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Autodesenvolvimento, Mente

Já sentiu inveja dos outros? Aprenda a lidar com esse sentimento

19 de fevereiro de 2018

“A inveja é inata ao homem”, disse o historiador grego Heródoto. Por mais que seja difícil admitir, todos sentimos uma pontinha de inveja em algum momento da vida. Apesar de ser indesejada tanto por quem sente quanto por quem é invejado, saber lidar com ela e evitá-la é importante principalmente para o invejoso, pois senti-la é sinal de baixa autoestima.

Por que sentimos inveja?

A inveja é “o desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade dos outros. É o desejo violento de possuir tal bem”, segundo o dicionário da língua portuguesa. Definição parecida foi dada pelo filósofo romano Cícero: “inveja é a amargura que se sofre por causa da felicidade alheia”, sentenciou.

A falta de autoestima é um dos motivos que nos fazem sentir inveja. Somos condicionados a esse sentimento desde pequenos, pois crescemos sendo comparados com outras crianças, o que desperta em nós a sensação de inferioridade e é repetido em situações durante toda a vida, explica artigo da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (SBie).

“O invejoso não está satisfeito com suas qualidades e conquistas. Isso não acontece necessariamente porque essas coisas são insuficientes ou inexistentes, mas porque as pessoas tendem a olhar somente para o que acontece de errado e para o que precisa de conserto”, destaca a SBie.

É por isso que temos tanta dificuldade em ficarmos felizes com o sucesso e conquistas alheias, pois, como já diz o ditado popular, o jardim do vizinho sempre parece mais verde do que o nosso. A inveja é algo tão comum aos homens que o dramaturgo Grego Ésquilo, que viveu no período de 500 a.C., ou seja, mais de 2000 anos atrás, disse: “há poucos homens capazes de prestar homenagem ao sucesso de um amigo sem qualquer inveja”.

Como não sentir inveja dos outros?

Em vez de buscar mascará-la, as melhores maneiras de lidar com a inveja são ter consciência de sua existência e refletir sobre seus motivos. A SBie orienta que, para evitá-la, é fundamental conhecer a si mesmo e elevar a autoestima. “É apenas gostando de quem você é e se sentindo satisfeito com sua vida que você conseguirá se valorizar e parar de se rejeitar”, sugere a entidade, que dá as seguintes dicas para não sentir inveja:

1 – Aceite a presença da inveja e perceba que é possível ser mais amoroso com você;

2 – Evite se comparar com os outros e seja justo com você: ao olhar para as qualidades dos outros, não deixe de olhar para as suas também;

3 – Seja fiel aos seus valores e dê preferência a realizar os próprios sonhos e desejos;

4 – Olhe para si mesmo, conheça suas qualidades e saiba valorizar as coisas que você já tem;

5 – É importante aceitar que há coisas que não podem ser mudadas. Se você inveja algo que é impossível para você, pare de lutar contra o que é imutável;

6 – Ame você em primeiro lugar, afinal, apenas pessoas que não se amam e não se aceitam possuem o desejo de ser igual a outra pessoas.

Seja generoso com você

No livro O cérebro de Buda, o neuropsicólogo Rick Hanson salienta que a inveja é um grande impedimento para a generosidade. “Perceba o sofrimento presente nesse sentimento e veja como ele é nocivo a você”, diz o autor, que completa: “de maneira compassiva e gentil, lembre-se de que você ficará bem mesmo que outras pessoas tenham fama, dinheiro e um parceiro incrível, e você não”.

Hanson sugere: para se livrar das garras da inveja, envie compaixão e bondade para as pessoas que você sente inveja. A seguinte reflexão do bispo e teólogo francês Jacques-Bénigne Bossuet complementa a recomendação: “a maior felicidade que um homem pode possuir é a de ver, sem inveja, a felicidade alheia.”

Atividade Física, Corpo

Você é sedentário? Descubra o que é o sedentarismo e como evitá-lo

16 de fevereiro de 2018

Acordar atrasado, ir trabalhar de carro ou ônibus, ficar sentado ou parado o dia inteiro, voltar para casa, cuidar de afazeres domésticos e dormir. Essa rotina, comum a muitos de nós, faz com que tenhamos uma vida cada vez mais sedentária. A ausência de atividades físicas causa sérios problemas à saúde ao longo dos anos. Por mais difícil que possa ser, mudar de hábitos é essencial para quem busca bem-estar e uma vida mais saudável.

