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Raiz

Alma, Propósito

Busca uma vida próspera? Antes, defina o que é prosperidade para você

21 de dezembro de 2017

Ter uma vida próspera é o desejo de muitas pessoas. Mas o que é prosperidade para você? É comum nos prendermos a conceitos pré-estabelecidos e atrair para nossas vidas realidades que sequer gostaríamos. Definir o próprio significado de uma vida próspera é crucial antes de sair em busca de realizações. Afinal, colhemos o que plantamos e precisamos ter consciência do que estamos semeando.

O que é prosperidade para você?

A Filosofia do Bonsai <link txt institucional> tem como base central a ideia de que uma vida com foco, disciplina e equilíbrio nos proporciona melhores resultados rumo a conquista de objetivos, sejam eles pessoais ou profissionais. Com isso, o intuito maior é alcançar a prosperidade.

Contudo, como o significado de prosperidade é subjetivo, cabe a cada um fazer a tarefa primordial de ter a própria definição antes de traçar seus objetivos. Definir para si o que seria uma vida próspera ajuda – e muito – na busca de ações rumo a essa prosperidade. Afinal, o que é próspero para um, pode não ser para o outro.

Entre os significados da palavra prosperidade no dicionário da língua portuguesa estão termos como propício, favorável e afortunado. Já o verbo prosperar nos remete à ideia de progredir, aumentar; desenvolver-se.

Tais definições nos ajudam na tarefa de autoconhecimento: o que é favorável para mim? Quando considero que estou progredindo e evoluindo? O exercício a se fazer é: qual objetivo vai me levar ao desenvolvimento, à evolução, ao que é propício para a minha realidade?

Prosperidade significa riqueza?

Muitas pessoas podem considerar que ter uma vida próspera é acumular riqueza e bens materiais. Mesmo porque a ideia de prosperidade também nos remete à fortuna, ao sucesso. É comum encontrarmos notícias e histórias de pessoas prósperas que acumularam milhões de reais.

Acumular dinheiro pode estar na lista de itens que levam qualquer um à prosperidade – desde que isso seja, na realidade dessa pessoa, o caminho para uma vida melhor da que possui atualmente.

Contudo, pode ser que um indivíduo já tenha acumulado muita riqueza e chegue à conclusão de que a vida dele ainda não é próspera: pode lhe faltar paz de espírito, calma ou tranquilidade, por exemplo. Nesse caso, caberia a ele buscar ações que levem rumo à própria prosperidade.

Quais são seus valores?

Ter como ponto de partida os próprios valores é uma medida que nos ajudar a definir nosso conceito de vida próspera. Os valores são as verdades que guiam nossas decisões; ou seja, aquilo que internamente buscamos porque é importante para a nossa vida.

No livro “Desperte o Gigante Interior”, o renomado especialista em neurolinguística Anthonny Robbins esclarece: “qualquer coisa que você muito preza pode ser considerada um valor”. Ele explica que prezar alguma coisa significa atribuir-lhe importância.

Na Filosofia do Bonsai a definição de valores está dentro do pilar “Raíz”. A raiz representa a base da nossa vida. Nela está tudo que é a nossa essência: antepassados, família, crenças e valores. Quanto mais profunda é a raiz, mais forte e valioso é o bonsai. Da mesma forma, ao conhecer nossas próprias raízes, ou seja, quem somos profundamente, conseguimos atuar para ter uma vida melhor.

Filosofia, Mente

Quais crenças atrapalham seu crescimento?

19 de setembro de 2017

Ao longo da vida acumulamos uma série de crenças limitantes que atrapalham a nossa evolução. São ideias que ouvimos da nossa família, da sociedade ou que criamos e acreditamos profundamente que são verdade. Porém, muitas delas são apenas construções sociais ou da nossa mente. Precisamos quebrá-las para avançar etapas e crescer.

Como nascem as crenças limitantes

Tudo o que escutamos de nossos pais, na escola, de amigos e na mídia, além de situações que vivenciamos, constroem nossas crenças no decorrer da vida. Quando chegamos à fase adulta, acumulamos uma série de verdades absolutas sobre vários âmbitos da existência. A questão é que nem sempre essas crenças correspondem à realidade.

