essa sombra? Aceite. Diga: ‘tenho, poxa vida’. É duro olhar para ela. Às vezes pensamos ‘eu sou assim?’. É, você é isso.”

Depois, orienta, é importante trabalharmos essa sombra para que ela não nos prejudique no dia a dia. “O que eu vou tentar fazer? Tratar isso para gerar menos impacto nas pessoas que eu amo ou que me amam. Não é fácil, mas vale a pena”, assegura.

Meditação filtra as sombras

As práticas propostas pela Filosofia do Bonsai auxiliam, e muito, na identificação de sombras. Na meditação por exemplo, fazemos o trabalho de observar os próprios pensamentos. E eles dizem muita coisa sobre nós.

“Na minha meditação diária surgem várias sombras. Em vez de negá-las, como eu fiz por muito tempo, eu deixo elas virem, sinto o que está acontecendo e aí começo uma reflexão para tentar dar entendimento a essas sensações”, afirma Tagawa.

Alma, Espiritualidade

É importante pensar sobre a morte e estar preparado para ela

1 de dezembro de 2017

A única certeza que temos na vida é a de que vamos morrer. Apesar disso, falar sobre a morte é um verdadeiro tabu na sociedade atual – principalmente nas culturas ocidentais. Pensar sobre a morte é crucial para que tenhamos uma vida madura, consciente e responsável. Se inevitavelmente morreremos um dia, precisamos estar preparados para quando isso acontecer. Pense: se morrer amanhã, o que você deixará para o mundo e seus descendentes?

Por que pensar sobre a morte?

Refletir que cedo ou tarde morreremos nos estimula a ter uma vida com mais qualidade e propósito. Afinal, quando nos lembramos que nossa passagem por esta vida tem prazo de validade, tendemos a querer fazer valer a pena nossa existência.

Em “O Livro Tibetano do Viver e do Morrer”, obra clássica da espiritualidade e bestseller internacional, o autor Sogyal Rinpoche, monge budista, diz ter ficado surpreso quando percebeu a negação da morte no mundo ocidental. “Isso quer dizer que a maior parte do mundo vive negando a morte ou aterrorizado por ela. Até falar da morte é considerado mórbido, e muitos acham que fazer uma simples menção a ela pode atraí-la sobre si”.

Segundo Rinpoche, são desastrosos os efeitos da negação da morte não só na esfera individual, mas para o planeta inteiro. Isso porque acabamos por não desenvolver uma visão a longo prazo. “Assim, nada as refreia [as pessoas] de saquear o planeta em que vivem para atingir suas metas imediatas, e agem com egoísmo que pode tornar-se fatal no futuro”.

Pensar na morte é uma forma de prevenção

Na Filosofia do Bonsai pensar na morte faz parte do tema prevenção. A prática da prevenção é essencial em todos os setores da vida, tanto no que diz respeito à saúde física e mental como nas relações humanas e no ambiente profissional. O maior benefício da prevenção é que é feita com medidas simples e rotineiras, diferentemente de ações drásticas, custosas e complexas que geralmente são necessárias quando nos vemos diante de um grande problema ou doença grave.

De acordo com Alexandre Tagawa, idealizador da filosofia, pensar na morte pode até ser um assunto triste, mas importante. “Ninguém quer pensar sobre a morte mas ela faz parte da vida e é importante estar preparado para o bem dos que ficam”.

Tagawa questiona: se alguma coisa acontecer a você, os seus descendentes estarão seguros? Você tem seguro de vida, por exemplo? Quantas pendências você deixaria hoje, como dívidas ou desavenças? “É importante pensarmos nisso para não deixar nada para a próxima geração. Muitas vezes não nos damos conta de quantas pessoas dependem de nós, mas é a vida deles que vai ser impactada com a nossa morte”.

Se pensarmos em uma proporção maior ainda, tudo o que fazemos diariamente é uma forma de plantar sementes para um amanhã melhor não só para os nossos próximos, mas para a sociedade como um todo.

Ao pensarmos na vida como algo maior e parte de um todo, refletir sobre a morte é crucial. É como diz o monge Rinpoche: “Para quem se preparou e praticou, a morte não chega como uma derrota, mas como um trunfo, o coroamento da vida em seu mais glorioso instante”.

Alma, Meditação

Aprenda com a história do ‘homem mais feliz do mundo’

29 de novembro de 2017

Inúmeras pesquisas já comprovaram os benefícios da meditação para o cérebro. Em uma delas, o monge budista Matthieu Ricard foi considerado o “homem mais feliz do mundo”. Pesquisadores da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, identificaram nele a produção sem precedente de ondas cerebrais ligadas à capacidade de atenção, consciência, aprendizado e memória, além de uma redução da propensão à negatividade.