O que é sedentarismo?

Sedentária é a pessoa que pouco se exercita ou se movimenta, seja praticando esportes ou executando tarefas rotineiras, o que resulta em um gasto calórico reduzido. Objetivamente, considera-se sedentária a pessoa que gasta menos de 2.200 calorias por semana (cerca de 300 calorias por dia) explica o Portal AbcMed, especializado em informações sobre saúde.

Para evitar o sedentarismo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática da atividade física de intensidade moderada (como caminhar, pedalar ou praticar esportes) ou vigorosa durante pelo menos 150 minutos por semana – o que equivale a 30 minutos por cinco dias na semana, por exemplo.

Consequências do sedentarismo

Todos sabemos os prejuízos que a inatividade física pode causar à saúde. Além de atingir órgãos vitais como coração, rins, cérebro, entre outros, o sedentarismo impacta diretamente na saúde dos músculos e ossos, que se tornam mais frágeis, pois ficam sem uso, literalmente, atrofiando, perdendo a flexibilidade e comprometendo a saúde como um todo, informa o Portal Saútil.

A inatividade física é tão grave que é o quarto principal fator de risco de mortalidade global e provoca 6% de todas as mortes, diz relatório de 2014 da OMS. De acordo com artigo escrito pelo médico Drauzio Varella, pesquisadores consideram cinco enfermidades nas quais a influência da vida sedentária é conhecida com mais detalhes: doença coronariana, derrame cerebral, diabetes tipo 2, câncer de mama e câncer de cólon e reto.

Contudo, além dessas cinco, são inúmeras as doenças e prejuízos que a inatividade pode causar à nossa saúde, tais como: obesidade, pressão alta, depressão, infarto, derrames, aumento do colesterol, acelerar o envelhecimento e pode até mesmo ser causa de morte súbita, destacam os portais AbcMed e Saútil.

O sedentarismo é considerado, ainda, o principal fator de risco para a morte súbita. Isso porque, na maioria das vezes, está associado direta ou indiretamente às causas ou ao agravamento de doenças.

Como deixar de ser sedentário?

Inserir atividades físicas e prática de esportes no dia a dia exige força de vontade e mudança de hábitos, mas os benefícios são tantos que vale a pena o esforço. Por mais que a vida seja corrida e atividades essenciais como o trabalho, o estudo e cuidar dos filhos tomem muito de nosso tempo, especialistas recomendam fortemente que reservemos um tempo para nos exercitar.

Vale de tudo: fazer caminhadas pelo bairro, andar de bicicleta, correr, nadar, dançar, jogar bola com os amigos ou até mesmo fazer exercícios dentro de casa (vários vídeos na internet auxiliam nessa empreitada). Contudo, é preciso persistência, afinal, a regularidade é fundamental.

Alma, Propósito

Por que é importante não se preocupar com a opinião dos outros

14 de fevereiro de 2018

Por Gabriela Gasparin

“Segue o teu destino, rega as tuas plantas, ama as tuas rosas. O resto é sombra de árvores alheias”. Essa citação do poeta Fernando Pessoa nos inspira a refletir sobre a importância de não nos preocuparmos com a opinião dos outros – e nem sobre a vida deles. Quanto mais tempo gastamos preocupados com o que os outros pensam a nosso respeito, menos energia temos para nos concentrar no que realmente importa: agradar a nós mesmos.

Por que a opinião dos outros nos afeta?

Não deveria ser assim, mas muitas vezes nos abalamos com o que pensam ou dizem a nosso respeito. É comum ficarmos chateados, decepcionados e, não raramente, até mesmo mudarmos nosso jeito de ser apenas pensando em agradar os outros.

O pior é que não fazemos isso somente com relação ao que dizem familiares, amigos e conhecidos, mas também levando em conta comportamentos e pensamentos gerais existentes na sociedade.

Quantas vezes deixamos de fazer o que realmente queremos apenas para atender expectativas sociais? Isso vale desde a roupa que vamos vestir até a escolha de uma profissão, estilo de vida ou relacionamento amoroso.

Agimos dessa forma, às vezes até mesmo de forma inconsciente, porque buscamos aprovação dos outros. Contudo, como já é amplamente sabido, é impossível agradar a todos. Sempre vai existir alguém a nos criticar, questionar ou desaprovar o que estamos fazendo.

