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Filosofia, Mente

Como você se prepara para as oportunidades que a vida pode te oferecer?

22 de novembro de 2017

Estar intelectualmente preparado para as oportunidades que a vida oferece faz grande diferença para a concretização de nossos sonhos e objetivos. Na Filosofia do Bonsai, o preparo intelectual está dentro do pilar tronco, que representa o nosso desenvolvimento pessoal em busca de uma vida equilibrada e próspera.

“Se te oferecem uma promoção hoje, você está apto, preparado para aceitar? Tem o conhecimento necessário?”, questiona Alexandre Tagawa, idealizador da filosofia. É interessante fazer a nós mesmos tais questionamentos com sinceridade diariamente e, diante das respostas, procurar cursos, capacitações e desenvolvimentos pessoais que nos ajudem a trilhar o caminho que buscamos para as nossas vidas.

Muitos de nós gostaríamos de ter um emprego melhor, ganhar mais, evoluir na profissão e etc. Contudo, ficar apenas esperando a sorte bater na porta pode ser arriscado demais. Isso pode nunca acontecer e, caso ela bata, precisamos estar com a chave certa para conseguir abrir a porta.

Acompanhar avanços tecnológicos, trabalhar o desenvolvimento pessoal, buscar leituras sobre assuntos que nos interessam é preparo essencial para quem quer evoluir. “É muito importante estarmos preparados intelectualmente não só para fazer nosso trabalho bem feito e sermos reconhecidos, mas como forma de crescimento pessoal”, avalia Tagawa.

Como trabalhar o desenvolvimento pessoal

O desenvolvimento pessoal nada mais é do que trabalhar nosso potencial humano. São ações tomadas no dia a dia para identificar barreiras, vencê-las e evoluir. Por exemplo, se temos dificuldades em expor nossas opiniões e isso nos impede de crescer, precisamos entender de onde vem tal empecilho e o que podemos fazer para desenvolver tal habilidade.

O primeiro passo do desenvolvimento pessoal é identificar quais são os pontos em nós que precisam ser aprimorados ou reciclados. É importante definirmos as prioridades do que precisamos melhorar e focar aos poucos em cada uma delas. Isso pode ser feito com estudos, conversas, cursos, terapias, meditação, atividades físicas e no relacionamento humano.

O desenvolvimento intelectual deve ser constante – só assim conseguimos estar preparados para as oportunidades que a vida pode nos proporcionar. Além do mais, um aprendizado leva a outro e nos faz criar novas conexões – em um curso podemos conhecer pessoas que nos ajudem na caminhada rumo ao sonho que queremos concretizar.

Quando ficamos estagnados, parados em nossa zona de conforto, nada mais fazemos do que fecharmos portas para possibilidades que poderiam nos fazer evoluir e crescer.

Equilíbrio entre corpo, mente e alma

Na Filosofia do Bonsai, o desenvolvimento pessoal ocorre em três pilares: o corpo, a mente e a alma. Ao trabalharmos só um dos três, corremos o risco de adoecermos ou termos dificuldade de ter uma vida equilibrada.

Dessa forma, além de trabalhar o intelecto, é importante estarmos conectados com nosso lado espiritual, por meio de meditação, rituais, criação de um altar, por exemplo, e corporal, por meio de atividades físicas. Pode parecer muita coisa para trabalhar ao mesmo tempo, contudo, com disciplina e fazendo um pouquinho a cada dia, logo construímos hábitos e nos acostumamos a cuidar de nós mesmo. Afinal, como disse Buda, toda grande caminhada começa com um simples passo .

Autodesenvolvimento, Mente

Por que a desilusão é uma bênção e nos faz crescer

21 de novembro de 2017

Por Gabriela Gasparin

Sofremos muito toda vez que passamos por uma desilusão, seja amorosa, profissional ou de amizades. Tendemos a achar que fomos enganados, traídos, desrespeitados – o que, de fato, pode até ser verdade. No momento da dor é difícil termos discernimento para compreender que a desilusão é, na verdade, uma bênção. Afinal, se antes estávamos iludidos, agora não estamos mais. É como diz a sábia frase de Chico Xavier: “a desilusão é a visita da verdade.”

