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Autodesenvolvimento, Mente

Equilíbrio emocional nos prepara para desequilíbrios da vida

8 de janeiro de 2018

Muitas vezes nos cobramos por atingir equilíbrio em todos os âmbitos da vida: pessoal, profissional, amoroso e familiar. Porém, tal meta pode nos causar frustração e culpa, pois depende de muitos fatores externos que não estão sob nosso controle. Em vez de buscar uma vida completamente equilibrada, o ideal é buscarmos o equilíbrio emocional para lidar com a montanha russa que é nossa existência.

A vida não flui de forma harmônica

Uma vida mais equilibrada e harmônica pode, e deve, ser meta para todos nós. Afinal, sempre temos setores a melhorar. Contudo, como estamos cansados de saber, na vida “nem tudo são flores”, há também rosas e espinhos. É impossível ter uma vida harmônica o tempo todo, avalia o psicólogo Luiz Alberto Hanns em vídeo veiculado no canal da Casa do Saber.

“A vida não flui desse modo tão harmônico. Não podemos dizer que isso [ter equilíbrio em todos os âmbitos da vida] seja impossível, mas depende de uma natureza muito especial e de um período de muita sorte”, avalia.

Por mais que busquemos estar com tudo em ordem, eventualmente pode acontecer algum imprevisto que irá nos desestabilizar: como ficar desempregado após uma crise econômica, ser diagnosticado com uma doença grave, enfrentar um luto de um ente querido, e por aí vai. Mais do que buscar estar com a vida totalmente equilibrada, sugere o psicólogo, o recomendado é buscar o equilíbrio emocional – esse sim ao nosso alcance.

Como ter equilíbrio emocional

Ter equilíbrio emocional é justamente aprender um pouco mais sobre si mesmo, descobrir o que você pode abrir mão e o que determinada época ou ciclo de vida está pedindo, sugere Hanns. Além disso, aprender a administrar melhor o estresse, escolher zonas de prazer e atividades que podem ajudar a nos equilibrarmos emocionalmente.

A Filosofia do Bonsai  nasceu justamente da busca do empresário Alexandre Tagawa por mais equilíbrio em sua vida. Nessa jornada, ele mesmo descobriu que a única coisa que poderia fazer era atuar para melhorar a si mesmo, cuidando do corpo, da mente e da alma.

O autoconhecimento por meio da meditação, o bem-estar proporcionado por exercícios físicos, alimentação saudável, e a espiritualidade trabalhada com rituais e mantras têm ajudado a lidar com os altos e baixos do dia a dia.

Ao observar o bonsai, sua fonte de inspiração para o desenvolvimento de tal filosofia de vida, Tagawa avaliou que até a árvore tem seu período de queda de folhas para se renovar. Ou seja, muitas espécies perdem as folhas uma vez por ano, para depois ficarem verdes novamente.

O mesmo acontece nas nossas vidas. Há momentos em que o lado profissional está próspero, mas o campo amoroso exige mais atenção. O relacionamento com a família pode ir bem, mas alguns amigos ficam de lado. O equilíbrio emocional nos ajuda a identificar as prioridades de cada período e aceitar a impossibilidade de sermos perfeitos em tudo.

Segundo Luiz Alberto Hanns, é provável que tenhamos que alternar e escolher algumas áreas para termos foco e excelência ao longo da nossa caminhada. “Se tentar dar conta de tudo é grande a chance de fazer tudo mal feito e ficar com a sensação de estar tendo uma vida insatisfatória e medíocre”, afirma.

Alma, Propósito

Como ter mais paciência para alcançar planos de longo prazo

3 de janeiro de 2018

Por Gabriela Gasparin

“A falta de paciência em pontos de menor importância prejudica os grandes planos”, diz sábia frase do filósofo chinês Confúcio. Apesar de a paciência ser tida por muitos sábios como a arte de esperar, é extremamente difícil de desenvolvê-la. Isso porque a impaciência sempre vem em períodos de dificuldade. Jamais estaremos impacientes em situações agradáveis. Dessa forma, tornar-se paciente é compreender que adversidades fazem parte da vida e são imprescindíveis para alcançarmos conquistas maiores.

