Browsing Tag

equilíbrio

Autodesenvolvimento, Mente

Você sabe qual é a diferença entre resignação e aceitação?

12 de janeiro de 2018

Por Gabriela Gasparin

É fato que inúmeras circunstâncias na vida não estão sob nosso controle. Apesar disso, somos os únicos responsáveis pela atitude que tomamos perante o que não pode ser mudado. Nessas horas, é importante enxergar a diferença entre resignação e a aceitação. Afinal, aceitar os fatos é essencial para avançar, mas resignar-se a eles pode significar ficar parado para sempre no mesmo lugar.

Por que aceitar mais os fatos e se resignar menos

A resignação é a submissão à vontade de alguém ou ao destino. A pessoa resignada enxerga que os fatos são como são e, mesmo incomodada, se submete a eles. O resignado sofre e se queixa da realidade tal como se apresenta, desejando que as coisas fossem de outra forma, postura que o mantém preso e paralisado. De certa forma, a resignação remete à passividade do sujeito perante a própria vida.

A aceitação, por sua vez, é uma atitude sábia. Afinal de contas, há situações na vida que não podem ser mudadas e é necessário respeitar essa regra para atuar sobre elas. Quando aceitamos uma situação tal como se apresenta, estamos conscientes de que ela existe, mas diferente do resignado, não desejamos que ela mude – afinal, aceitamos que isso não é possível. Ao aceitar a realidade, nós mudamos o próprio trajeto, traçamos novos objetivos e seguimos em frente.

Há uma bela citação de William Shakespeare que nos faz refletir sobre essas duas palavras que tanto nos confundem: “A adversidade é a escola da alma. Os homens vulgares podem resignar-se a infortúnios vulgares. Quando o mar está tranquilo, todos os pilotos navegam com igual mestria. Mas ao ser vítimas de golpes mais profundos da fortuna, só uma grande alma pode sofrer sem se queixar.”

É claro que todos sofremos e somos impactados com o que nos acomete. Contudo, passado o período de choque, luto ou baque, é preciso aceitar os acontecimentos, respeitá-los, e ter capacidade de traçar novas rotas, caso contrário, nos resignaremos e não sairemos do lugar.

Não resista aos acontecimentos

Outra postura bastante comum é resistir aos fatos em vez de aceitá-los. A resistência é a negação do que aconteceu e também nos impede de evoluir. Afinal de contas, de nada adianta “chorar o leite derramado”, ele já caiu e é preciso limpar a mesa.
Quanto mais negamos os fatos, mais os intensificamos. Toda vez que repetimos que “tal coisa não deveria ter acontecido” estamos reforçando o problema, em vez de pensar na solução. Essa atitude consome nossa energia, nos deixa pessimistas e mal-humorados e nos impede de enxergar novos caminhos.

A aceitação é, sobretudo, uma postura de coragem perante a vida. Muitas vezes não é fácil encarar todas as situações que nos apresentam, não é mesmo? Contudo, a opção que temos ao não aceitar é aumentar ainda mais nossa dor e sofrimento perante algo que jamais poderá ser mudado. É como diz a frase do psiquiatra e psicoterapeuta Carl Gustav Jung: “O que negas te subordina. O que aceitas te transforma”.

* Gabriela Gasparin é jornalista, escritora e autora do livro “Vidaria, uma coletânea de sentidos da vida”. É também criadora do blog Vidaria.

Alimentação, Corpo

Conheça 5 hábitos que vão melhorar a qualidade da sua alimentação neste ano

10 de janeiro de 2018

A vida agitada faz com que dediquemos cada vez menos tempo à alimentação. Na correria do dia a dia, é comum “engolirmos qualquer coisa” entre um compromisso e outro, hábito que faz muito mal para a nossa saúde. Mudar tal costume é essencial para quem quer ter uma vida mais saudável. Aproveite o começo de um novo ano e melhore a qualidade da sua alimentação, dando a ela a importância que merece na sua vida.

Como melhorar a qualidade da alimentação

A principal recomendação para mudar hábitos alimentares é ter consciência da importância que comer tem na nossa vida; afinal de contas, trata-se de uma necessidade vital que muitas vezes é deixada em segundo plano. A alimentação precisa ser prioridade <link 1 abaixo> entre nossos afazeres e, como qualquer atividade importante, deve estar no planejamento diário.