Como lidar com uma desilusão

Acolher a verdade na hora que ela bate à nossa porta em formato de desilusão é a melhor coisa que podemos fazer para nós mesmos. Em vez de brigar com o escuro, você traz luz. Em vez de reagir a uma desilusão, você vê a desilusão mas, ao mesmo tempo, enxerga através dela, sugere o escritor Eckhart Tolle, no livro “O poder do agora” – bestseller que busca nos ajudar a combater o sofrimento ao viver o momento presente.

No dicionário da língua portuguesa, enganar é sinônimo de iludir. Ilusão, por sua vez, significa “engano dos sentidos ou da mente, que faz tomar uma coisa por outra”. É claro que dói perceber ou descobrir que estávamos iludidos, contudo, agradecer à nova fase, de encontro com a verdade, é um caminho que nos leva ao crescimento e evolução.

Redução das expectativas

O companheiro amoroso mostrou-se infiel e isso acabou com o relacionamento? Não é fácil encarar a realidade nua e crua, tal como ela se apresenta, contudo, seria preferível continuar em um relacionamento e ser enganado?

Por mais que a verdade seja dolorosa, encará-la e crescer com ela é a melhor forma de seguir em frente. Com certeza, após tal desilusão amorosa ficamos mais fortes para lidar com novos problemas e não sofremos tanto com eles. Outro benefício é que estaremos mais maduros para próximos relacionamentos.

Muitas vezes criamos expectativas com relação a situações, fantasiamos sobre elas e não percebemos que isso nos distancia da realidade – daí surgem as desilusões. Uma boa ferramenta para isso é esperar menos dos outros e de situações e depositar a nossa felicidade naquilo que nós mesmos podemos nos proporcionar.

Podemos ter sonhos e objetivos, é claro que sim, eles nos norteiam e dão sentido à nossa vida, mas devemos construí-los sem “as expectativas ilusórias de que uma coisa ou alguém no futuro irá nos salvar ou nos fazer felizes”. Nós mesmos é que somos os únicos responsáveis pela nossa felicidade.

‘Desilusionismo’

O processo de enxergar a realidade assim como ela é ocorre por meio do distanciamento da situação. Em vídeo no Youtube, a Monja Coen, monja zen budista, cita um conceito defendido pelo professor Hermógenes, um dos pioneiros do yoga no Brasil, ao falar de uma nova religião chamada “desilusionismo”, que é: “cada vez que temos uma desilusão estamos mais perto da verdade, por isso agradecemos.”

A monja cita que provavelmente quando sofremos uma desilusão isso significa que não estávamos em plena atenção. Mas isso não é motivo para ficarmos com raiva de nós ou do outro. “Nada é fixo. Nada é permanente”, salienta.

É disseminada a frase de Buda que diz: “há somente uma lei que nunca muda no Universo – é a de que todas as coisas mudam, todas as coisas são impermanentes”. Ao aceitarmos que tudo muda, que nada é para sempre, ficamos livres para deixar a situação da ilusão ir embora e abraçar o novo que está por vir.

* Gabriela Gasparin é jornalista, escritora e autora do livro “Vidaria, uma coletânea de sentidos da vida”. É também criadora do blog Vidaria.

Alma, Meditação

A importância de controlar os pensamentos negativos

14 de novembro de 2017

Você já parou para pensar em quantos pensamentos negativos passam pela sua cabeça diariamente? Especialistas em neurociência afirmam que a mente humana é mais voltada para o lado negativo do que positivo. Cabe a nós treinar o nosso cérebro para “domá-lo” e sermos fortes para pensar no lado bom das coisas; afinal, construímos a nossa realidade com base no que pensamos.

Temos mais pensamentos negativos?

Nosso cérebro produz de 12 mil a 50 mil pensamentos por dia, sendo que 80% deles são negativos, estimou a Fundação Nacional da Ciência norte-americana (National Science Foundation) em artigo publicado em 2005, de acordo com informações disponíveis na internet. Outras estimativas avaliam em 60 mil pensamentos por dia – sendo de 50 a 60% negativos.

Segundo o neurocientista Pedro Calabrez, é cientificamente comprovado que a mente humana é mais voltada para o lado negativo do que positivo. Por conta disso, precisamos exercitar o lado otimista dos pensamentos para que os pessimistas não nos consumam – assim como um músculo que fica flácido se não é utilizado.

“É fácil você perceber como a dor de perder mil reais é maior do que o prazer de ganhar mil reais. Curiosamente, a gente sabe que é a mesma coisa, mas a dor é maior”, afirmou Calabrez em entrevista à rádio CBN.