O mais curioso de tudo isso é que, quando abrimos mão de nos preocupar com o que os outros pensam e agimos naturalmente, tendemos a atrair e receber atenção das pessoas que nos admiram justamente pelo que somos – e não por aquilo que estamos tentando ser.

Como não se preocupar com a opinião alheia?

A primeira coisa a se fazer é fortalecer o amor próprio e o autoconhecimento. Quanto mais estamos em paz e conscientes do motivo pelo qual fazemos o que fazemos, menos nos preocupamos com o que vão pensar de nós.

Quem tem que julgar que a nossa vida é boa e bem-sucedida é o próprio indivíduo, diz o professor e renomado palestrante Leandro Karnal, em vídeo disponível no YouTube, citando o filósofo francês Luc Ferry, autor do livro O que é uma vida bem-sucedida?. “É o indivíduo que tem que entender que a função dele é A, B ou C”, diz Karnal, acrescentando que o julgamento tem que ser subjetivo e pessoal.

“O problema é se libertar do julgamento do mundo, entre o corpo que eu tenho e o corpo que o mundo quer que eu tenha, entre o dinheiro que eu quero ter e o dinheiro que o mundo quer que eu tenha, o conhecimento que tenho e o que o mundo quer que eu tenha. Não é fácil fazer esse afastamento”, sugere o professor.

A importância do autoconhecimento

 O autoconhecimento é essencial para deixarmos de nos preocupar com o que dizem ou até mesmo com a vida alheia. Quando sabemos o nosso propósito, nossos valores e os motivos que nos movem, é muito difícil que a simples opinião alheia nos abale. “Quem não conhece a si mesmo desconhece a sua própria essência e isso faz com que as opiniões de terceiros tenham uma grande importância, principalmente as opiniões e críticas negativas”, diz artigo disponível no site do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC).

A dependência da opinião alheia, diz o texto, é fruto da ausência de critérios que garantam uma avaliação a respeito de si mesmo. É claro que considerar críticas e sugestões dos outros é sempre válido e importante para nosso crescimento e evolução, mas não podemos tê-las como verdade absoluta e nem nos moldar com relação ao que os outros esperam de nós.

Também é importante sabermos que nada é para sempre e que tudo muda – inclusive nós mesmos. Compreender essa impermanência da vida e estar abertos a mudanças nos ajuda a não se preocupar tanto com a opinião dos outros, diz a Monja Coen, da tradição zen budista, em vídeo disponível no YouTube. “Nós estamos mudando e às vezes esse olhar do outro pode nos ajudar, porque ele nos mostra alguma incoerência nossa”, sugere.

O mais importante, sobretudo, é sermos coerentes com nós mesmos. “O que você pensa de você? O que você acha de você mesmo? Você se observa em profundidade e é coerente com seus princípios? No budismo a gente fala que se você vê a você mesmo e você vê o que está fazendo, o mundo sabe”, salienta a monja.

* Gabriela Gasparin é jornalista, escritora e autora do livro “Vidaria, uma coletânea de sentidos da vida”. É também criadora do blog Vidaria.

Filosofia, Mente

Conheça seus valores inegociáveis e tome decisões acertadas

9 de fevereiro de 2018

Todos temos valores que nos guiam, e conhecer os próprios é fundamental para compreender e resolver nossos problemas e impasses. A lista de valores de uma pessoa pode ser extensa; contudo, há alguns deles que são tão importantes para a nossa existência como beber água ou dormir: sãos os chamados valores inegociáveis.

O que são valores inegociáveis

Antes de mais nada, é importante saber o que é valor. Os valores são as verdades que nos guiam, ou seja, aquilo que é importante para a nossa vida. No livro “Desperte o Gigante Interior”, o renomado especialista em neurolinguística Anthony Robbins esclarece: “qualquer coisa que você muito preza pode ser considerada um valor”. Ele explica que prezar alguma coisa significa atribuir-lhe importância.

Já os valores inegociáveis são aqueles sem os quais não vemos o menor sentido em executar determinada ação caso sejam infringidos. Dessa forma, há valores que são importantes para nós, mas podemos contorná-los e fazer algumas exceções sem sofrimento. Outros, contudo, tornam qualquer desvio simplesmente inaceitável.