Planejar a alimentação significa comprar o que comer com antecedência, reservar na agenda o tempo necessário para cada uma das refeições, informar-se sobre os melhores locais para comprar alimentos, ler rótulos e pesquisar sobre opções saudáveis de alimentos – aliás, o ideal é priorizar alimentos in natura ou minimamente processados.

5 dicas para uma alimentação mais saudável

Na publicação “Guia alimentar para a população brasileira”, o Ministério da Saúde dá dicas de hábitos que proporcionam uma alimentação saudável. Confira:

1 – Faça compras em locais que ofereçam alimentos in natura ou minimamente processados

Se você deixar para comprar tudo na última hora, a probabilidade de não encontrar alimentos de qualidade é alta. Programe um dia da semana para ir a um estabelecimento que oferte produtos de melhor qualidade e tenha sempre opções saudáveis em casa.

2 – Desenvolva, exercite e partilhe habilidades culinárias

Aproveite para fazer da alimentação um momento de partilha e confraternização. Convide amigos para um encontro gastronômico e tenha o hábito de comer em grupo. Como já recomendava o filósofo grego Epicuro, o prazer é maior quando se come em grupo. “Comer sozinho é coisa para leões ou lobos”.

3 – Planeje o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece

Nada de comer em cinco minutos, “engolindo a comida”. Tente acordar mais cedo para preparar um café da manhã saudável, em vez de comer qualquer coisa a caminho do trabalho. Faça o mesmo no almoço e jantar: planeje a sua agenda sempre considerando os horários das refeições.

4 – Quando estiver fora de casa, dê preferência a locais que sirvam refeições feitas na hora

Comer fora é hábito de muita gente, principalmente quem trabalha fora. Aproveite para pesquisar locais nas redondezas que ofertem pratos frescos, completos e saudáveis, evitando redes de fast food. Como orientam os nutricionistas, busque balancear o prato, sempre inserindo porções de verduras e legumes.

5 – Seja crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais

Nem sempre um produto que se vende como “saudável” é a melhor opção para a nossa saúde. Tenha o hábito de ler rótulos e compreender quais nutrientes o seu corpo necessita. Especialistas em nutrição garantem que devemos tirar da frente o máximo de produtos industrializados possível

Autodesenvolvimento, Mente

Equilíbrio emocional nos prepara para desequilíbrios da vida

8 de janeiro de 2018

Muitas vezes nos cobramos por atingir equilíbrio em todos os âmbitos da vida: pessoal, profissional, amoroso e familiar. Porém, tal meta pode nos causar frustração e culpa, pois depende de muitos fatores externos que não estão sob nosso controle. Em vez de buscar uma vida completamente equilibrada, o ideal é buscarmos o equilíbrio emocional para lidar com a montanha russa que é nossa existência.

A vida não flui de forma harmônica

Uma vida mais equilibrada e harmônica pode, e deve, ser meta para todos nós. Afinal, sempre temos setores a melhorar. Contudo, como estamos cansados de saber, na vida “nem tudo são flores”, há também rosas e espinhos. É impossível ter uma vida harmônica o tempo todo, avalia o psicólogo Luiz Alberto Hanns em vídeo veiculado no canal da Casa do Saber.

“A vida não flui desse modo tão harmônico. Não podemos dizer que isso [ter equilíbrio em todos os âmbitos da vida] seja impossível, mas depende de uma natureza muito especial e de um período de muita sorte”, avalia.

Por mais que busquemos estar com tudo em ordem, eventualmente pode acontecer algum imprevisto que irá nos desestabilizar: como ficar desempregado após uma crise econômica, ser diagnosticado com uma doença grave, enfrentar um luto de um ente querido, e por aí vai. Mais do que buscar estar com a vida totalmente equilibrada, sugere o psicólogo, o recomendado é buscar o equilíbrio emocional – esse sim ao nosso alcance.