Calabrez afirma que é recomendável exercitar o pensamento positivo e o otimismo diariamente, o que só nos trará benefícios. Ele sugere a prática do Diário das Três Bênçãos.

Como controlar os pensamentos negativos

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, afirma que sempre teve muitos pensamentos negativos, como medo de as coisas darem errado, sentimentos de insegurança e incapacidade. “Vinham pensamentos das coisas darem errado em relação ao trabalho. Eu ficava com medo de perder cliente, por exemplo. Em relação aos pensamentos sobre a família também, tinha dias que eu passava o dia inteiro sentindo raiva.”

A prática diária de meditação, entoação de mantras por meio de rituais e exercícios físicos matinais é o que o tem ajudado a “combater” esses pensamentos negativos. Além disso, cuidar da alimentação também é importante para aumentar o sentimento de bem-estar. Ele garante que faz total diferença.

“Depois que eu passei a fazer a prática [da Filosofia do Bonsai] o sentimento negativo ainda existe, porém, quando ele vem eu canalizo ele, como se eu tivesse uma maneira agora de jogar para o universo, liberá-lo. Eu não deixo ele me dominar.”

Tagawa assegura que, apesar de os pensamentos negativos ainda pairarem sobre a sua cabeça, atualmente ele tem mais controle sobre eles. “Quando vem um nervoso, vem o desequilíbrio, eu respiro dez vezes. Quando terminam as dez respirações, a maneira que eu ia conduzir determinada situação vem mais amena, pois eu tenho um tempo de escolha”, explica.

Por meio da respiração ele consegue “mudar de canal”, passando da raiva para o autocontrole. “Antes eu oscilava mais. Tinha altos e baixos muito profundos. Hoje o meu dia é mais linear, graças à prática da filosofia.”

Alimentação, Corpo

A ‘dieta da vovó’: uma alimentação saudável não custa caro

10 de novembro de 2017

Arroz, feijão, filé de frango, legumes e salada. Com itens de fácil acesso para o brasileiro, é possível montar um prato equilibrado e saudável sem gastar muito. Diferentemente do que podemos imaginar, alimenta-se de forma saudável não custa caro. O difícil mesmo é se planejar para preparar as refeições com antecedência e acostumar o paladar a fazer, digamos, a “dieta da vovó”: ou seja, eliminar ao máximo produtos industrializados e lembrar de incluir frutas, legumes e verduras no cardápio.

Como se acostumar com a ‘dieta da vovó’

Especialistas em nutrição defendem que devemos nos espelhar nos nossos avós na hora de comer, ou seja, tirar o máximo de produtos industrializados possível. Existe até um livro publicado sobre o assunto chamado “Prato Sujo – como a indústria manipula os alimentos para viciar você”, escrito pela jornalista Marcia Kedouko.

De acordo com Márcia, a indústria da comida se aproveita de fraqueza neurológica para tornar os produtos cada vez mais irresistíveis, com doses cavalares de aditivos como açúcar e sal que prejudicam – e muito – a nossa saúde.

“Começou com um docinho depois do almoço. Depois, era batata frita a semana toda. Essa é a história de um cérebro viciado e prostituído: ele sabe que salada é mais digna para a saúde, mas gosta mesmo é de açúcar, sal, gordura, farinha refinada – substâncias que dão tanto prazer quanto sexo, com um poder viciante comparável ao de drogas como a cocaína.”

Mudança radical

Na Filosofia do Bonsai, o cuidado com a alimentação é visto como essencial para ter uma vida equilibrada. Alexandre Tagawa, idealizador da filosofia, só teve esse “start” após ser diagnosticado com uma séria doença no esôfago que o obrigou a mudar radicalmente a alimentação.

De dez expressos por dia, exageros na churrascaria e no chopp e consumo de embutidos, ele passou a alimentar-se de forma planejada e saudável. Vai à feira toda semana, investe na variedade de frutas, legumes e verduras e reduziu ao máximo açúcar e farinha refinados do cardápio. Reduziu as porções de carne e eliminou embutidos.

“Eu não bebia com muita frequência, mas quando eu ia beber eu não me controlava. Tomava dez cafés expressos por dia, colocava limão em tudo, comia açúcar em uma quantidade razoável. Eu olhava para um ponto ou outro e achava que estava 100%, mas não estava. Tanto que meu colesterol estava alto, meu nível de triglicérides estava alto. O meu corpo estava falando”, relembra.