A coach Patricia Martins de Andrade explicou, em entrevista ao podcast Mamilos, o quão importante é termos consciência de nossos valores inegociáveis. “Quando eu estou em processo de coaching eu costumo puxar os cinco valores inegociáveis da pessoa. Quando o que você está fazendo bate em um valor fundamental seu, isso vai te atingir tão frontalmente que será impossível continuar”, explica, referindo-se ao ambiente profissional.

A especialista dá alguns exemplos: como um vegano (pessoa que não come nada de origem animal) poderia trabalhar em um frigorífico? Ou como um ativista antitabagista trabalharia em uma fabricante de cigarros?

Segundo ela, é comum em empresas os indivíduos terem valores diferentes; afinal, as pessoas não são iguais. As organizações conseguem caminhar porque em geral os integrantes das equipes fazem certas concessões, há flexibilidade. Contudo, se o indivíduo precisa ser flexível em algo que infringe um valor ou crença inegociável, uma hora a bomba explode.

Conheça seus valores

Muitas vezes vivemos de forma tão automática que não paramos para refletir sobre os próprios valores. Com isso, é possível sofrermos sem sequer compreender que o motivo foi a violação de um dos nossos valores inegociáveis.

Isso pode acontecer de forma menos explícita do que nos exemplos citados acima. Em um exemplo mais brando, uma pessoa pode ter a família como valor inegociável e se perceber em um emprego que exige viagens constantes, que a afasta dos familiares.

A lista de valores possíveis é vasta. Exemplos comuns são: amor, família, segurança, saúde, trabalho, dinheiro, liberdade, autoconhecimento, aventura, sucesso, poder, entre outros. Uma dica é descobrir quais valores são importantes para você e identificar aqueles que são inegociáveis.

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, por exemplo, afirma que ficou muito mais fácil tomar decisões quando passou a levar em conta seus valores inegociáveis. Um exemplo citado por ele foi a opção de dizer não a uma proposta de negócio que poderia consumir muito de seu tempo reservado à família.

Alma, Propósito

Você reconhece as suas virtudes?

7 de fevereiro de 2018

Por Gabriela Gasparin

“O que é uma erva daninha senão uma planta da qual ainda se não descobriram as virtudes?”, questionou o renomado escritor americano Ralph Waldo Emerson. Muitos de nós passamos uma vida inteira sem identificar as próprias virtudes, ou seja, qualidades genuínas e verdadeiras que carregamos internamente e podem transformar nossa forma de enxergar a nós mesmos e aos demais.

O que é virtude?

A palavra virtude tem origem no latim virtus, que significa força viril ou poder. De acordo com o dicionário da língua portuguesa, “é a disposição firme e constante para a prática do bem” e a “qualidade própria que nos permite produzir certos efeitos” – que, de forma geral, são relacionados a algo positivo.

Há significados morais e teológicos de virtudes. Por exemplo, na teologia, as três virtudes (trindade) são a fé, a esperança e a caridade. Na moral, por sua vez, existem as quatro virtudes cardeais ou centrais, que são tidas como orientadoras da conduta do ser humanos. São elas: a prudência, a temperança, a fortaleza e a justiça.

Juntas, as virtudes morais e teológicas compõem o termo conhecido como as virtudes celestiais ou as sete virtudes cardinais. Entenda cada uma delas:

As sete virtudes cardinais

Fé: no sentido teológico, é a adesão e anuência pessoal a Deus, mas pode, ainda, ser compreendida como crença e confiança. É a firmeza na execução de uma promessa ou compromisso;

Esperança: é o ato de se esperar com fé (ou seja, com confiança) o que se deseja;

Caridade: sentimento bom que nos leva a poupar a quem poderíamos castigar ou punir; a prática desse sentimento é conhecida como a obra de caridade;

Prudência: é a qualidade de saber agir com cautela, precaução e comedimento, buscando evitar tudo o que julga fonte de erro ou dano. Buscar os melhores meios para se atingir um objetivo;

Temperança: qualidade de quem modera apetites, prazeres ou paixões, visando o equilíbrio;

Fortaleza: qualidade dos fortes, que remete à solidez e segurança. Força e energia moral;

Justiça: ser justo, qualidade de dar a cada um aquilo que é seu. Faculdade de julgar segundo o direito e melhor consciência.

As virtudes nos dias de hoje

As sete virtudes cardinais são apenas um meio para nos ajudar a identificar nossas próprias virtudes e conseguir colocá-las em prática no dia a dia. Afinal, atualmente o termo é compreendido forma mais geral e ampla, como as qualidades gerais de qualquer pessoa. É comumente conhecida como uma característica positiva, dentro do que é considerado certo, desejado e digno.