É assim que nascem as crenças limitantes: são ideias negativas a respeito de situações ou de nós mesmos que nos impedem de crescer. Elas agem sobre tudo o que pensamos, sentimos e fazemos.

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, por exemplo, ouviu muito de seus familiares quando criança que ele não teria futuro, que se tornaria um “marginal”. Isso porque ele teve uma infância conturbada e era um aluno muito rebelde na escola.

A crença que ele construiu no decorrer da vida era a de que ele não seria capaz de ter sucesso sozinho. Ele se tornou um adulto inseguro. Estava sempre procurando alguém para estar ao seu lado nos negócios, mesmo que o sócio não fosse o ideal para o que ele precisava.

Crenças são como ímãs

As crenças são como ímãs, você crê em uma verdade e ela se torna real, diz a Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional. Isso acontece porque, quando estamos conectados com uma verdade, a vida nos trará situações que sejam compatíveis com tal vibração.

É necessários que criemos distância dessas crenças enraizadas dentro de nós para que possamos ressignificá-las. Toda vez que identificarmos um pensamento negativo vindo à nossa mente, devemos refletir se ele realmente é verdade ou se é apenas uma construção criada ao longo dos anos.

“Não é porque alguém disse que você é incapaz que isso é verdadeiro. Não é porque um relacionamento não deu certo uma vez, que toda vez será igual. Não é porque tudo ainda não está como queria em sua carreira e vida pessoal, que não vai conseguir”, alerta o Instituto Brasileiro de Coaching. De acordo com a organização, é muito importante ter esta consciência e buscar ser mais otimista em relação a si mesmo.

Quebre as crenças que te fazem mal

Tagawa afirma que precisou bater muito a cabeça para entender alguns comportamentos que repetia por conta de crenças limitantes que o atrapalhavam. Nos negócios, por exemplos, participou de várias sociedades que não deram certo até entender que elas eram apenas uma “muleta” para a sua insegurança.

Ele revela que precisou de resiliência para expandir esse pensamento. “Eu poderia ficar remoendo tudo aquilo que eu passei, com medo de tudo e não expandir para a vida”, lembra. “Todos os dias e eu acredito que a minha vida é próspera.”

Para superar a crença limitante, umas das ações é entender de onde ela veio. Por exemplo, se você pensa todos os dias que não é capaz de fazer algo, tente identificar o que te faz pensar dessa forma. Entenda a origem da crença e a transmute. Se sentir dificuldades, busque a ajuda de algum profissional para te ajudar.

Filosofia, Mente

Nossas cicatrizes são nosso maior legado

6 de setembro de 2017

Por Gabriela Gasparin

Existe uma disseminada frase da escritora dinamarquesa Izak Dinesen que diz: “todos os sofrimentos podem ser suportados se os convertermos numa história, ou se contarmos uma história sobre eles. Ser uma pessoa é ter uma história para contar”. Para o empresário Alexandre Tagawa, as cicatrizes que temos na vida nada mais são do que um legado. Foram as adversidades que ele encontrou pelo caminho que o levaram ao encontro da Filosofia do Bonsai, prática que tem transformado sua existência.

“As cicatrizes nada mais são do que um legado. Elas te mostram o quanto você pode ser forte”, afirma o empresário, que já passou por muitos altos e baixos na vida, tanto como empreendedor como na trajetória pessoal e familiar – suas vivências estão sendo compartilhadas aos poucos aqui neste blog e, em breve, toda a sua história estará registrada em um livro.

“Aquela cicatriz você vai transformar em história para você contar para alguém, compartilhar e dali gerar uma possibilidade de uma outra pessoa ouvir e compartilhar isso com outra, com outra, com outra… E assim a gente consegue unir pessoas prósperas”, acredita o empreendedor.

Dificuldades nos fazem crescer

As dificuldades nos fazem crescer, mas só conseguimos compreender o aprendizado depois que o problema já passou. Tal entendimento ocorre graças à nossa habilidade de recordar a história vivida, construindo uma nova narrativa sobre ela.