Ter mais paciência exige sabedoria

Quando estamos impacientes, a nossa tendência é esquecer do momento presente e colocar toda a nossa energia no futuro que nunca chega. O problema dessa postura é que não temos o menor controle sobre o que está por vir e agir dessa maneira só nos deixa mais ansiosos.

É comum estarmos impacientes para finalmente conseguir uma boa colocação profissional, encontrar um grande amor, mudar de casa, fazer uma viagem, e por aí vai. Nessas horas, temos a impressão que a vida só ficará boa quando tais desejos se concretizarem.

Aprimore o ato da espera em si

Como a paciência está diretamente relacionada ao ato de esperar por algo, para desenvolvê-la é essencial buscar aprimorar o ato da espera em si – e não pensar cada vez mais sobre o futuro. Ou seja, devemos focar a atenção em coisas que podemos fazer enquanto aguardamos a chegada do que queremos.

Entre as definições da palavra paciência estão termos como “capacidade de persistir em uma atividade difícil” ou “virtude que consiste em suportar dissabores e infelicidades”. Essas explicações nos ajudam a refletir: como persistir ou suportar momentos difíceis? Afinal, se determinada situação que nos incomoda não pode ser mudada, a única coisa que podemos mudar é a nossa postura perante a ela.

Mudar de postura não significa ser resignado e simplesmente aceitar tudo de ruim que nos acontece. Mas refletir em opções e alternativas que podem ser tomadas enquanto tal evento não ocorre. Por exemplo, para quem está desempregado, a espera por uma vaga pode ser angustiante.

O que ajuda nessas horas é pensar em outros caminhos a serem tomados: o que mais eu posso fazer para me aproximar do meu objetivo? Há cursos ou capacitações que posso fazer? Há pessoas que poderiam me ajudar? E por aí vai. Afinal, é como diz um pensamento amplamente disseminado no mundo do empreendedorismo: “não podemos esperar novos resultados fazendo sempre a mesma coisa”.

Mude sua postura

Quando temos claro para nós onde queremos chegar e qual é nosso objetivo maior, fica mais fácil suportar os momentos difíceis. Vivemos em um mundo cada vez mais imediatista e esquecemos que as coisas têm seu tempo de maturação. Esta frase atribuída ao filósofo Jean Jacques Rousseau nos motiva a enfrentar os períodos de impaciência com otimismo: “a paciência é amarga, mas seu fruto é doce.”

* Gabriela Gasparin é jornalista, escritora e autora do livro “Vidaria, uma coletânea de sentidos da vida”. É também criadora do blog Vidaria.

Alma, Propósito

Busca uma vida próspera? Antes, defina o que é prosperidade para você

21 de dezembro de 2017

Ter uma vida próspera é o desejo de muitas pessoas. Mas o que é prosperidade para você? É comum nos prendermos a conceitos pré-estabelecidos e atrair para nossas vidas realidades que sequer gostaríamos. Definir o próprio significado de uma vida próspera é crucial antes de sair em busca de realizações. Afinal, colhemos o que plantamos e precisamos ter consciência do que estamos semeando.

O que é prosperidade para você?

A Filosofia do Bonsai <link txt institucional> tem como base central a ideia de que uma vida com foco, disciplina e equilíbrio nos proporciona melhores resultados rumo a conquista de objetivos, sejam eles pessoais ou profissionais. Com isso, o intuito maior é alcançar a prosperidade.

Contudo, como o significado de prosperidade é subjetivo, cabe a cada um fazer a tarefa primordial de ter a própria definição antes de traçar seus objetivos. Definir para si o que seria uma vida próspera ajuda – e muito – na busca de ações rumo a essa prosperidade. Afinal, o que é próspero para um, pode não ser para o outro.

Entre os significados da palavra prosperidade no dicionário da língua portuguesa estão termos como propício, favorável e afortunado. Já o verbo prosperar nos remete à ideia de progredir, aumentar; desenvolver-se.

Tais definições nos ajudam na tarefa de autoconhecimento: o que é favorável para mim? Quando considero que estou progredindo e evoluindo? O exercício a se fazer é: qual objetivo vai me levar ao desenvolvimento, à evolução, ao que é propício para a minha realidade?

Prosperidade significa riqueza?