Comer bem não custa caro

Às vezes vamos ao supermercado e ficamos assustados com o preço de itens cujas embalagens vêm com dizeres: natural, integral e orgânico. Contudo, nem todos nós temos condição financeira de colocar apenas esses produtos no carrinho. É por isso que se espelhar na ‘dieta da vovó’ pode nos ajudar.

A sugestão é ir mais à feira, comprar alimentos naturais e preparar as refeições em casa, sempre tomando cuidado ao exagerar no sal, açúcar e óleo. Além disso, é importante eliminar ou reduzir embutidos, temperos prontos, congelados, frituras e alimentos gordurosos.

“Com força de vontade você consegue vencer alguns paradigmas da sua cabeça. Antes eu pensava: como é que eu vou viver sem dez expressos por dia? Como é que eu vou viver sem comer 10 pedaços de picanha? E você vê que consegue, tudo é o poder do hábito”, defende Tagawa.

Filosofia, Mente

Por que temos tanto medo de arriscar?

30 de outubro de 2017

“Quem não arrisca, não petisca”. O conhecimento popular nos mostra que é preciso abdicar de certa segurança para conseguir avançar – seja na vida pessoal ou profissional. Mas por que temos medo de arriscar? Apesar de sabermos que o risco é intrínseco a toda mudança, muitas vezes a nossa necessidade de nos sentir seguros nos impede de avançar e alcançar a prosperidade.

Como superar o medo de arriscar

Existe uma frase disseminada na internet que diz: “quem mede muito as consequências corre o risco de diminuir o tamanho da própria felicidade”. Quando ficamos presos a uma situação por conta da dúvida ou do medo, é sinal de que temos que agir. Nessas horas, o autoconhecimento é o mais importante para nos ajudar a tomar uma decisão.

Onde quero estar daqui a cinco anos? Pense qual vida você quer ter no futuro e tenha em mente que a decisão de agora é crucial para que seu objetivo se concretize. Está com medo de sair do emprego? De terminar um relacionamento? De mudar de cidade? Pense o que te segura nessas situações e se estar nelas condiz com a vida que quer ter no futuro. Tenha certeza: é a sua meta futura que vai te dar coragem para arriscar o que não está bom no presente.

É claro que todos temos necessidades básicas e precisamos saber até onde conseguimos arriscar. O psicólogo americano Abraham Maslow, por exemplo, foi conhecido por “hierarquizar” as necessidades humanas. Segundo ele, a ordem é a seguinte:

NECESSIDADES HUMANAS

1 – Fisiológicas: satisfação das necessidades básicas, como comer, beber água, respirar, etc;

2 – Segurança e proteção: estar seguro no emprego e financeiramente, ter uma casa, estar fisicamente e emocionalmente seguro;

3 – Filiação: é a sensação de pertencimento a um grupo, a uma comunidade, a uma família, estabelecer relações de afeto e amizade;

4 – Reconhecimento: é uma necessidade atendida pelo respeito próprio e dos outros, pelo reconhecimento, status, reputação e atenção;

5 – Autorrealização: é o autodesenvolvimento, que inclui crescimento moral, ético, espiritual, realização de um propósito e a busca de um objetivo na vida.

A hierarquia de Maslow nos leva a entender que dificilmente uma pessoa conseguirá suprir a necessidade de autorrealização caso não tenha as necessidades fisiológicas básicas supridas, por exemplo.

A importância do autoconhecimento

Ao criar para si a Filosofia do Bonsai, o empresário Alexandre Tagawa percebeu a importância do autoconhecimento para ficar mais seguro na hora de tomar decisões. Ele garante que estar bem consigo mesmo o ajuda diariamente tanto nos negócios como na vida pessoal.

Para isso, ele busca estar equilibrado e em paz consigo mesmo, o que consegue por meio de rituais diários, prática de meditação, uma alimentação equilibrada e atividades físicas. Tudo isso faz com que a mente dele esteja mais “limpa”, ou seja, menos tomada por pensamentos negativos.

O otimismo e o bem-estar nos ajudam a eliminar o medo de arriscar; afinal, precisamos estar seguros para tomar uma decisão. “Quer segurança? Compre uma geladeira. Ela não vai quebrar nunca, mas vai fazer sempre a mesma coisa”, afirma Tagawa.