Há linhas que estudam a escrita de biografias para significar, ou ressignificar, nossas vidas após traumas, momentos difíceis ou fases de transformação – assim como Tagawa está fazendo com seus aprendizados.

Em seu livro “5 lições de storytelling”, o autor James McSill ressalta: “na vida, a grande força do storytelling vem do seu efeito inspirador, que permite às pessoas desconstruir, analisar e reinterpretar as próprias histórias a partir de suas próprias experiências, criar e recriar significados.”

A narrativa que fazemos sobre nós afeta nossa vida em si. McSill ressalta: “quanto mais conhecer de história para entender as histórias da sua vida, mais fácil será reinterpretá-las e transformá-las. Podemos narrar a mesma história com foco no problema ou na solução.”

‘Nós nos contamos a partir da nossa história’

Em “O nome do vento”, o autor Patrick Rothfuss explica que é como se o tempo todos nós contássemos uma história sobre nós mesmos dentro da nossa mente. E essa história é o que faz você ser quem você é. “Nós nos contamos a partir das histórias”, salienta Rothfuss.

Contadores de história e até especialistas em psicologia garantem que narrar nossas vidas ao outro é essencial. E muitos de nós sabemos o alívio que sentimos ao fazer um verdadeiro desabafo, não é mesmo?

De onde vem nossa necessidade de contar a própria história

Nossos hábitos de “contação de histórias” são antigos. No passado, a troca ocorria em círculos ao redor de uma fogueira no final do dia. Mais adiante, na cadeira posta em frente à calçada. Numa mesa de bar. Apesar de ainda contarmos com todas essas opções tradicionais, hoje essa tendência se intensificou, com a possibilidade de usarmos as redes sociais.

É claro que há todo um debate sobre o “espetáculo” que criamos com essa virtualização de nós mesmos em “avatares” online, costume que exige cuidado. Não é sadio quando se torna uma busca incessante e inconsciente por “curtidas”, por se tornar popular. Porém, o hábito e a vontade de nos fazer revelar para o mundo está dentro de nós.

Estudiosos da comunicação vão dizer que o ato de criar narrativas é intrínseco ao ser humano e faz parte de sua comunicação. E a comunicação, por sua vez, sempre foi a base da interação social e essencial para a vida do homem em sociedade, esclarece o jornalista Francisco Rudiger, em seu livro “Teorias da Comunicação”.

E taí a importância de falarmos – verdadeiramente – sobre nós mesmos. Ao nos narrar, marcamos nossa existência no mundo. Na Filosofia do Bonsai, a prática de conhecer a própria história é trabalhada dentro do pilar raiz. Afinal, quanto mais nos conhecemos, mais temos a possibilidade de atuar no mundo de forma inspiradora e próspera.

Que a nossa vida seja repleta de boas, e significativas, histórias!

* Gabriela Gasparin é jornalista, escritora e autora do livro “Vidaria, uma coletânea de sentidos da vida”. É também criadora do blog Vidaria.

Filosofia, Mente

Quais valores guiam suas escolhas e decisões na vida?

14 de agosto de 2017

Você já parou para pensar em quais são os seus valores? Aqueles que permeiam suas escolhas e decisões na vida? Na Filosofia do Bonsai, conhecer a fundo os próprios valores é fundamental para ter uma vida próspera e equilibrada – item que é trabalhado dentro do pilar raiz. Ter em mente cada valor que nos guia é essencial para não cairmos em contradições com o que buscamos ou acreditamos. Mas, antes disso, é preciso entender o que é valor e como identificar os seus.

Afinal, o que são valores humanos?

“O valor de um homem mede-se pelo seu querer, não pelo seu saber”, explica o filósofo alemão Johann Friedrich Herbart. A frase nos ajuda a entender o significado de valor humano. Os valores são as verdades que guiam nossas decisões; ou seja, aquilo que internamente buscamos porque é importante para a nossa vida.