Pensar em quais são as nossas virtudes e em como aplicá-las no dia a dia pode trazer bons resultados para a nossa vida como um todo. No livro O cérebro de Buda, o neuropsicólogo Rick Hanson afirma: “a virtude parece uma qualidade que está além do nosso alcance mas, na verdade, é algo bem realista. Ela significa simplesmente viver segundo nossa bondade interior, guiada por princípios.”

*Gabriela Gasparin é jornalista, escritora e autora do livro “Vidaria, uma coletânea de sentidos da vida”. É também criadora do blog Vidaria.

Alimentação, Corpo

Os quatro pós brancos que podem levar o ser humano à morte

5 de fevereiro de 2018

O sal, o açúcar e a farinha refinada, junto com a cocaína, são amplamente conhecidos como os quatro pós brancos que podem levar o ser humano à morte. Pode soar curioso à primeira vista que ingredientes culinários estejam inseridos no mesmo grupo que uma droga, contudo, especialistas garantem que todos os quatro itens são extremamente prejudiciais à nossa saúde.

A presença da cocaína entre os quatro pós brancos nos alerta para o quão grave a ingestão em excesso de sal, açúcar e farinha refinada pode ser para o nosso corpo. Afinal, os três ingredientes são facilmente acessíveis em qualquer supermercado e costumam estar presente nas nossas refeições com regularidade.

A preocupação é tanta que o governo tem discutido com fabricantes de alimentos acordos para reduzir a quantidade de açúcar em alimentos processados assim como vem sendo feito com o sal (sódio), em etapas, desde 2011.

A nutricionista Maristela de Castro Lopes destaca, em seu blog, que o consumo diário dos três pós brancos alimentícios em excesso causa diversas doenças, principalmente as crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes, dislipidemia de triglicerídeos (presença de níveis elevados de gorduras no sangue) e hipertensão.

Por que os pós brancos fazem mal

Sal (sódio)

De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, quando muito sódio passeia pelo corpo, um dos primeiros efeitos é a retenção de água e um aumento no volume de sangue circulante. Com isso, aumenta a pressão na parede dos vasos, pois as artérias não estão acostumadas a abrir passagem para tanto líquido. Com o tempo, a pressão alta pode danificar as artérias dos órgãos vitais, como coração, cérebro e rins, ocasionando risco de infarto, derrame e insuficiência renal crônica.

Açúcar simples (sacarose)

Resultado de processos químicos a partir da cana, a sacarose é rapidamente convertida em glicose pelo nosso sangue, explica a nutricionista Maristela Lopes. Os efeitos disso são os aumentos na taxa de açúcar no sangue e na produção e liberação de insulina. Com isso, há aumento do acúmulo de gordura, da incidência de cáries e inflamações na gengiva, relacionados a diversos tipos de câncer, osteoporose, entre outras doenças. Os picos glicêmicos que ocorrem quando há ingestão de açúcar dão uma sensação de prazer e buscamos repetir a dose, explica reportagem no site Bem Estar. Porém, quanto mais acontecem esses picos, maiores as chances de obesidade, diabetes, infartos e até doenças como depressão e demência.

Farinha refinada

Por ser um alimento processado, perde muitas de suas vitaminas e propriedades nutricionais. O grão de cereal esmagado é mais rapidamente digerido pelo organismo e, consequentemente, provoca subida de açúcar no sangue, aumentando os níveis de insulina, diz a Clínica MeiHua. Além disso, o trigo é, na alimentação, um dos maiores responsáveis por alergias e intolerâncias alimentares, sendo que muitos especialistas apontam como grande responsável o excesso de glúten existente nas atuais variedades de trigo.

Atividade Física, Corpo

Que tal aproveitar o novo ano para aprender a andar de bicicleta?

2 de fevereiro de 2018

Com o aumento de ciclovias em muitas cidades brasileiras, o uso de bicicletas para lazer ou como meio de transporte têm crescido bastante entre a população. Com isso, muitos adultos que não sabem pedalar sentem-se tentados a conseguir desfrutar dos benefícios desse esporte com os amigos. A boa notícia é que é possível aprender a andar de bicicleta em qualquer idade, basta ter força de vontade.