Como ter equilíbrio emocional

Ter equilíbrio emocional é justamente aprender um pouco mais sobre si mesmo, descobrir o que você pode abrir mão e o que determinada época ou ciclo de vida está pedindo, sugere Hanns. Além disso, aprender a administrar melhor o estresse, escolher zonas de prazer e atividades que podem ajudar a nos equilibrarmos emocionalmente.

A Filosofia do Bonsai  nasceu justamente da busca do empresário Alexandre Tagawa por mais equilíbrio em sua vida. Nessa jornada, ele mesmo descobriu que a única coisa que poderia fazer era atuar para melhorar a si mesmo, cuidando do corpo, da mente e da alma.

O autoconhecimento por meio da meditação, o bem-estar proporcionado por exercícios físicos, alimentação saudável, e a espiritualidade trabalhada com rituais e mantras têm ajudado a lidar com os altos e baixos do dia a dia.

Ao observar o bonsai, sua fonte de inspiração para o desenvolvimento de tal filosofia de vida, Tagawa avaliou que até a árvore tem seu período de queda de folhas para se renovar. Ou seja, muitas espécies perdem as folhas uma vez por ano, para depois ficarem verdes novamente.

O mesmo acontece nas nossas vidas. Há momentos em que o lado profissional está próspero, mas o campo amoroso exige mais atenção. O relacionamento com a família pode ir bem, mas alguns amigos ficam de lado. O equilíbrio emocional nos ajuda a identificar as prioridades de cada período e aceitar a impossibilidade de sermos perfeitos em tudo.

Segundo Luiz Alberto Hanns, é provável que tenhamos que alternar e escolher algumas áreas para termos foco e excelência ao longo da nossa caminhada. “Se tentar dar conta de tudo é grande a chance de fazer tudo mal feito e ficar com a sensação de estar tendo uma vida insatisfatória e medíocre”, afirma.

Alimentação, Corpo

10 simples passos para uma alimentação saudável

5 de janeiro de 2018

A prevenção por meio da alimentação é amplamente recomendada por médicos e especialistas. Apesar de sabermos de cor os benefícios de ingerir alimentos saudáveis diariamente, muitos de nós ainda somos dominados pelos prazeres de gorduras, frituras e doces – sem falar da praticidade dos congelados e industrializados, não é mesmo? A boa notícia é que mudar de hábitos é algo acessível para todos. Não precisa ser radical, o equilíbrio na alimentação já nos proporciona uma vida mais saudável.

Por que ter uma alimentação mais saudável?

Na Filosofia do Bonsai, os cuidados com a alimentação são vistos como essenciais para se ter uma vida mais equilibrada e prazerosa. Alexandre Tagawa, empresário e idealizador da filosofia, só percebeu o quanto se alimentar bem é essencial para a saúde após ser diagnosticado com uma grave doença no esôfago – ele sofria cerca de 100 refluxos por dia.

Tagawa precisou passar por uma cirurgia e desde então mudou completamente seus hábitos. Ao buscar opções mais saudáveis, passou a ir à feira semanalmente, onde compra os mais variados tipos de frutas e legumes para toda a família.

Ter uma alimentação saudável é mais simples do que parece. O que precisamos fazer é ter força de vontade para mudar hábitos. Especialistas em nutrição defendem que devemos nos espelhar nos nossos avós na hora de comer, ou seja, evitar o máximo de produtos industrializados possível.

Guia da alimentação saudável

No guia com dez passos para uma alimentação saudável, o Ministério da Saúde orienta a população a optar por refeições caseiras e evitar redes de fast food e produtos prontos que dispensam preparação (‘sopas de pacote’, pratos congelados prontos para aquecer, molhos industrializados, misturas prontas para tortas).

Outras recomendações são o uso moderado de óleos, gorduras, sal e açúcar ao temperar e cozinhar alimentos, e o consumo limitado de alimentos processados (queijos, embutidos, conservas). Na hora da sobremesa, o ideal é preferir as caseiras, dispensando as industrializadas.