O empresário arriscou-se muito no passado, principalmente na vida profissional. Ele abriu uma agência de publicidade sem nunca ter se formado na área – o que só foi fazer mais de 15 anos depois. É claro que ele abdicou de certa segurança e passou por “perrengues”, mas a possibilidade de fazer uma universidade não se apresentou para ele no início da carreira e ele teve que jogar com as cartas que tinha na mão.

“Se eu ficasse acomodado no conceito de vida que eu tinha, então automaticamente eu não poderia tocar as estrelas, porque eu pensaria que nada seria possível. Eu poderia pensar: ‘não estudei e por isso não tenho condições de encontrar um caminho melhor’. Eu poderia ficar nessa crença”, avalia.

Filosofia, Mente

Como ser uma pessoa melhor cuidando de nós mesmos

27 de outubro de 2017

O equilíbrio físico e mental reflete diretamente nas nossas relações sociais. Quando estamos de bem com nós mesmos, aumentamos o nível de tolerância com os outros, somos mais educados e prestativos. Quanto mais fortalecemos internamente, melhor sabemos lidar com problemas, imprevistos diários e situações adversas. Ou seja, ao cuidarmos de nós, nos tornamos uma pessoa melhor para a sociedade.

Como ser uma pessoa melhor

Práticas da Filosofia do Bonsai como meditação e rituais diários ajudam o empresário Alexandre Tagawa, idealizador da filosofia, a ter um melhor convívio social – o que vale tanto para a família e amigos, como na vida profissional.

Por muitos anos ele viveu desequilibrado. Ficava nervoso com facilidade, estourava com funcionários e até com familiares em momentos de conflitos. Dono de uma agência de publicidade, era um chefe nervoso. Confessa que muitas vezes se excedeu com funcionários, gritando e dando retornos agressivos.

“O que mudou depois das minhas práticas é que eu não deixo mais o nervoso tomar conta de mim. Quando vem um nervoso, um desequilíbrio, eu respiro dez vezes. Ao final, a forma que eu ia conduzir determinada situação é mais amena.”

Ele tem uma filha pequena e também utiliza a prática com ela. Ou seja, quando a filha apronta ou não dá trégua, o pai respira e escolhe uma boa forma de dizer não ou controlar a filha, sem precisar apelar para gritos ou palmadas.

“Ao respirar e contar até dez eu tenho um tempo de escolha. Surge a possibilidade de mudar o canal”, avalia. Em vez de agir com raiva ou agressividade, a resposta é mais certeira.

“Faço isso no trabalho, na rua, com a família, com a minha filha, com todo mundo”, revela. Tagawa garante que desde que começou a praticar a Filosofia do Bonsai diariamente, tem conseguido manter a resiliência, a calma e a tranquilidade, sem perder a linha.

O empresário dá o exemplo de discussões no trânsito. Quantas vezes nos tornamos verdadeiros “monstrinhos” quando estamos no volante? “Se você começa a discutir com o outro motorista, de repente ele está em um dia ruim, com uma energia pesada, e se você não se controla acaba participando de uma história que não é sua.”

O outro motorista pode ter acabado de sair de uma discussão com a família, ter perdido dinheiro, estar atrasado para um compromisso e etc. Nessas horas, quando estamos desequilibrados, entramos em uma briga desnecessária, garante Tagawa. “Você passa a viver a energia do outro. Quando você vive a energia do outro, você aumenta a sua fragilidade.”

Práticas ajudam a manter o equilíbrio

 Detentor de uma história cheia de altos e baixos tanto na vida pessoal como profissional, Tagawa encontrou nas práticas da filosofia uma forma de se equilibrar. A meditação o ajuda muito a limpar os pensamentos diariamente. Os exercícios físicos matinais o ajudam a controlar o estresse e a manter-se em forma. Além disso, ele também pratica rituais e mantras diariamente para se fortalecer.

O empresário garante que essas medidas colaboram para manter pensamentos positivos, reduzem a raiva e o estresse e melhoram o seu dia. “Os sentimentos negativos existem, mas quando eles vêm eu canalizo. É como se eu tivesse uma maneira de jogar para o universo, de liberá-los. Eu não me deixo dominar.”