Como aprender a andar de bicicleta

O primeiro passo para conseguir ter equilíbrio sobre duas rodas depois de adulto é estar disposto a se arriscar. Quando crianças, não temos medo de cair, nos desequilibrar ou passar vergonha na frente dos outros. Muitas vezes o que barra adultos de aprender a andar de bicicleta é o medo.

É preciso ter em mente que nada de muito grave pode acontecer ao aprender a andar de bicicleta com cautela – exceto algum arranhãozinho ou susto de leve. Isso porque a pessoa tem sempre a possibilidade de colocar o pé no chão ao se desequilibrar, o que dá sustentação e segurança ao aprendiz.

Outra dica importante é começar com uma bicicleta pequena, que permita à pessoa colocar os pés inteiros no chão em caso de desequilíbrio. Não deve ser uma bicicleta infantil, mas sim uma daquelas dobráveis ou que seja um pouco mais baixa.

Bicicletas menores dão uma sensação de controle e alivia o medo de quem está dando as primeiras pedaladas. Depois, basta ajustar o selim (banco) de forma a conseguir sentar com os pés no chão – afinal, no começo será preciso o apoio dos pés até que se encontre o ponto de equilíbrio.

Procure alguém para te ajudar

Para quem já tentou aprender a pedalar sozinho e não obteve sucesso, uma dica é procurar a ajuda de alguém que saiba andar de bicicleta. Pode ser um amigo ou até mesmo grupos e ONGs que ensinam gratuitamente os interessados – basta procurar na internet para descobrir onde e como encontrar esses grupos de voluntários.

Junto com a pessoa, procure um local amplo e plano (ou com pequenos desníveis), como um parque, quadra ou rua deserta. Esqueça a vergonha e permita-se ser criança novamente, tentando quantas vezes for necessário. Não se pressione para conseguir rápido e, caso cansar, descanse um pouco para continuar.

Dicas para dar as primeiras pedaladas:

1 – Peça para o seu amigo ou instrutor ficar sempre por perto. No começo ele pode ajudar segurando e guiando pelo selim – nesse caso, a pessoa precisa ter um pouco de força para ajudar;

2 – Comece tentando deslizar sobre a bicicleta – ou seja, sem usar os pedais, segure o guidão com as duas mãos, pegue impulso com os pés e tente encontrar o equilíbrio no tempo em que as rodas girarem. Enquanto isso, afaste os pés do pedal;

3 – Tenha em mente que, em caso de desequilíbrio, é só colocar os pés no chão. Essa possibilidade traz segurança pois não há o que temer: desequilibrou? Basta colocar o pé no chão, segurando os braços no guidão;

4 – Com o passar do tempo, é possível começar a usar os pedais. O exercício é praticamente o mesmo, mas agora quem dará o “impulso” é o pedal (perceba que o pedal do pé que vai começar a pedalar precisa estar em cima, para que seja possível empurrá-lo). Não se pressione para dar muitas voltas logo no começo. Vá com calma;

5 – Quando se sentir seguro, peça para o instrutor ou amigo soltar o selim de vez em quando. Aos poucos você começará a sentir pequenos momentos de equilíbrio. Evite curvas no começo. Tente quantas vezes for necessário, até pegar segurança para dar pedaladas mais extensas.

Alma, Propósito

Como praticar a compaixão, o ato de ‘sofrer com o outro’

31 de janeiro de 2018

Por Gabriela Gasparin

“A compaixão é, talvez, a mais humana de nossas características”, diz o educador Rubem Alves no livro Ostra feliz não faz pérola. Ser compassivo e querer eliminar o sofrimento dos outros faz parte da natureza humana, garantem sábios e estudiosos. Apesar de parecer uma virtude reservada para santos ou pessoas altruístas, o sentimento de compaixão pode ser encontrado dentro de cada um de nós.

O que é compaixão?

Entre os significados de compaixão no dicionário da língua portuguesa estão “sentimento benévolo que a dor e o sofrimento de alguém nos inspira; dó, lástima, piedade”. Ser compassivo é desejar que os seres não sofram, é uma reação ao sofrimento, diz o neuropsicólogo Rick Hanson no livro O cérebro de Buda.

Rubem Alves reflete, no livro citado no início deste texto, que a medicina, por exemplo, surgiu da compaixão, uma vez que os médicos estudam e pesquisam com o intuito de aliviar a dor dos pacientes. E o autor acrescenta que compaixão, na sua origem etimológica, “quer dizer sofrer com o outro”.