10 passos para uma alimentação saudável

1 – Faça pelo menos três refeições (café-da-manhã, almoço e jantar) e 2 lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições;

2 – Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e faz bem à saúde;

3 – Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis;

4 – Consuma, no máximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina;

5 – Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas e outras guloseimas;

6 – Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa;

7 – Beba pelo menos dois litros (seis a oito copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições;

8 – Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo;

9 – Inclua diariamente seis porções do grupo dos cereais (arroz, milho, trigo, pães e massas), tubérculos como as batatas e raízes como a mandioca nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos em sua forma mais natural.

10 – Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches.

Alma, Propósito

Como ter mais paciência para alcançar planos de longo prazo

3 de janeiro de 2018

Por Gabriela Gasparin

“A falta de paciência em pontos de menor importância prejudica os grandes planos”, diz sábia frase do filósofo chinês Confúcio. Apesar de a paciência ser tida por muitos sábios como a arte de esperar, é extremamente difícil de desenvolvê-la. Isso porque a impaciência sempre vem em períodos de dificuldade. Jamais estaremos impacientes em situações agradáveis. Dessa forma, tornar-se paciente é compreender que adversidades fazem parte da vida e são imprescindíveis para alcançarmos conquistas maiores.

Ter mais paciência exige sabedoria

Quando estamos impacientes, a nossa tendência é esquecer do momento presente e colocar toda a nossa energia no futuro que nunca chega. O problema dessa postura é que não temos o menor controle sobre o que está por vir e agir dessa maneira só nos deixa mais ansiosos.

É comum estarmos impacientes para finalmente conseguir uma boa colocação profissional, encontrar um grande amor, mudar de casa, fazer uma viagem, e por aí vai. Nessas horas, temos a impressão que a vida só ficará boa quando tais desejos se concretizarem.

Aprimore o ato da espera em si

Como a paciência está diretamente relacionada ao ato de esperar por algo, para desenvolvê-la é essencial buscar aprimorar o ato da espera em si – e não pensar cada vez mais sobre o futuro. Ou seja, devemos focar a atenção em coisas que podemos fazer enquanto aguardamos a chegada do que queremos.

Entre as definições da palavra paciência estão termos como “capacidade de persistir em uma atividade difícil” ou “virtude que consiste em suportar dissabores e infelicidades”. Essas explicações nos ajudam a refletir: como persistir ou suportar momentos difíceis? Afinal, se determinada situação que nos incomoda não pode ser mudada, a única coisa que podemos mudar é a nossa postura perante a ela.

Mudar de postura não significa ser resignado e simplesmente aceitar tudo de ruim que nos acontece. Mas refletir em opções e alternativas que podem ser tomadas enquanto tal evento não ocorre. Por exemplo, para quem está desempregado, a espera por uma vaga pode ser angustiante.

O que ajuda nessas horas é pensar em outros caminhos a serem tomados: o que mais eu posso fazer para me aproximar do meu objetivo? Há cursos ou capacitações que posso fazer? Há pessoas que poderiam me ajudar? E por aí vai. Afinal, é como diz um pensamento amplamente disseminado no mundo do empreendedorismo: “não podemos esperar novos resultados fazendo sempre a mesma coisa”.

Mude sua postura

Quando temos claro para nós onde queremos chegar e qual é nosso objetivo maior, fica mais fácil suportar os momentos difíceis. Vivemos em um mundo cada vez mais imediatista e esquecemos que as coisas têm seu tempo de maturação. Esta frase atribuída ao filósofo Jean Jacques Rousseau nos motiva a enfrentar os períodos de impaciência com otimismo: “a paciência é amarga, mas seu fruto é doce.”

* Gabriela Gasparin é jornalista, escritora e autora do livro “Vidaria, uma coletânea de sentidos da vida”. É também criadora do blog Vidaria.

Filosofia, Mente

5 dicas para manter o foco e a disciplina em meio a tantas distrações

20 de dezembro de 2017

A instantaneidade do mundo atual faz com que fique cada vez mais difícil manter o foco em um objetivo, seja ele uma tarefa imediata ou um plano de longo prazo. São tantas opções de distração que temos a todo momento que muitas vezes nos perdemos. Contudo, manter o foco e a disciplina é essencial para obter conquistas pessoais e profissionais e, para isso, é preciso determinação.