Muitas pessoas podem considerar que ter uma vida próspera é acumular riqueza e bens materiais. Mesmo porque a ideia de prosperidade também nos remete à fortuna, ao sucesso. É comum encontrarmos notícias e histórias de pessoas prósperas que acumularam milhões de reais.

Acumular dinheiro pode estar na lista de itens que levam qualquer um à prosperidade – desde que isso seja, na realidade dessa pessoa, o caminho para uma vida melhor da que possui atualmente.

Contudo, pode ser que um indivíduo já tenha acumulado muita riqueza e chegue à conclusão de que a vida dele ainda não é próspera: pode lhe faltar paz de espírito, calma ou tranquilidade, por exemplo. Nesse caso, caberia a ele buscar ações que levem rumo à própria prosperidade.

Quais são seus valores?

Ter como ponto de partida os próprios valores é uma medida que nos ajudar a definir nosso conceito de vida próspera. Os valores são as verdades que guiam nossas decisões; ou seja, aquilo que internamente buscamos porque é importante para a nossa vida.

No livro “Desperte o Gigante Interior”, o renomado especialista em neurolinguística Anthonny Robbins esclarece: “qualquer coisa que você muito preza pode ser considerada um valor”. Ele explica que prezar alguma coisa significa atribuir-lhe importância.

Na Filosofia do Bonsai a definição de valores está dentro do pilar “Raíz”. A raiz representa a base da nossa vida. Nela está tudo que é a nossa essência: antepassados, família, crenças e valores. Quanto mais profunda é a raiz, mais forte e valioso é o bonsai. Da mesma forma, ao conhecer nossas próprias raízes, ou seja, quem somos profundamente, conseguimos atuar para ter uma vida melhor.

Alma, Propósito

Você tem qualidade de vida ou uma vida de qualidade?

18 de dezembro de 2017

O termo qualidade de vida é amplamente disseminado em pesquisas e estudos mundo afora, envolvendo desde âmbitos pessoais como profissionais da nossa existência. Entende-se que para ter qualidade de vida um indivíduo precisa atender a padrões pré-estabelecidos de bem-estar emocional, saúde, conhecimento e por aí vai. Contudo, há quem questione o uso do termo e troque-o por “vida de qualidade”. Mas qual seria a diferença entre os dois?

No livro “Vida que vale a pena ser vivida”, os autores Clóvis de Barros Filho e Arthur Meucci avaliam que há uma grande diferença entre as expressões qualidade de vida e vida de qualidade. Isso porque a vida de qualidade depende 100% de quem a vive, ou seja, é o indivíduo que decide o que traz qualidade para a sua vida e de que forma.

“Quando dizemos vida de qualidade entendemos, desde os gregos, que cada um vai buscar a sua. Seja porque se ajusta no universo de uma forma singular, para cada um, seja porque nos pactos modernos, ainda que tenhamos direitos iguais, não temos todos que viver da mesma maneira”, afirmam.

Já o termo qualidade de vida pressupõe alguns hábitos e costumes que obrigatoriamente fazem bem para todos. “Parte-se da premissa de que certas situações existenciais são boas, melhores do que outras, para qualquer um”, dizem os autores.

Expressão qualidade de vida

Estudos atribuem que o termo qualidade de vida foi empregado pela primeira vez em 1964, pelo então presidente dos Estados Unidos Lyndon Johnson. Ele afirmou: “os objetivos não podem ser medidos através do balanço dos bancos. Eles só podem ser medidos através da qualidade de vida que proporcionam às pessoas.”

Na atualidade o termo é bastante complexo e subjetivo. A expressão está sempre associada a padrões de vida e sensações de bem-estar físico e emocional de indivíduos, o que inclui medir níveis de qualidade no relacionamento, educação, saúde, lazer, questões psicológicas, entre outros.

Acontece que hoje em dia o termo qualidade de vida costuma ser usado de forma genérica para afirmar tudo o que pode ser bom para todos. Notícias na imprensa e campanhas de marketing, por exemplo, costumam colocar na mesma caixa um kit completo do que é ter qualidade de vida, como por exemplo: trabalhar pouco, possuir determinados bens materiais, fazer determinado tipo de atividade, e por aí vai.