 

Alimentação, Corpo

Os benefícios de tomar água de coco, pequeno hábito que pode melhorar seu dia

23 de outubro de 2017

Desde que descobriu ter um problema de saúde no esôfago em 2016 – o que o levou a fazer uma cirurgia – o empresário Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai redobrou os cuidados com a alimentação. Em suas pesquisas, aprendeu sobre os benefícios da água de coco para o organismo e não teve dúvidas: incluiu o consumo da bebida no seu dia a dia. Pode parecer uma ação simples, mas é em pequenos hábitos como esse que podemos melhorar a nossa saúde e nos sentirmos mais equilibrados, garante.

“O alto nível de saudabilidade da água de coco coloca nossos sais minerais em equilíbrio. É uma das frutas que mais têm propriedades curativas para o organismo”, afirma.

Benefícios da água de coco

 A água de coco é considerada por especialistas como um isotônico natural. “A água de coco é melhor do que os isotônicos que os atletas ficam tomando. Ela tem equilíbrio eletrolítico, ou seja, tem boa mistura, bons minerais e boas propriedades de nutrientes para o corpo”, afirma o médico Juliano Pimentel, que é celíaco, estudioso em alimentação saudável sem glúten e divulga vídeos informativos em seu canal no YouTube.

Segundo o especialista, a bebida é rica em minerais como magnésio, potássio, cálcio e fósforo. Ela facilita o aumento do colesterol bom e redução do ruim, promove o fortalecimento do coração e ajuda o rim a funcionar corretamente por conta dos minerais. Além disso, tomar água de coco também ajuda na prevenção de infecções, já que regula o crescimento das bactérias ruins e boas e melhora o sistema imunológico constantemente, garante o especialista.

Soro natural

 Uma das mais conhecidas qualidades da água de coco é sua atuação como soro fisiológico natural, prevenindo casos de diarreia com risco de desidratação. De acordo com a empresa Natue, que comercializa o produto, isso ocorre pela bebida possuir composição semelhante ao plasma sanguíneo.

Além do benefício de hidratar e detoxificar, o médico Pimentel lista inúmeras outras contribuições da bebida, inclusive para a saúde mental: ela ajuda a ficar menos cansado e a controlar o estresse; por conta de tudo isso, colabora ainda para uma maior tolerância para lidar com o nervosismos.

A bebida também é vantajosa para quem está buscando uma alimentação menos calórica, já que não apresenta grande quantidade de calorias (22 para cada 100 ml), segundo a Natue.

Hipertensos e diabéticos, contudo, não devem consumir água de coco em excesso, pois o líquido contém muito sódio e carboidrato, diz a Natue. O médico Pimentel também salienta que pessoas com problemas renais crônicos precisam tomar cuidado.

 Coco na feira

 Por conta de todos esses benefícios é que Tagawa inseriu o alimento no seu dia a dia. Ele inclusive encontrou uma feira livre perto da casa dele onde consegue comprar o coco a R$ 2 ou R$ 2,50. “Compro o coco fechado. Sei quando o coco está mais verde ou mais maduro”, ressalta. Ele diz que não ingere o líquido em excesso, tomando um por dia.

De acordo com a Natue, na hora de comprar a fruta, devemos prestar atenção para não escolher aquelas com casca trincada e manchas marrons. Após aberto o coco, deve-se consumir o líquido imediatamente.

Autodesenvolvimento, Mente

A importância das verdadeiras amizades

20 de outubro de 2017

Cultivar boas amizades é fundamental para ter uma vida feliz. Porém, é comum perdermos o controle sobre a influência dos amigos no nosso dia a dia, pecando pela falta ou excesso. Assim como em todos os âmbitos da nossa existência, o equilíbrio nas relações sociais é importante para nosso bem-estar. Afinal, como diz a disseminada máxima atribuída ao filósofo Aristóteles: “ter muitos amigos é não ter nenhum”.

É preciso ter muitos amigos?

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, faz um paralelo com o bonsai ao falar de amizades. Isso porque ter um bonsai exige atenção e cuidado. Se optar por ter vários, o dono precisa saber que será necessário dedicar mais tempo a cada um, abdicando de outros afazeres. “Não adianta a gente ter milhares de amigos, porque no fim a gente não tem condições de cuidar de nenhum direito”, defende.