Confira 5 dicas para manter o foco e a disciplina

1 – Queira ter mais foco

Não há fórmula mágica nem uma pílula milagrosa que vai te ajudar a ser mais focado nos seus dias, caso você realmente não esteja determinado a promover mudanças em seu comportamento. Dessa forma, a primeira medida a ser tomada é de fato querer ter mais foco. Para isso, pense em todos os benefícios que ser mais focado proporcionaria a você. Com esse gatilho em mãos, fica muito mais fácil encontrar a determinação para uma real mudança.

Por exemplo: ter mais foco pode aumentar a sua produtividade e, com isso, você poderá fazer mais coisas em menos tempo, tendo maior disponibilidade para outras atividades. Não seria ótimo? Toda vez que você se encontrar disperso se recorde do preço que está pagando por essa dispersão.

2 – Desconecte-se

Evite manter com o celular por perto ou páginas de redes sociais abertas em momentos que exigem concentração. Mensagens do WhatsApp, notificações do Facebook e do Instagram nos atrapalham – e muito – quando queremos manter o foco.

É uma dica que parece óbvia, mas muito difícil de ser cumprida. Estamos cada vez mais habituados a conferir o celular a todo instante. Seja determinado: mantenha-o longe ou se preciso até desligue o aparelho para conseguir focar em tarefas importantes. Se necessário, estabeleça períodos de pausa entre uma tarefa e outra para ver as notificações – desde que a pausa seja breve.

3 – Use a Técnica Pomodoro

Essa dica é fantástica para quem precisa ficar focado por horas seguidas. Criada pelo italiano Francesco Cirillo, tem o nome “Pomodoro” porque o criador usou um cronômetro de cozinha com o formato de um tomate (que em italiano é pomodoro) para administrar seu tempo.

Cirillo descobriu que 25 minutos é um bom período para manter-se focado, então passou a cronometrar seu trabalho em períodos de 25 minutos, com pausas de 5 minutos de descanso entre eles.

Para usar a técnica basta fazer o mesmo, tudo o que você precisa é de um timer. Estabeleça a lista de tarefas, marque 25 minutos e mantenha-se focado nelas até o período de descanso. A cada quatro “pomodoros” é recomendável fazer uma pausa maior, de 30 minutos.

4 – Pratique meditação

De uma forma simples, meditar nada mais é do que o ato de ficar em silêncio, focado no presente, atento à respiração, aos sentimentos e sensações. A prática diária de meditação ajuda, e muito, a disciplinar a mente a ficar focada no momento presente, mantendo-nos livre de distrações. Isso porque a própria meditação é um exercício que exige foco.

5 – Faça exercícios físicos

A ansiedade é um dos males que nos impede de ficar focados em uma tarefa só. Quando estamos ansiosos a nossa tendência é pensar em todas as coisas que precisamos fazer ao mesmo tempo, o que tira o foco e nos paralisa. A prática regular de exercícios físicos ajuda no combate à ansiedade, além proporcionar a sensação de bem-estar que nos ajuda a manter o foco em tarefas importantes.

Filosofia, Mente

Tenha uma vida simplificada e invista no que realmente importa para você

14 de dezembro de 2017

Ter uma vida simples é um conceito que está bastante em voga nos dias atuais. Muito tem se falado sobre mudar padrões de consumo, trocar hábitos e reduzir gastos com itens que podem ser desnecessários. Mas seria a vida simples igual para todos? Partindo do pressuposto de que cada pessoa tem necessidades diferentes, uma ideia que pode ajudar aos interessados em viver com menos pode ser a expressão “simplificar a vida”.

O que é uma vida simplificada?

O termo vida simples pode nos remeter a um conceito fechado, ou seja, uma fórmula de vida pronta segundo o qual temos que nos encaixar. Podemos imaginar que necessariamente teremos que abdicar de determinados padrões de consumo ou posses para se enquadrar em uma vida simples.

Contudo, cada pessoa tem necessidades e costumes próprios. Por exemplo: viver sem carro pode ser fácil para um indivíduo e extremamente difícil para outro. Da mesma forma, há quem goste de manter determinado hábito de consumo do qual não quer abrir mão. Pode ser qualquer coisa: frequentar um restaurante bom, ter o videogame de última geração, fazer viagens com frequência, trocar de carro todo ano, e por aí vai.