Como ter uma vida de qualidade

A vida de qualidade, por sua vez, está livre da influência externa do que faz bem para cada um. Cabe ao indivíduo conhecer a si mesmo e compreender que tipo de vida quer levar – arcando com a responsabilidade por cada escolha.Há quem avalie que uma vida de qualidade inclui ganhar muito dinheiro – contudo, há uma série de ações e medidas necessárias para cada ser humano conseguir conquistar mais recursos financeiros. O que vale mais a pena? Cabe a cada um decidir. Há quem prefira viver com menos dinheiro e mais tempo – e vice-versa.

A mesma particularidade vale para todos os âmbitos da vida. Viajar com maior frequência ou economizar para ter uma aposentadoria lá na frente? Comer fora todo dia ou cozinhar a própria comida? O que tem qualidade para um, pode não ter para outro. Por meio do autoconhecimento, cada indivíduo pode avaliar o que é para si mesmo uma vida de qualidade e viver melhor de acordo com seus padrões.

Filosofia, Mente

Tenha uma vida simplificada e invista no que realmente importa para você

14 de dezembro de 2017

Ter uma vida simples é um conceito que está bastante em voga nos dias atuais. Muito tem se falado sobre mudar padrões de consumo, trocar hábitos e reduzir gastos com itens que podem ser desnecessários. Mas seria a vida simples igual para todos? Partindo do pressuposto de que cada pessoa tem necessidades diferentes, uma ideia que pode ajudar aos interessados em viver com menos pode ser a expressão “simplificar a vida”.

O que é uma vida simplificada?

O termo vida simples pode nos remeter a um conceito fechado, ou seja, uma fórmula de vida pronta segundo o qual temos que nos encaixar. Podemos imaginar que necessariamente teremos que abdicar de determinados padrões de consumo ou posses para se enquadrar em uma vida simples.

Contudo, cada pessoa tem necessidades e costumes próprios. Por exemplo: viver sem carro pode ser fácil para um indivíduo e extremamente difícil para outro. Da mesma forma, há quem goste de manter determinado hábito de consumo do qual não quer abrir mão. Pode ser qualquer coisa: frequentar um restaurante bom, ter o videogame de última geração, fazer viagens com frequência, trocar de carro todo ano, e por aí vai.

Contudo, simplificar a vida não significa abrir mão de prazeres e hábitos que você pode manter e te fazem bem, mas sim repensar a real necessidade de tudo o que consumimos. No longo prazo, gastos desnecessários podem provocar um verdadeiro rombo no orçamento, impedindo que você invista dinheiro no que realmente é importante para você.

Será que realmente precisamos de tudo o que compramos ou possuímos? Este é o exercício indicado para quem pretende ter uma vida simplificada. Dessa forma, simplificar a vida nada mais é do que avaliar quais hábitos de consumo realmente agregam valor à vida e quais existem apenas de forma automática e só servem para atender padrões externos e expectativas sociais.

Mudança de hábito

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, pratica há algum tempo o exercício de repensar os próprios hábitos de consumo e garante que os resultados só melhoram o seu dia a dia.

Ele simplificou a própria vida em comparação ao passado. Uma das principais medidas tomadas por Tagawa, por exemplo, foi vender o carro e adquirir uma bicicleta. “Percebi que ter um carro na família, em vez de dois, é o suficiente. Você simplifica, diminui custos”, afirma. Além disso, compra menos roupas novas e reduziu a frequência com que vai a restaurantes caros, por exemplo.

Com relação às roupas, ele percebeu que usava apenas as que mais gostava e muitas ficavam intactas no guarda-roupa. Dessa forma, para ele funcionou o exercício de reduzir a quantidade de novas peças. Para não acumular, toda vez que ele compra uma roupa nova escolhe uma antiga para doação.

A principal questão, no fundo, não é de fato quais hábitos mantemos ou deixamos de manter, mas sim o motivo pelo qual fazemos o que fazemos. E para você, o que seria simplificar a vida? Repensar padrões desnecessários pode ajudar, e muito, a destinar nosso dinheiro para o que realmente é importante para nós.

Alma, Meditação

Está com vários problemas ao mesmo tempo? A meditação pode te ajudar

13 de dezembro de 2017

Sabe aqueles momentos de angústia, quando temos a sensação de que tudo está errado ao nosso redor e que todos os problemas apareceram ao mesmo tempo? Temos a impressão que uma situação ruim puxou a outra e não conseguimos nos desvencilhar de nenhuma delas. Nessas horas, praticar meditação pode nos ajudar a esvaziar a mente dos pensamentos negativos e identificar maneiras de lidar com os empecilhos.