Tagawa afirma que no passado já tentou ter muitos amigos, mas percebeu que era muito difícil estar presente e dar atenção a todos. O que acontecia é que ele confirmava presença em encontros, mas na hora não comparecia. Com isso, muitos amigos ficavam chateados com ele.

“Descobri que não consigo fazer tudo aquilo que eu gostaria. Então, em vez de eu ficar dividindo energia, decidi que é melhor eu concentrá-la em alguns lugares. Hoje, se alguém me pergunta: ‘você tem um monte de amigos?’ Eu respondo: ‘não. São poucos amigos que eu consigo manter aceso”. E acrescenta: “quem tudo quer, nada tem. Quem quer abraçar o mundo, não abraça ninguém”.

Ninguém tem multidão de amigos

É disseminada a sabedoria de que não somos capazes de cultivar muitas amizades. Além da citação de Aristóteles no começo deste texto, muitos pensadores discorreram sobre o assunto. O poeta inglês Samuel Taylor Coleridge, disse: “quem se vangloria de ter conquistado uma multidão de amigos nunca teve um”.

O filósofo grego Epicuro também falou bastante sobre a importância das amizades na nossa vida, explicou o psicólogo e escritor Ilan Brenman em coluna na rádio CBN. De acordo com Brenman, é de Epicuro a seguinte frase: “de todas as coisas que nos oferece a sabedoria para a felicidade de toda a vida, a maior é a aquisição da amizade”.

O pensador também afirmou: “antes de comer ou beber qualquer coisa, pondere com mais atenção sobre com quem comer e beber do que sobre a comida e bebida, pois alimentar-se sem a companhia de um amigo é o mesmo que viver como um leão ou um lobo.”

Quem tem amigo verdadeiro é mais feliz

Segundo o psicólogo Brenman, pesquisas mostram que pessoas que têm amigos reais e verdadeiros são mais satisfeitos e felizes. O estudioso pondera que de fato não dá para ter muitos amigos. “Aqueles que podemos contar para toda hora são dez no máximo, talvez um pouco mais, mas não passa disso.”

Tagawa tem o mesmo ponto de vista e revela que hoje consegue conta na palma da mão a quantidade de amigos que consegue estar próximo e manter uma relação saudável e de confiança.

Ele até organizou uma rotina na vida para inserir as amizades, como jogar bola com eles durante a semana ou convidar para um encontro com a família de 15 em 15 dias. “Então, acho que o grande aprendizado é assim: como você não pode ter tudo na vida, faça umas escolhas, e para as escolhas que você fizer, faça bem feito”, sugere Tagawa.

Mente, Vida Profissional

Aprender fazendo é a melhor forma de sair da inércia e realizar objetivos

18 de outubro de 2017

“Estou sempre fazendo aquilo que não sou capaz numa tentativa de aprender como fazê-lo”, disse Picasso. Quantas vezes ficamos paralisados, sem sair do lugar, porque achamos que não sabemos fazer alguma coisa? Aprender fazendo, “colocando a mão na massa”, é a melhor forma de sair da inércia e caminhar rumo à realização de sonhos e objetivos.

Como aprender fazendo

A vida profissional do empresário Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, resume-se a aprender fazendo. O publicitário primeiro ingressou no ramo para só depois fazer faculdade na área – porém, nada ocorreu de forma planejada.

Tagawa, que hoje é dono de uma agência de publicidade, começou a fazer os primeiros panfletos após receber o pedido inesperado de um cliente. Ele trabalhava com produção de fotos quando uma das empresas para a qual prestava serviço perguntou se ele poderia produzir um panfleto. Sem ter a menor ideia de como fazer tal produção, respondeu positivamente.

“Primeiro eu falo ‘sim’ para depois pensar como eu vou fazer. Em alguns momentos os resultados foram bons, em outros, ruins. Mas avalio que durante a minha vida essa postura me ajudou muito mais do que me prejudicou”, observa.

Nesse caso em que recebeu o pedido para fazer panfletos de divulgação, o empreendedor conta que precisou “se virar”: foi atrás de profissionais que sabiam executar o serviço e adquiriu os equipamentos necessários – no caso, parcelou um antigo computador da Mac, o “Macintosh,” em 36 vezes, o que ocorreu há cerca de 20 anos.

“Ficou horrível o folheto, mas aí o cara falou: a partir de hoje você é minha agência. Ele na verdade não gostou do folheto, mas como eu tinha me esforçado para entregar, ele me deu a chance”, explica.