Contudo, simplificar a vida não significa abrir mão de prazeres e hábitos que você pode manter e te fazem bem, mas sim repensar a real necessidade de tudo o que consumimos. No longo prazo, gastos desnecessários podem provocar um verdadeiro rombo no orçamento, impedindo que você invista dinheiro no que realmente é importante para você.

Será que realmente precisamos de tudo o que compramos ou possuímos? Este é o exercício indicado para quem pretende ter uma vida simplificada. Dessa forma, simplificar a vida nada mais é do que avaliar quais hábitos de consumo realmente agregam valor à vida e quais existem apenas de forma automática e só servem para atender padrões externos e expectativas sociais.

Mudança de hábito

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, pratica há algum tempo o exercício de repensar os próprios hábitos de consumo e garante que os resultados só melhoram o seu dia a dia.

Ele simplificou a própria vida em comparação ao passado. Uma das principais medidas tomadas por Tagawa, por exemplo, foi vender o carro e adquirir uma bicicleta. “Percebi que ter um carro na família, em vez de dois, é o suficiente. Você simplifica, diminui custos”, afirma. Além disso, compra menos roupas novas e reduziu a frequência com que vai a restaurantes caros, por exemplo.

Com relação às roupas, ele percebeu que usava apenas as que mais gostava e muitas ficavam intactas no guarda-roupa. Dessa forma, para ele funcionou o exercício de reduzir a quantidade de novas peças. Para não acumular, toda vez que ele compra uma roupa nova escolhe uma antiga para doação.

A principal questão, no fundo, não é de fato quais hábitos mantemos ou deixamos de manter, mas sim o motivo pelo qual fazemos o que fazemos. E para você, o que seria simplificar a vida? Repensar padrões desnecessários pode ajudar, e muito, a destinar nosso dinheiro para o que realmente é importante para nós.

Autodesenvolvimento, Mente

Para viver em plenitude devemos entrar com contato com nossas sombras

6 de dezembro de 2017

Para vivermos a nossa plenitude precisamos necessariamente entrar em contato com algo que geralmente evitamos ao máximo: nossas sombras. As sombras estão dentro de nós, mas raramente queremos olhar para elas. Pode ser algum medo, alguma características que temos e não gostamos de assumir ou uma ferida mal resolvida. Olhar para as sombras, contudo, é essencial para nossa evolução, crescimento e paz interior.

O que são as sombras na psicologia?

 O significado literal de sombra nos ajuda a entender o que elas representam no campo psicológico. Uma sombra é um espaço escuro provocado pela ausência de luz. Ele é criado pela existência de um obstáculo na frente da fonte luminosa. Tem a proporção distorcida com relação ao corpo real que a provoca.

O termo sombra é bastante usado por psicólogos. Na psicologia analítica, criada por Gustav Carl Jung, a sombra significa algo que negligenciamos em nós, que está no nosso inconsciente.

“Encontramos na sombra os aspectos mais repugnantes de nosso ser, que por não serem aceitos são relegados ao inconsciente”, diz o portal Psicologia Junguiana, acrescentando que, para Jung, é caminho necessário para o autoconhecimento a confrontação com este mal que existe em nós.

Geralmente a sombra é construída desde a infância, moldada por padrões morais da sociedade.

Nós ocultamos dentro da nossa psique tudo que é rejeitado pelos padrões sociais e por nós mesmos, ou seja, o monstro escondido dentro de cada um, explica o portal Info Escola.

Como lidar com a própria sombra?

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai faz há anos um longo trabalho de confrontar a própria sombra, rumo ao crescimento e evolução pessoal. “Se você ficar carregando a sua sombra você não vai conseguir viver a sua plenitude. A sombra tem que vir e te arrebentar, e aí você vai fazer com que exista uma revolução”.

Encontrar as nossas sombras exige um trabalho de autoconhecimento. É uma investigação pessoal que deve ser feita por cada um. Às vezes um acompanhamento terapêutico ajuda na descoberta. Podemos encontrar nossas sombras em medos, tristezas e dores. Geralmente situações que nos causam incômodo, raiva ou inveja podem revelar as nossas sombras.