Por que os problemas surgem de uma vez?

É comum vários problemas surgirem todos de uma vez. Às vezes o carro quebra justo na semana em que temos várias reuniões. O estresse causado pelo imprevisto baixa a nossa imunidade e adoecemos. A doença faz ficarmos com menos energia para cumprir a agenda de reuniões. Em consequência disso, chegamos em casa mal humorados e discutimos com o nosso parceiro. Vira uma bola de neve. Quem nunca se viu em um ciclo como este?

É bastante difícil mantermos a calma diante de situações como essas. Contudo, a meditação <link txt meditação> é uma prática que pode ajudar, e muito, a acalmar a mente dos pensamentos negativos, nos auxiliando a encontrar soluções para os problemas. Durante a prática de meditação temos a possibilidade de observar todos os pensamentos que surgem na nossa mente, identificando o que mais nos incomoda.

Especialistas em práticas meditativas costumam comparar a nossa mente com a água do mar. Quando estamos agitados, é como se estivéssemos na superfície das ondas, onde a cor da água fica turva ao se misturar com a areia. Porém, no interior do oceano tudo está calmo. A areia desce para o fundo e a água fica límpida e transparente. É por isso que a meditação limpa a mente, acalmando o turbilhão de pensamentos que temos a todo o momento.

Sair da meditação com uma ação

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, começou a praticar meditação justamente para ficar mais equilibrado. Ele faz a prática diariamente, com o desafio de conseguir tranquilizar todos os pensamentos que porventura venham a atrapalhar o seu dia.

Segundo ele, tal hábito é essencial em momentos de dificuldade, quando vários problemas surgem de uma vez. “Se não os pensamentos negativos te consomem de uma maneira que o dia não rende. Você volta para casa com aquela mesma angústia, e aí vai descarregar no seu filho, na esposa, em amigos ou em alguma pessoa no trânsito que você sequer conhece”.
Para Tagawa, o grande propósito da meditação que faz pelas manhãs é sair dela determinado a assumir o controle sobre seu dia. “Durante a meditação surgem muitos pensamentos negativos, muitas sombras, então o meu desafio é sair de casa com um plano de ação sobre aquela situação. Eu não vou deixar aquela situação acabar com meu dia.”

O simples ato de ter consciência de quais pensamentos passam pela nossa mente nos ajuda a tomar decisões para melhorar o nosso dia. Afinal de contas, não podemos deixar que nossos pensamentos negativos nos dominem, nós é que temos que dominá-los.

Quando temos vários problemas acontecendo ao mesmo tempo nossa tendência é ter ainda mais pensamentos negativos, e é aí que surge a bola de neve difícil de ser controlada. Por esse motivo que meditar, e até mesmo tentar manter a calma e contar a até dez pode nos ajudar a resolver cada um dos problemas de uma vez, fechando a porta para a chegada de novos entraves.

Autodesenvolvimento, Mente

Para viver em plenitude devemos entrar com contato com nossas sombras

6 de dezembro de 2017

Para vivermos a nossa plenitude precisamos necessariamente entrar em contato com algo que geralmente evitamos ao máximo: nossas sombras. As sombras estão dentro de nós, mas raramente queremos olhar para elas. Pode ser algum medo, alguma características que temos e não gostamos de assumir ou uma ferida mal resolvida. Olhar para as sombras, contudo, é essencial para nossa evolução, crescimento e paz interior.

O que são as sombras na psicologia?

 O significado literal de sombra nos ajuda a entender o que elas representam no campo psicológico. Uma sombra é um espaço escuro provocado pela ausência de luz. Ele é criado pela existência de um obstáculo na frente da fonte luminosa. Tem a proporção distorcida com relação ao corpo real que a provoca.

O termo sombra é bastante usado por psicólogos. Na psicologia analítica, criada por Gustav Carl Jung, a sombra significa algo que negligenciamos em nós, que está no nosso inconsciente.