Maturidade para aceitar um desafio

Com o passar do tempo, Tagawa afirma que adquiriu maturidade para refletir antes de aceitar um pedido, já que nem sempre responder sim para tudo pode ser uma boa ideia. São incontáveis as experiências em sua vida de aceitar uma proposta ou entrar em uma sociedade e só depois descobrir como colocar a ideia em prática. Por conta disso, já recebeu até pedido de falência da empresa no passado.

“Ser assim, por um lado, sempre me ajudou muito. Eu não tinha receio. De alguma maneira as coisas que aconteciam ao meu redor me ajudavam e tudo dava certo no final, mas muitas vezes eu fui despreparado.”

Equilíbrio e uma dose de risco

O empresário acredita que as práticas da Filosofia do Bonsai, como buscar o autodesenvolvimento, praticar meditação e exercícios de respiração hoje o ajudam a ficar centrado e a evitar aceitar propostas por impulso, por exemplo. Apesar disso, garante que prefere arrepender-se do que fez do que daquilo que não fez.

Para ele, arriscar-se é fundamental. “Mesmo quando deu errado, no final deu certo, porque me gerou muito aprendizado. Eu só tive oportunidades porque fiz movimentos.”

E Tagawa não é o único a pensar dessa forma, seguem outras frases de célebres personalidades que nos inspiram a aprender fazendo:

“É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer” – Aristóteles.

“Deve-se aprender fazendo a coisa; pelo pensamento você acha que sabe. Você não tem certeza, até que você tente” – Sófocles.

“Tudo sempre parece impossível até que seja feito” – Nelson Mandela.

Alma, Propósito

‘Eu não sou o que me acontece, eu sou o que escolho me transformar’

16 de outubro de 2017

Por Gabriela Gasparin

“Eu não sou o que me acontece, eu sou o que escolho me transformar”, disse o psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung, fundador da escola da Psicologia Analítica. Há uma linha de pensamentos que, assim como esse, refletem sobre a importância de agirmos com consciência a fim de nos tornarmos o que desejamos ser.

Ter consciência da nossa responsabilidade sobre o que acontece na nossa vida é fator importante rumo à realização de sonhos e desejos. Muitas vezes colocamos a culpa por o que nos acontece no trabalho, no parceiro, na família e no governo, mas esquecemos que diariamente temos a possibilidade de mudar de rota. Em reflexão complementar à frase citada acima, Jung disse: “até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida e você irá chamá-lo de destino”.

Mas o que seria agir de forma consciente?

Existem diversos significados dados para a palavra consciência nos campos da psicologia e filosofia. De uma forma resumida, podemos dizer que é uma percepção que temos sobre o que se passa com nós mesmos, na intimidade. Trata-se do sentimento, a faculdade, o conhecimento que nos permitem compreender aspectos no nosso mundo interior, vivenciá-los e experimentá-los.

Negligenciamos nossa consciência quando agimos de forma automática, sem pensar, sem sentir ou refletir. Por outro lado, atuar de forma consciente é trazer para nós as responsabilidades sobre os nossos atos e agir diariamente sobre eles. “Quando um ato é verdadeiro para a natureza de alguém, provavelmente resultará em resultados verdadeiros no campo da ação”, diz o escritor Parker J. Palmer no livro Vida Ativa.

“O que é necessário para mudar uma pessoa é mudar sua consciência de si mesma”, afirmou o psicólogo Abraham Maslow. E acrescentou: “para quem só sabe usar o martelo, todo problema é um prego”.

Ou seja, quantas vezes estamos infelizes com alguma situação, mas seguimos vivendo nela, sem fazer absolutamente nada para mudar? Isso é não dar ouvidos para a consciência. Um exemplo é seguir em um relacionamento, emprego ou amizade mesmo sabendo internamente que tal situação nos faz mal.

Às vezes não conseguimos mudar de imediato. Nesse caso, agir com consciência é ser maduro para compreender: tal situação ocorre, não tenho como mudá-la, vou mudar então a forma que lido com ela. “A verdade é sempre preferível à ilusão”, ressalta Palmer.

* Gabriela Gasparin é jornalista, escritora e autora do livro “Vidaria, uma coletânea de sentidos da vida”. É também criadora do blog Vidaria.