Como praticar a compaixão

Ser compassivo exige ter empatia <link texto empatia> pelo outro e sentir o problema que a pessoa está vivendo. Hanson sugere que após despertar a empatia pelas dificuldades da outra pessoa, devemos nos abrir para a dor dela, mesmo que de forma sutil, deixando a simpatia e a boa vontade brotarem naturalmente.

Segundo ele, para munir os círculos neurais de nosso cérebro de compaixão, podemos trazer à tona como é a sensação de estar com alguém que goste de nós, enquanto evocamos emoções sinceras como gratidão ou ternura.

De acordo com o autor, emanar sentimento de bondade, em frases como “que você não sofra”, “que encontre a paz” e “que tudo dê certo” são exemplos de como exercitar a compaixão para com os demais. “Quando vemos que tudo está conectado e os muitos obstáculos e desafios que impulsionam cada pessoa, a compaixão brota naturalmente”, diz.

É possível inclusive sentir compaixão por pessoas com quem temos um relacionamento difícil, garante Hanson. Por mais que essa tarefa seja desafiadora, o autor sugere que a prática reforça em nós a importante lição de que somos um só em nosso sofrimento.

É válido destacar, sobretudo, que compaixão não é o mesmo que ter pena de alguém, tendo em vista que a pena pressupõe um sentimento de superioridade de quem a sente. Na compaixão nos equiparamos ao outro, compreendendo que a dor dele poderia ser a nossa.

A compaixão faz bem a nós mesmos

Sentir ternura e desejar que o sofrimento do outro acabe tem como consequência nosso próprio bem. Isso porque ninguém está imune ao sofrimento na vida, e quando simpatizamos com o sofrimento alheio, abrimos oportunidades de compreender que sofrer faz parte da existência de todos nós. Dessa forma, sentir compaixão por nós próprios quando sofremos traz paz e de certa forma ameniza a dor.

* Gabriela Gasparin é jornalista, escritora e autora do livro “Vidaria, uma coletânea de sentidos da vida”. É também criadora do blog Vidaria.

Autodesenvolvimento, Mente

Como desenvolver a empatia e melhorar as relações sociais

29 de janeiro de 2018

A palavra empatia tem ganhado cada vez mais popularidade, especialmente em tempos em que tantas discordâncias parecem nos distanciar cada vez mais uns dos outros, causando problemas nas relações sociais. Ter a capacidade de sentir empatia pelos demais só nos traz benefícios, pois melhora a qualidade dos nossos relacionamentos, proporcionando a nós mesmos maior satisfação e bem estar no convívio social.

O que é empatia?

Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro. Entre os significados da palavra está “a capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente, de querer o que ela quer, de apreender do modo como ela apreende”. É ser capaz de simular sentimentos, ações e pensamentos alheios, explica o neuropsicólogo Rick Hanson, no livro O cérebro de Buda.

A empatia é a base para qualquer relacionamento significativo , diz Hanson. “A empatia lhe dá a tranquilidade de saber que a outra pessoa compreende pelo menos um pouco do que se passa em seu íntimo, principalmente suas intenções e emoções”, explica. Ser empático é crucial para ter um relacionamento de qualidade, porque somos seres sociais e precisamos nos sentir compreendidos.

Praticar a empatia, aliás, não significa concordar ou aprovar o outro, mas sim ter a capacidade de se colocar em seu lugar e entender suas motivações para determinada ação, pensamento ou sentimento. A pessoa empática se interessa pelo outro, pelas causas de seus comportamentos.

É possível sentirmos empatia por alguém mesmo sabendo que agiríamos de outra forma caso estivéssemos em seu lugar. “Ter empatia não significa renunciar aquilo em que você acredita, portanto, não há problema em ser empático”, diz o autor.

Como desenvolver a empatia

– Esteja aberto a ouvir e escutar o outro: muitas vezes tudo o que as outras pessoas esperam de nós é que possamos escutar verdadeiramente o que elas têm a dizer, sem fazer julgamentos ou interrupções em suas falas;

– Olhe nos olhos: não é à toa que dizem que os olhos são a janela da alma. Notar o olhar de outra pessoa pode revelar muito a respeito do que ela está sentindo em determinado momento, e isso pode nos ajudar a compreender suas ações, pensamentos e emoções;

– Busque conhecer a outra pessoa: a história de vida de cada um nos ajuda a compreender seus atos. Obter informações a respeito do outro, de seu passado e situações pelas quais passou nos auxilia a ter mais empatia por suas ações, mesmo não concordando com elas;

– Faça perguntas: às vezes interpretamos os demais de forma equivocada simplesmente porque tomamos conclusões precipitadas com base em nossas experiências ou entendimentos. Por isso é importante conversar e fazer perguntas para se certificar se estamos no caminho certo para sentirmos empatia.