“Encontramos na sombra os aspectos mais repugnantes de nosso ser, que por não serem aceitos são relegados ao inconsciente”, diz o portal Psicologia Junguiana, acrescentando que, para Jung, é caminho necessário para o autoconhecimento a confrontação com este mal que existe em nós.

Geralmente a sombra é construída desde a infância, moldada por padrões morais da sociedade.

Nós ocultamos dentro da nossa psique tudo que é rejeitado pelos padrões sociais e por nós mesmos, ou seja, o monstro escondido dentro de cada um, explica o portal Info Escola.

Como lidar com a própria sombra?

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai faz há anos um longo trabalho de confrontar a própria sombra, rumo ao crescimento e evolução pessoal. “Se você ficar carregando a sua sombra você não vai conseguir viver a sua plenitude. A sombra tem que vir e te arrebentar, e aí você vai fazer com que exista uma revolução”.

Encontrar as nossas sombras exige um trabalho de autoconhecimento. É uma investigação pessoal que deve ser feita por cada um. Às vezes um acompanhamento terapêutico ajuda na descoberta. Podemos encontrar nossas sombras em medos, tristezas e dores. Geralmente situações que nos causam incômodo, raiva ou inveja podem revelar as nossas sombras.

Por exemplo, às vezes podemos ter aversão a pessoas bem-sucedidas porque, lá no fundo, não acreditamos que podemos ser bem-sucedidos. A beleza alheia pode nos incomodar porque não nos consideramos belos. Tememos a solidão porque não conseguimos ficar bem com nós mesmos, e por aí vai.

Tagawa garante que o primeiro passo para a evolução é aceitar a sombra, com tudo o que vem junto com ela. “Você tem essa sombra? Aceite. Diga: ‘tenho, poxa vida’. É duro olhar para ela. Às vezes pensamos ‘eu sou assim?’. É, você é isso.”

Depois, orienta, é importante trabalharmos essa sombra para que ela não nos prejudique no dia a dia. “O que eu vou tentar fazer? Tratar isso para gerar menos impacto nas pessoas que eu amo ou que me amam. Não é fácil, mas vale a pena”, assegura.

Meditação filtra as sombras

As práticas propostas pela Filosofia do Bonsai auxiliam, e muito, na identificação de sombras. Na meditação por exemplo, fazemos o trabalho de observar os próprios pensamentos. E eles dizem muita coisa sobre nós.

“Na minha meditação diária surgem várias sombras. Em vez de negá-las, como eu fiz por muito tempo, eu deixo elas virem, sinto o que está acontecendo e aí começo uma reflexão para tentar dar entendimento a essas sensações”, afirma Tagawa.

Autodesenvolvimento, Mente

Julgar e falar mal dos outros só prejudica a nós mesmos

4 de dezembro de 2017

Por Gabriela Gasparin

“O bom julgador por si se julga”, já diz o provérbio português. Todos sabemos que julgar é fácil, afinal, é uma forma de ressaltar defeitos alheios e evitar olhar para os nossos. Porém, tal prática só nos prejudica, pois reforça nossas fraquezas e nos impede de crescer e evoluir – fora o tempo que gastamos pensando na vida dos outros em vez de usá-lo para melhorar a nossa.

Por que julgar os outros faz mal?

Existe uma frase atribuída a Freud, criador da psicanálise, que diz: “Quando Pedro me fala de Paulo, sei mais de Pedro do que de Paulo”. Isso significa que falamos mal dos outros tendo como base nossas próprias crenças e pontos de vista. Afinal, se tal comportamento não nos dissesse respeito ou não revelasse algo sobre nós, não nos incomodaria.

“Se aquilo não tivesse nada a ver com as minhas dificuldades, não incomodaria, eu nem perceberia”, diz a psicoterapeuta cognitivista-comportamental Betania Marques Dutra, em reportagem publicada no Portal UOL.

De acordo com a Monja Coen, da tradição zen budista, o que nós fazemos, falamos e pensamos mexe na trama da existência. Segundo ela o karma, um dos conceitos budistas, significa que aquilo que fazemos de forma repetitiva vai causar tendências em nossa vida – o que acontece com nossos julgamentos e pensamentos.