No livro “Desperte o Gigante Interior”, o renomado especialista em neurolinguística Anthonny Robbins esclarece: “qualquer coisa que você muito preza pode ser considerada um valor”. Ele explica que prezar alguma coisa significa atribuir-lhe importância.

Conhecer o que é de fato importante para nós, o que realmente defendemos, é essencial na hora de definir valores, pois são essas características que devem guiar nossos comportamentos e ações. “Os valores guiam cada decisão que tomamos, e assim o nosso destino”, defende Anthonny Robbins em seu livro.

Como identificar seus valores

“Só o tolo confunde o valor com o preço”, afirma o poeta espanhol Antonio Machado. Hobbins sugere que há dois tipos de valores: os meios e os finais. E explica os conceitos da seguinte maneira:

“‘Quais são as coisas a que dá mais valor?’, você pode responder ‘Amor, família, dinheiro…’ Desses, o amor é o valor final que está procurando; em outras palavras, o estado emocional que deseja. Por outro lado, família e dinheiro são apenas valores que servem como meios. Em outras palavras, servem para você acionar os estados emocionais que realmente deseja.” O dinheiro, por exemplo, é um meio que pode levar a determinado valor final: que pode ser segurança, afirma.

O autor lista os valores finais invariavelmente citados por participantes em seminários, que são: Amor, sucesso, liberdade, intimidade, segurança, aventura, poder, paixão, conforto e saúde.

Robbins ressalta que quando não conseguimos definir o que é mais importante nas nossas vidas, a tomada de decisão se torna uma forma de tortura interior. “Precisamos compreender que a direção de nossas vidas é controlada pela pressão magnética de nossos valores. São a força à nossa frente, sistematicamente nos levando a tomar decisões que criam o rumo e supremo destino de nossas vidas.”

Paz de espírito

Viver de acordo com os valores, aliás, gera não só poder de decisão, mas também paz de espírito. Para Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, isso ocorre a partir do momento que conseguimos entender que valores são inegociáveis – pois não abriremos mão deles na hora de decidir o caminho a seguir. “Na hora que você realmente constitui seus valores, no que você acredita, vai atrás disso”, defende.

Seja na vida pessoal ou profissional, devemos entender que viveremos por esses valores, não importa o que aconteça. E tal coerência deve ocorrer independente de haver ou não recompensas, ressalta Hobbins.

De acordo com o autor, devemos viver por nossos princípios mesmo em meio às tempestades, mesmo quando ninguém nos concede o apoio de que precisamos. E acrescenta: “o único meio de ter a felicidade a longo prazo é viver por nossos ideais mais altos; agir sistematicamente em consonância com o que acreditamos é fundamental em nossa vida.”

Alma, Espiritualidade

Como praticar a espiritualidade, independente de religião, e mudar a forma de ver a vida

11 de agosto de 2017

Por Gabriela Gasparin

A espiritualidade é uma prática humana que não exige relação com qualquer religião e pode transformar a forma como enxergamos a vida. Ser uma pessoa espiritualizada é viver com sentido, com fé que a existência vale a pena por algo maior, transcendente e muitas vezes inexplicável. Praticar a espiritualidade pode ser muito mais simples do que se pensa: basta ser verdadeiro consigo mesmo. Trata-se de ser grato a cada dia, assumir responsabilidades sobre as próprias atitudes e tomar decisões com base em valores profundos e interiores.

O que é espiritualidade?

Elevação, transcendência e sublimidade estão entre os significados da palavra espiritualidade. Transcender, por sua vez, é “elevar-se aos limites da experiência possível” – ou seja, enxergar ou ir além do óbvio. Já o espírito é tido como “a parte imaterial do ser humano, a alma”.

Compreender cada uma dessas palavras pode nos ajudar a identificar dentro de nós o nos que estimula a prática espiritual. O filósofo Mário Sérgio Cortella explica, em vídeo na internet, que a espiritualidade é a recusa que a vida se esgote na sua materialidade, em uma existência que tem sentido em si mesma.