A história do ‘homem mais feliz do mundo’

Matthieu é um ex-cientista francês de 71 anos que abdicou da carreira como pesquisador para se tornar monge. Ele tinha 26 anos quando, após obter um Ph.D. em genética molecular no Instituto Pasteur, decidiu se concentrar na prática do Budismo Tibetano. Desde então, há mais de 50 anos estuda com grandes mestres da tradição e é tradutor de Dalai Lama para o francês.

As pesquisas no cérebro do monge foram iniciadas em 2008, na Universidade de Wisconsin. O neurocientista Richard Davidson conectou sensores no cérebro de Matthieu e, usando técnicas de ressonância magnética funcional, conseguiu demonstrar que alterações positivas significativas no comportamento cerebral podem ser ativadas através da meditação e outras “práticas contemplativas”.

Os resultados mostraram atividade elevada no segmento esquerdo do córtex pré-frontal do cérebro, se comparado ao direito. Quando o monge meditou, o cérebro dele produziu níveis de ondas gama ligadas à consciência, atenção, aprendizado e memória que nunca haviam sido relatados em estudos da neurociência. Além disso, foi comprovado que, por conta da meditação, ele tem capacidade incrivelmente anormal de sentir felicidade e uma propensão reduzida para a negatividade.

Dicas do monge para ser feliz

“Felicidade não é a busca infinita por uma série de experiências prazerosas. Isso é uma receita para a exaustão”, diz o monge tibetano, de acordo com artigo publicado no site britânico BBC. De acordo com Matthieu, “felicidade é um jeito de ser. É um estado mental ótimo, excepcionalmente saudável, que dá a você os recursos para lidar com os altos e baixos da vida.”

O monge dá cinco dicas para ser feliz, que estão disponíveis em vídeo no YouTube produzido pela GQ magazine:

  1. Não se preocupe com o que não tem solução: se há como resolver o problema, resolva. Caso não, relaxe e procure outras coisas para fazer.
  2. Felicidade exige treino: há muitas coisas boas a serem usufruídas na vida, como amor, atenção, liberdade e paz, mas elas não surgem do dia para a noite – precisam ser treinadas. É como aprender a tocar piano: não podemos fazer isso do dia para a noite, exige dedicação.
  3. Encontre sua paixão: saber o que te faz feliz é algo que você realmente deve perguntar a si mesmo. O que realmente importa para você? É como acender uma chama. Você tem que encontrar qual é a sua e fazer o que for necessário para alcançá-la.
  4. Felicidade para todos: o que faz mal para os outros não pode fazer bem para nós. Faça o seu melhor para praticar a compaixão. Procure se livrar de sentimentos ruins contra si e os outros e busque formas de compartilhar isso com os demais.
  5. Sirva: esteja a serviço da vida.

Ele faz isso compartilhando seus aprendizados como monge. Como você pode servir ao mundo?

Alma, Espiritualidade

Como praticar o desapego e impedir que as coisas possuam você

28 de novembro de 2017

“O desapego não significa que você não deva possuir nada, mas sim que nada deve possuir você”, diz sábia máxima atribuída a Ali Ibn abi Talib, primo, genro e sucessor de Maomé. Apesar de Ali ter vivido por volta do ano 600 d. C, a frase reflete uma preocupação bastante atual. Muito tem se falado sobre o desprendimento de bens materiais e até mesmo de crenças e ideias que nos prejudicam. Mas como conseguir praticar o desapego?

O apego está atrelado ao sofrimento

Muitas vezes imaginamos que ser desapegado é não possuir ou não querer ter nada. Contudo, o desapego está atrelado ao sofrimento causado pela posse – e não por ter as coisas em si. Ou seja, a pessoa desapegada tem as coisas, mas não sofre demasiadamente quando deixar de tê-las.

Podemos batalhar para comprar uma casa, conquistar um emprego melhor, ter um bom relacionamento ou um carro melhor. Contudo, não podemos condicionar as nossas vidas a essas posses ou circunstâncias.

“O desapego é quando você tem as coisas, elas passam por você, você passa por elas, mas com uma certa leveza”, sugere a Monja Coen, da tradição zen budista, em vídeo disponível no YouTube. “Você pode ter. Porém, ao mesmo tempo não está aprisionado pelas coisas materiais, nem mesmo emocionais e muito menos espirituais”.

A monja nos faz refletir que estamos apegados espiritualmente quando acreditamos que nossa crença e maneira de ser é a única possível e não compreendemos nada mais além disso. “Desapego significa estar aberto a realidade à qual você está vivendo”, completa.