Por exemplo, às vezes podemos ter aversão a pessoas bem-sucedidas porque, lá no fundo, não acreditamos que podemos ser bem-sucedidos. A beleza alheia pode nos incomodar porque não nos consideramos belos. Tememos a solidão porque não conseguimos ficar bem com nós mesmos, e por aí vai.

Tagawa garante que o primeiro passo para a evolução é aceitar a sombra, com tudo o que vem junto com ela. “Você tem essa sombra? Aceite. Diga: ‘tenho, poxa vida’. É duro olhar para ela. Às vezes pensamos ‘eu sou assim?’. É, você é isso.”

Depois, orienta, é importante trabalharmos essa sombra para que ela não nos prejudique no dia a dia. “O que eu vou tentar fazer? Tratar isso para gerar menos impacto nas pessoas que eu amo ou que me amam. Não é fácil, mas vale a pena”, assegura.

Meditação filtra as sombras

As práticas propostas pela Filosofia do Bonsai auxiliam, e muito, na identificação de sombras. Na meditação por exemplo, fazemos o trabalho de observar os próprios pensamentos. E eles dizem muita coisa sobre nós.

“Na minha meditação diária surgem várias sombras. Em vez de negá-las, como eu fiz por muito tempo, eu deixo elas virem, sinto o que está acontecendo e aí começo uma reflexão para tentar dar entendimento a essas sensações”, afirma Tagawa.

Autodesenvolvimento, Mente

Julgar e falar mal dos outros só prejudica a nós mesmos

4 de dezembro de 2017

Por Gabriela Gasparin

“O bom julgador por si se julga”, já diz o provérbio português. Todos sabemos que julgar é fácil, afinal, é uma forma de ressaltar defeitos alheios e evitar olhar para os nossos. Porém, tal prática só nos prejudica, pois reforça nossas fraquezas e nos impede de crescer e evoluir – fora o tempo que gastamos pensando na vida dos outros em vez de usá-lo para melhorar a nossa.

Por que julgar os outros faz mal?

Existe uma frase atribuída a Freud, criador da psicanálise, que diz: “Quando Pedro me fala de Paulo, sei mais de Pedro do que de Paulo”. Isso significa que falamos mal dos outros tendo como base nossas próprias crenças e pontos de vista. Afinal, se tal comportamento não nos dissesse respeito ou não revelasse algo sobre nós, não nos incomodaria.

“Se aquilo não tivesse nada a ver com as minhas dificuldades, não incomodaria, eu nem perceberia”, diz a psicoterapeuta cognitivista-comportamental Betania Marques Dutra, em reportagem publicada no Portal UOL.

De acordo com a Monja Coen, da tradição zen budista, o que nós fazemos, falamos e pensamos mexe na trama da existência. Segundo ela o karma, um dos conceitos budistas, significa que aquilo que fazemos de forma repetitiva vai causar tendências em nossa vida – o que acontece com nossos julgamentos e pensamentos.

Prendemos as pessoas em caixas fixas quando as julgamos, diz a Monja em vídeo disponível no YouTube. “A gente coloca as pessoas dentro de caixinhas: ‘aquela pessoa não presta, não gosto dela, ela é burra e estúpida’. E toda vez que vejo a pessoa, penso: ela é burra e estúpida. Eu não dou a oportunidade de pensar além da caixinha, eu a tranco lá dentro, a humilho (…) Isso é um vício, um karma que faz mal para a própria pessoa que assim sente.”

Julgar os outros nos faz mal porque, além de cultivarmos rancor, significa que temos uma visão congelada da realidade. Não percebemos que há a possibilidade de mudança, de crescimento e que nada é totalmente fixo. “As pessoas não são boas o tempo todo, nem más o tempo todo, nem burras o tempo todo, nem geniais o tempo todo”, ressalta a monja.

Meditar nos ajuda a julgar menos

O autoconhecimento é ação importante para quem deseja evoluir e julgar menos os demais. Quando nos conhecemos conseguimos identificar os próprios defeitos, o que nos dá a possibilidade de atuar sobre eles.