“Nessa direção, a ideia de espiritualidade está conectada à noção de transcendência. Isto é: as coisas, a vida, o sentido é construído para a além do imediato, do momento. É estar mergulhado em uma história que faz sentido pela própria capacidade de honrar a vida”, avalia.

Para honrar a vida, sugere, é necessário ter uma vida decente. “O que é a vida indecente? É aquela que quebra a beleza da possibilidade de existir. Eu não sou tolo e não quero sê-lo ao supor que vida é só beleza, mas a beleza não emerge, não vem à tona quando nós a obscurecemos, quando somos capazes de fazer com que os ‘apesares’ da vida sejam superiores em quantidade aos ‘por causa’.”

Como praticar a espiritualidade?

Praticar a espiritualidade pode ser dar mais valor ao que faz a existência brilhar. Mas como fazer isso? Em um podcast sobre o assunto, o historiador Mariano Azevedo avalia que espiritualidade foge ao escopo da questão da religião. “Seria muito mais um processo poderoso de introspecção, de autoconhecimento, de elevação da sua consciência com relação às coisas que estão além do seu alcance”, afirma.

Conhecer a si próprio, suas crenças, valores e propósito são ações que nos estimulam a encontrar a espiritualidade dentro de nós mesmo. A meditação, aliás, é uma prática que auxilia, e muito, nessa conexão interior – mas não só ela. Pode ser uma meditação ativa, feita ao ouvir uma música, ler um poema, dançar, cuidar das plantas, fazer atividade física ou, até mesmo – acredite – durante um trabalho: quem nunca se sentiu completamente conectado com o momento presente ao fazer algum trabalho que proporcionasse prazer?

O teólogo e filósofo Leonardo Boff sugere que a praticar a espiritualidade é um modo de ser. “É uma atitude fundamental, vivida na cotidianidade da existência: na arrumação da casa, no trabalho na fábrica, dirigindo o carro, conversando com amigos. De repente, irrompe como que um lampejo de algo mais profundo e inexplicável”, escreveu em artigo publicado em seu site. Com isso, acrescenta, as pessoa se tornam mais centradas, serenas e irradiadoras de paz.

A arte muitas vezes nos conecta a esse mundo da beleza que às vezes deixamos esquecidos dentro de nós. O filósofo Rubem Alves tem uma bela passagem sobre esse assunto: “há seres privilegiados, eles bem que poderiam ser chamados de anjos – aos quais é dado acesso a esse mundo espiritual de beleza. Eles veem e ouvem aquilo que nós nem vemos nem ouvimos. Aí eles transformam o que viram e ouviram em objetos belos que os homens normais podem ver e ouvir. É assim que nasce a arte.”

Ponto de Deus: a espiritualidade na Ciência

Cientistas inclusive já defendem a existência da chamada “inteligência espiritual”. A física e filósofa americana Dana Zohar aborda esse conceito no livro “QS Inteligência Espiritual”. Segundo Leonardo Boff, o livro é baseado em pesquisas que identificaram o chamado “ponto Deus no cérebro”, o que significa que essa profundidade espiritual tem base biológica.

Boff completa que pessoas que em suas vidas deram espaço significativo ao profundo, ao espiritual, revelam nos lóbulos frontais do cérebro uma excitação detectável acima do normal. Lóbulos que, por sua vez, são ligados ao sistema límbico, o centro das emoções e valores. “Aí se dá uma concentração naquilo que tais cientistas chamaram de ‘mente mística’ (mystical mind).”

Dessa forma, a estimulação do “ponto de Deus” não está ligada a uma ideia ou a algum pensamento objetivo, garante, mas “é ativado sempre e quando a pessoa se sente emotivamente envolvida com os contextos globais que conferem sentido à vida, ou quando, de forma autoimplicada, se referem ao Sagrado, a temas religiosos ou diretamente a Deus”.