Prendemos as pessoas em caixas fixas quando as julgamos, diz a Monja em vídeo disponível no YouTube. “A gente coloca as pessoas dentro de caixinhas: ‘aquela pessoa não presta, não gosto dela, ela é burra e estúpida’. E toda vez que vejo a pessoa, penso: ela é burra e estúpida. Eu não dou a oportunidade de pensar além da caixinha, eu a tranco lá dentro, a humilho (…) Isso é um vício, um karma que faz mal para a própria pessoa que assim sente.”

Julgar os outros nos faz mal porque, além de cultivarmos rancor, significa que temos uma visão congelada da realidade. Não percebemos que há a possibilidade de mudança, de crescimento e que nada é totalmente fixo. “As pessoas não são boas o tempo todo, nem más o tempo todo, nem burras o tempo todo, nem geniais o tempo todo”, ressalta a monja.

Meditar nos ajuda a julgar menos

O autoconhecimento é ação importante para quem deseja evoluir e julgar menos os demais. Quando nos conhecemos conseguimos identificar os próprios defeitos, o que nos dá a possibilidade de atuar sobre eles.

A meditação é importante ferramenta para isso. Por meio da prática conseguimos observar nossos hábitos de pensamentos, o que nos permite conhecer melhor quem somos. Que pensamentos temos que constroem a nossa realidade? O quanto eles moldam o que fazemos ou construímos? É isso que devemos avaliar diariamente.

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai garante que quanto mais ele faz as práticas propostas pela filosofia, como meditação e exercícios de respiração, mais ele tem controle sobre as próprias atitudes, o que o faz julgar menos. “A maioria dos problemas que passam pela nossa cabeça não acontecem. Nosso maior vilão somos nós mesmo. A gente tem mais pensamento ruim do que bom. A grande diferença é você conseguir ter mais pensamento bom do que ruim no dia”, avalia.

* Gabriela Gasparin é jornalista, escritora e autora do livro “Vidaria, uma coletânea de sentidos da vida”. É também criadora do blog Vidaria.

Alma, Espiritualidade

É importante pensar sobre a morte e estar preparado para ela

1 de dezembro de 2017

A única certeza que temos na vida é a de que vamos morrer. Apesar disso, falar sobre a morte é um verdadeiro tabu na sociedade atual – principalmente nas culturas ocidentais. Pensar sobre a morte é crucial para que tenhamos uma vida madura, consciente e responsável. Se inevitavelmente morreremos um dia, precisamos estar preparados para quando isso acontecer. Pense: se morrer amanhã, o que você deixará para o mundo e seus descendentes?

Por que pensar sobre a morte?

Refletir que cedo ou tarde morreremos nos estimula a ter uma vida com mais qualidade e propósito. Afinal, quando nos lembramos que nossa passagem por esta vida tem prazo de validade, tendemos a querer fazer valer a pena nossa existência.

Em “O Livro Tibetano do Viver e do Morrer”, obra clássica da espiritualidade e bestseller internacional, o autor Sogyal Rinpoche, monge budista, diz ter ficado surpreso quando percebeu a negação da morte no mundo ocidental. “Isso quer dizer que a maior parte do mundo vive negando a morte ou aterrorizado por ela. Até falar da morte é considerado mórbido, e muitos acham que fazer uma simples menção a ela pode atraí-la sobre si”.

Segundo Rinpoche, são desastrosos os efeitos da negação da morte não só na esfera individual, mas para o planeta inteiro. Isso porque acabamos por não desenvolver uma visão a longo prazo. “Assim, nada as refreia [as pessoas] de saquear o planeta em que vivem para atingir suas metas imediatas, e agem com egoísmo que pode tornar-se fatal no futuro”.

Pensar na morte é uma forma de prevenção

Na Filosofia do Bonsai pensar na morte faz parte do tema prevenção. A prática da prevenção é essencial em todos os setores da vida, tanto no que diz respeito à saúde física e mental como nas relações humanas e no ambiente profissional. O maior benefício da prevenção é que é feita com medidas simples e rotineiras, diferentemente de ações drásticas, custosas e complexas que geralmente são necessárias quando nos vemos diante de um grande problema ou doença grave.

De acordo com Alexandre Tagawa, idealizador da filosofia, pensar na morte pode até ser um assunto triste, mas importante. “Ninguém quer pensar sobre a morte mas ela faz parte da vida e é importante estar preparado para o bem dos que ficam”.