A meditação é importante ferramenta para isso. Por meio da prática conseguimos observar nossos hábitos de pensamentos, o que nos permite conhecer melhor quem somos. Que pensamentos temos que constroem a nossa realidade? O quanto eles moldam o que fazemos ou construímos? É isso que devemos avaliar diariamente.

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai garante que quanto mais ele faz as práticas propostas pela filosofia, como meditação e exercícios de respiração, mais ele tem controle sobre as próprias atitudes, o que o faz julgar menos. “A maioria dos problemas que passam pela nossa cabeça não acontecem. Nosso maior vilão somos nós mesmo. A gente tem mais pensamento ruim do que bom. A grande diferença é você conseguir ter mais pensamento bom do que ruim no dia”, avalia.

* Gabriela Gasparin é jornalista, escritora e autora do livro “Vidaria, uma coletânea de sentidos da vida”. É também criadora do blog Vidaria.

Alma, Espiritualidade

É importante pensar sobre a morte e estar preparado para ela

1 de dezembro de 2017

A única certeza que temos na vida é a de que vamos morrer. Apesar disso, falar sobre a morte é um verdadeiro tabu na sociedade atual – principalmente nas culturas ocidentais. Pensar sobre a morte é crucial para que tenhamos uma vida madura, consciente e responsável. Se inevitavelmente morreremos um dia, precisamos estar preparados para quando isso acontecer. Pense: se morrer amanhã, o que você deixará para o mundo e seus descendentes?

Por que pensar sobre a morte?

Refletir que cedo ou tarde morreremos nos estimula a ter uma vida com mais qualidade e propósito. Afinal, quando nos lembramos que nossa passagem por esta vida tem prazo de validade, tendemos a querer fazer valer a pena nossa existência.

Em “O Livro Tibetano do Viver e do Morrer”, obra clássica da espiritualidade e bestseller internacional, o autor Sogyal Rinpoche, monge budista, diz ter ficado surpreso quando percebeu a negação da morte no mundo ocidental. “Isso quer dizer que a maior parte do mundo vive negando a morte ou aterrorizado por ela. Até falar da morte é considerado mórbido, e muitos acham que fazer uma simples menção a ela pode atraí-la sobre si”.

Segundo Rinpoche, são desastrosos os efeitos da negação da morte não só na esfera individual, mas para o planeta inteiro. Isso porque acabamos por não desenvolver uma visão a longo prazo. “Assim, nada as refreia [as pessoas] de saquear o planeta em que vivem para atingir suas metas imediatas, e agem com egoísmo que pode tornar-se fatal no futuro”.

Pensar na morte é uma forma de prevenção

Na Filosofia do Bonsai pensar na morte faz parte do tema prevenção. A prática da prevenção é essencial em todos os setores da vida, tanto no que diz respeito à saúde física e mental como nas relações humanas e no ambiente profissional. O maior benefício da prevenção é que é feita com medidas simples e rotineiras, diferentemente de ações drásticas, custosas e complexas que geralmente são necessárias quando nos vemos diante de um grande problema ou doença grave.

De acordo com Alexandre Tagawa, idealizador da filosofia, pensar na morte pode até ser um assunto triste, mas importante. “Ninguém quer pensar sobre a morte mas ela faz parte da vida e é importante estar preparado para o bem dos que ficam”.

Tagawa questiona: se alguma coisa acontecer a você, os seus descendentes estarão seguros? Você tem seguro de vida, por exemplo? Quantas pendências você deixaria hoje, como dívidas ou desavenças? “É importante pensarmos nisso para não deixar nada para a próxima geração. Muitas vezes não nos damos conta de quantas pessoas dependem de nós, mas é a vida deles que vai ser impactada com a nossa morte”.

Se pensarmos em uma proporção maior ainda, tudo o que fazemos diariamente é uma forma de plantar sementes para um amanhã melhor não só para os nossos próximos, mas para a sociedade como um todo.

Ao pensarmos na vida como algo maior e parte de um todo, refletir sobre a morte é crucial. É como diz o monge Rinpoche: “Para quem se preparou e praticou, a morte não chega como uma derrota, mas como um trunfo, o coroamento da vida em seu mais glorioso instante”.