‘O apego nos deixa ancorados’

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, passou por uma experiência que o fez perceber o quanto o apego nos remete ao sofrimento. Ele perdeu sua avó, vítima de um assalto, num episódio muito triste em sua vida. Após a partida da avó, ele guardou a aliança dela como recordação.

Contudo, com o passar do tempo percebeu que estava apegado ao objeto, tendo a necessidade de tê-lo por perto e sempre à vista. Em determinado momento, fez um exercício de desapegar-se da aliança e, segundo ele, a sensação foi muito boa. “Fez bem. De alguma maneira ter a aliança fazia com que eu segurasse a minha avó. Aquela aliança era um apego. Era como se eu disse: ‘é meu, não mexe nisso que é da minha avó.”

Para Tagawa, o exercício com a aliança o ajudou a ser menos apegado às coisas. Com isso, o sofrimento vai embora junto, avalia, uma vez que deixamos de lado a sensação de posse, de precisar ter algo conosco. Uma vez desprendidos, ficamos livres e leves. A nossa felicidade não fica condicionada.

“Apegada é a pessoa que passa uma cola na mão, gruda uma coisa e não descola de jeito nenhum. Se eu perder isso, eu mato ou morro por isso, eu sofro”, sugere a Monja Coen.

Como não temos o controle sobre tudo o que acontece em nossas vidas, se um dia temos algo e amanhã podemos não ter mais, precisamos estar preparados para mudanças. “De repente, por inúmeras causas ou condições, você pode perder tudo. E você pode dizer: que triste, que pena. Por onde eu recomeço? E não por onde eu me mato ou por onde vou matar alguém”, diz a monja.

Autodesenvolvimento, Mente

Como desenvolver a habilidade de tomar decisões e fazer escolhas

24 de novembro de 2017

“Cada escolha é uma renúncia”, já diz o ditado popular. Se quisermos equilíbrio na vida, como propõe a Filosofia do Bonsai, precisamos ter em mente que não conseguimos ter tudo ao mesmo tempo. Saber tomar decisões e fazer escolhas é sinal de maturidade e sabedoria. Para ter essa clareza, é fundamental estar bem consigo mesmo e se conhecer.

De onde vem a dificuldade de tomar decisões

A vida é feita de escolhas. Tomamos decisões o tempo todo, da hora que acordamos até quando vamos dormir. Não tem como fugir: desde questões triviais como qual roupa usar pela manhã até assumir compromissos sérios, como um casamento, passa pelo nosso “sim” ou “não”.

Muitas dessas decisões são automáticas, pois sabemos que se ficarmos ponderando a todo momento o que fazer, não sairemos do lugar. Contudo, quando nos deparamos com uma situação nova, imprevista ou que vá causar muito impacto em nossas vidas, é comum ficarmos em dúvida. Nessas horas, o que fazer?

Quanto mais avaliamos os prós e contras das opções, mais ansiosos e paralisados ficamos. A indecisão causa ansiedade porque focamos nossos pensamentos em situações futuras que ainda não aconteceram.

Falta de maturidade e de autoconhecimento

Nessas horas, há dois fatores que nos atrapalham. O primeiro deles é a falta de maturidade em aceitar que não podemos ter tudo ao mesmo tempo. Saber disso ajuda, e muito, na tomada de decisões. Fica muito mais fácil abdicar de uma das alternativas quando simplesmente aceitamos que renúncias fazem parte da vida.

A segunda é a falta de autoconhecimento, de saber verdadeiramente qual alternativa é a melhor opção para você no seu momento atual. Muitas vezes esquecemos de prestar atenção no mais importante: como nos sentimos em relação a cada uma das possibilidades.

‘Decisões rápidas não são certas’

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, afirma que como empreendedor precisa tomar decisões o tempo todo. No passado, ele não pensava muito antes de aceitar novos projetos – o resultado é que estava sempre acumulando trabalho e “apagando incêndios”.

A vida dele começou a melhorar quando entendeu que não tem como ter qualidade de vida e pegar muitos projetos ao mesmo tempo – a não ser que crie uma estrutura para dar conta da demanda maior. “Eu não acredito em milagres. São escolhas.”

A analogia com o próprio bonsai ajuda Tagawa em suas decisões. A miniárvore precisa de cuidados diários e específicos para crescer forte e robusta. Antes de adquirir um novo bonsai para seu jardim, sugere Tagawa, é importante a pessoa avaliar se será capaz de cuidar bem

dele. Afinal, de nada adianta ter vários vasos com as árvores mal cuidadas.

 “Decisões rápidas não são certas”, diz o filósofo Sófocles. Antes de tomar uma decisão, é importante ter em mente os cenários que cada uma delas vai proporcionar. Depois disso, avalie internamente, sinta o que é o melhor para seu momento atual da vida e renuncie à outra opção sem sofrimento.