Tagawa questiona: se alguma coisa acontecer a você, os seus descendentes estarão seguros? Você tem seguro de vida, por exemplo? Quantas pendências você deixaria hoje, como dívidas ou desavenças? “É importante pensarmos nisso para não deixar nada para a próxima geração. Muitas vezes não nos damos conta de quantas pessoas dependem de nós, mas é a vida deles que vai ser impactada com a nossa morte”.

Se pensarmos em uma proporção maior ainda, tudo o que fazemos diariamente é uma forma de plantar sementes para um amanhã melhor não só para os nossos próximos, mas para a sociedade como um todo.

Ao pensarmos na vida como algo maior e parte de um todo, refletir sobre a morte é crucial. É como diz o monge Rinpoche: “Para quem se preparou e praticou, a morte não chega como uma derrota, mas como um trunfo, o coroamento da vida em seu mais glorioso instante”.

Alma, Meditação

Aprenda com a história do ‘homem mais feliz do mundo’

29 de novembro de 2017

Inúmeras pesquisas já comprovaram os benefícios da meditação para o cérebro. Em uma delas, o monge budista Matthieu Ricard foi considerado o “homem mais feliz do mundo”. Pesquisadores da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, identificaram nele a produção sem precedente de ondas cerebrais ligadas à capacidade de atenção, consciência, aprendizado e memória, além de uma redução da propensão à negatividade.

A história do ‘homem mais feliz do mundo’

Matthieu é um ex-cientista francês de 71 anos que abdicou da carreira como pesquisador para se tornar monge. Ele tinha 26 anos quando, após obter um Ph.D. em genética molecular no Instituto Pasteur, decidiu se concentrar na prática do Budismo Tibetano. Desde então, há mais de 50 anos estuda com grandes mestres da tradição e é tradutor de Dalai Lama para o francês.

As pesquisas no cérebro do monge foram iniciadas em 2008, na Universidade de Wisconsin. O neurocientista Richard Davidson conectou sensores no cérebro de Matthieu e, usando técnicas de ressonância magnética funcional, conseguiu demonstrar que alterações positivas significativas no comportamento cerebral podem ser ativadas através da meditação e outras “práticas contemplativas”.

Os resultados mostraram atividade elevada no segmento esquerdo do córtex pré-frontal do cérebro, se comparado ao direito. Quando o monge meditou, o cérebro dele produziu níveis de ondas gama ligadas à consciência, atenção, aprendizado e memória que nunca haviam sido relatados em estudos da neurociência. Além disso, foi comprovado que, por conta da meditação, ele tem capacidade incrivelmente anormal de sentir felicidade e uma propensão reduzida para a negatividade.

Dicas do monge para ser feliz

“Felicidade não é a busca infinita por uma série de experiências prazerosas. Isso é uma receita para a exaustão”, diz o monge tibetano, de acordo com artigo publicado no site britânico BBC. De acordo com Matthieu, “felicidade é um jeito de ser. É um estado mental ótimo, excepcionalmente saudável, que dá a você os recursos para lidar com os altos e baixos da vida.”

O monge dá cinco dicas para ser feliz, que estão disponíveis em vídeo no YouTube produzido pela GQ magazine:

  1. Não se preocupe com o que não tem solução: se há como resolver o problema, resolva. Caso não, relaxe e procure outras coisas para fazer.
  2. Felicidade exige treino: há muitas coisas boas a serem usufruídas na vida, como amor, atenção, liberdade e paz, mas elas não surgem do dia para a noite – precisam ser treinadas. É como aprender a tocar piano: não podemos fazer isso do dia para a noite, exige dedicação.
  3. Encontre sua paixão: saber o que te faz feliz é algo que você realmente deve perguntar a si mesmo. O que realmente importa para você? É como acender uma chama. Você tem que encontrar qual é a sua e fazer o que for necessário para alcançá-la.
  4. Felicidade para todos: o que faz mal para os outros não pode fazer bem para nós. Faça o seu melhor para praticar a compaixão. Procure se livrar de sentimentos ruins contra si e os outros e busque formas de compartilhar isso com os demais.
  5. Sirva: esteja a serviço da vida.

Ele faz isso compartilhando seus aprendizados como monge. Como você pode servir ao mundo?