Ou seja: independentemente de religião ou crença, praticar a espiritualidade tem muito mais a ver com conhecer-se com clareza, viver com propósito e enxergar a beleza nas pequenas coisas da vida. É o mesmo que ter “Deus” dentro de si – não um Deus religioso, mas uma força interior. “Este Deus interior é amor, o qual nas palavras de Dante, no final de cada livro da Divina comédia, ‘move os céus e as estrelas’, – e nós acrescentamos: e nossos próprios corações”, assegura Boff.

* Gabriela Gasparin é jornalista, escritora e autora do livro “Vidaria, uma coletânea de sentidos da vida”. É também criadora do blog Vidaria

Corpo, Saúde

“Prevenir é melhor do que remediar”: cuidados simples e diários evitam doenças

6 de julho de 2017

“Prevenir é melhor do que remediar”, já diz o ditado popular. Apesar do sábio provérbio, é comum deixarmos para tomar atitudes somente quando os problemas já apareceram, principalmente no que diz respeito à saúde do nosso corpo e mente. Ter um estilo de vida saudável e fazer visitas periódicas ao médico para a realização de exames preventivos são medidas simples que podem evitar o aparecimento de doenças ou reduzir o risco de percalços pelo nosso caminho.

 

O que é melhor: prevenir ou passar estresse?

Na Filosofia do Bonsai, a prática da prevenção é vista como essencial em todos os setores da vida, tanto no que diz respeito à saúde física e mental como nas relações humanas e no ambiente profissional. O maior benefício da prevenção é que é feita com medidas simples e rotineiras, diferentemente de ações drásticas, custosas e complexas que geralmente são necessárias quando nos vemos diante de um grande problema ou doença grave.

Todos sabemos da importância de manter um hábito de vida saudável. Porém, muitas vezes temos dificuldade em torná-los parte do nosso dia a dia. Contra isso, não há fórmula mágica: é necessário ter força de vontade e disciplina.

Uma dica para ser disciplinado é lembrar do ditado que abre este texto, usando-o como estímulo: “prevenir é melhor do que remediar”. Ou seja, quando a preguiça ou a tentação começarem a falar mais alto, lembre-se do impacto e estresse causados quando um grande problema ou doença aparece.

Os significados das palavras no dicionário sempre nos ajudam a reforçar a ideia que elas nos transmitem. No caso de “prevenção”, é: “1. Ação ou resultado de prevenir(-se). 2. Conjunto de medidas ou preparação antecipada de (algo) que visa prevenir (um mal).”

Simples medidas que fazem a diferença

Sabendo disso, o ideal é sempre pensarmos: o que podemos fazer diariamente para nos prepararmos e termos uma vida melhor?

No caso da nossa saúde, entre as ações a incluir no nosso dia a dia estão: a prática regular de exercícios físicos, manter uma alimentação balanceada e se certificar de manter o sono em dia. Outra medida muito difícil para algumas pessoas, mas sempre recomendada pelos médicos, é diminuir (se possível eliminar) as bebidas alcoólicas e o fumo.

Fazer meditação e ter um ritual diário, por sua vez, ajudam a nos manter conectados com nossa essência, colaborando para um equilíbrio mental.

A importância dos exames de rotina

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, já teve um “susto” com relação à sua saúde por negligenciar a importância de ir periodicamente ao médico e fazer exames de rotina. Foi quando, após a insistência de sua esposa, resolveu fazer um check-up geral e obteve o diagnóstico de ter Esôfago de Barrett (que é, de forma simples, uma agressão ao esôfago por conta de refluxo). Ele precisou passar por uma cirurgia e desde então modificou os hábitos alimentares. Caso não tivesse detectado a doença, ela poderia se desenvolver para um câncer no futuro.

Na Filosofia do Bonsai, o cuidado com o corpo e mente encontram-se nos pilares raiz e tronco.  Na raiz encontra-se a investigação sobre quem somos, nossos antepassados e carga genética – o histórico de antecedentes familiares funciona como um “alerta” para a identificação de doenças no estágio inicial. No tronco, os cuidados rotineiros com a saúde e bem-estar.

Afinal, se é melhor prevenir do que remediar, que a prevenção esteja presente de forma intensa na nossa vida, proporcionando menos estresse e uma vida com mais qualidade e harmonia.