Receber empatia nos faz bem

Em discussões, desentendimentos ou momentos difíceis, receber a empatia de quem está ao nosso redor é muito importante. Estar consciente de tal necessidade e saber pedir isso aos demais só nos traz benefícios.

A dica de Hanson nesse caso é ser aberto, presente e honesto com o interlocutor – afinal, a outra pessoa pode não perceber essa necessidade, sendo necessário dizer explicitamente. “Deixe claro que o que você quer é empatia, e não concordância ou aprovação”, sugere.

Alimentação, Corpo

Como cumprir a resolução de se alimentar melhor no novo ano

24 de janeiro de 2018

Alimentar-se melhor, ser mais saudável e emagrecer são itens comuns em listas de resoluções de Ano Novo, não é mesmo? A reeducação alimentar é essencial nessa empreitada. Em vez de fazer dietas radicais, uma dica básica é priorizar a ingestão de alimentos in natura ou minimamente processados, limitar os processados e evitar ultraprocessados. Mas você sabe quais são eles?

Selecione os alimentos de forma consciente

Ingerir alimentos que mais agradam o organismo é mudança-chave para quem busca ser mais saudável neste novo ano. A recomendação é ficar de olho nos diferentes tipos de alimentos, selecionando-os de forma consciente.

A regra é simples: a base para uma alimentação balanceada deve estar em alimentos in natura ou minimamente processados, diz o Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Governo Federal. Os processados, por sua vez, devem ser limitados e os ultraprocessados, evitados.

O problema é que muitas vezes fazemos o contrário: ingerimos em maior quantidade alimentos dos dois últimos tipos e deixamos de lado os que compõem os dois primeiros. Para compreender como ocorre tal inversão, conheça cada um desses grupos de alimentos:

In natura: são essencialmente parte de plantas ou de animais, como carnes, legumes, verduras e frutas.

Minimamente processados: são aqueles submetidos a processos simples, como limpeza, moagem e pasteurização, mas não envolvem agregação de substâncias ao alimento original.

Exemplos: arroz, feijão, lentilhas, cogumelos, frutas secas e sucos de frutas sem adição de açúcar e outras substâncias; castanhas e nozes sem sal ou açúcar; farinhas de mandioca, de milho, de tapioca ou de trigo e massas frescas.

Processados: fabricados pela indústria com adição de sal ou açúcar para torná-los duráveis, mais palatáveis e atraentes. Exemplos: conservas em salmoura (cenoura, pepino, ervilhas, palmito); compotas de frutas; carnes salgadas e defumadas; sardinha e atum em lata, queijos e pães.

Ultraprocessados (os principais vilões): são formulações industriais, em geral, com pouco ou nenhum alimento inteiro. Contém aditivos. Exemplos: salsichas, biscoitos, geleias, sorvetes, chocolates, molhos, misturas para bolo, “barras energéticas”, sopas, macarrão e temperos “instantâneos”; “chips”, refrigerantes, produtos congelados e prontos para aquecimento como massas, pizzas, hambúrgueres e nuggets

Mude seus hábitos

Como visto acima, mudar a alimentação é muito mais uma questão de hábito e força de vontade do que qualquer outra coisa. É comum darmos desculpas como: “comer bem custa caro” ou “não tenho tempo para me alimentar bem”.

Porém, há muitos alimentos in natura e minimamente processados que são práticos e acessíveis. Frutas, arroz, feijão, carnes, legumes, saladas e tapioca, por exemplo, são alimentos de fácil acesso aos brasileiros. O essencial é pensar em refeições com o mínimo de processados ou ultraprocessados possível.

No começo pode parecer difícil, mas com o passar do tempo e com insistência, o nosso paladar se acostuma com os alimentos mais saudáveis e automaticamente já pede eles na hora da fome. Talvez uma ou outra adaptação e esforço seja necessário, como trocar o biscoito por uma fruta ou o congelado por uma massa fresca, mas nada que não compense o resultado final.