Filosofia, Mente

Por que temos tanto medo de arriscar?

30 de outubro de 2017

“Quem não arrisca, não petisca”. O conhecimento popular nos mostra que é preciso abdicar de certa segurança para conseguir avançar – seja na vida pessoal ou profissional. Mas por que temos medo de arriscar? Apesar de sabermos que o risco é intrínseco a toda mudança, muitas vezes a nossa necessidade de nos sentir seguros nos impede de avançar e alcançar a prosperidade.

Como superar o medo de arriscar

Existe uma frase disseminada na internet que diz: “quem mede muito as consequências corre o risco de diminuir o tamanho da própria felicidade”. Quando ficamos presos a uma situação por conta da dúvida ou do medo, é sinal de que temos que agir. Nessas horas, o autoconhecimento é o mais importante para nos ajudar a tomar uma decisão.

Onde quero estar daqui a cinco anos? Pense qual vida você quer ter no futuro e tenha em mente que a decisão de agora é crucial para que seu objetivo se concretize. Está com medo de sair do emprego? De terminar um relacionamento? De mudar de cidade? Pense o que te segura nessas situações e se estar nelas condiz com a vida que quer ter no futuro. Tenha certeza: é a sua meta futura que vai te dar coragem para arriscar o que não está bom no presente.

É claro que todos temos necessidades básicas e precisamos saber até onde conseguimos arriscar. O psicólogo americano Abraham Maslow, por exemplo, foi conhecido por “hierarquizar” as necessidades humanas. Segundo ele, a ordem é a seguinte:

NECESSIDADES HUMANAS

1 – Fisiológicas: satisfação das necessidades básicas, como comer, beber água, respirar, etc;

2 – Segurança e proteção: estar seguro no emprego e financeiramente, ter uma casa, estar fisicamente e emocionalmente seguro;

3 – Filiação: é a sensação de pertencimento a um grupo, a uma comunidade, a uma família, estabelecer relações de afeto e amizade;

4 – Reconhecimento: é uma necessidade atendida pelo respeito próprio e dos outros, pelo reconhecimento, status, reputação e atenção;

5 – Autorrealização: é o autodesenvolvimento, que inclui crescimento moral, ético, espiritual, realização de um propósito e a busca de um objetivo na vida.

A hierarquia de Maslow nos leva a entender que dificilmente uma pessoa conseguirá suprir a necessidade de autorrealização caso não tenha as necessidades fisiológicas básicas supridas, por exemplo.

A importância do autoconhecimento

Ao criar para si a Filosofia do Bonsai, o empresário Alexandre Tagawa percebeu a importância do autoconhecimento para ficar mais seguro na hora de tomar decisões. Ele garante que estar bem consigo mesmo o ajuda diariamente tanto nos negócios como na vida pessoal.

Para isso, ele busca estar equilibrado e em paz consigo mesmo, o que consegue por meio de rituais diários, prática de meditação, uma alimentação equilibrada e atividades físicas. Tudo isso faz com que a mente dele esteja mais “limpa”, ou seja, menos tomada por pensamentos negativos.

O otimismo e o bem-estar nos ajudam a eliminar o medo de arriscar; afinal, precisamos estar seguros para tomar uma decisão. “Quer segurança? Compre uma geladeira. Ela não vai quebrar nunca, mas vai fazer sempre a mesma coisa”, afirma Tagawa.

O empresário arriscou-se muito no passado, principalmente na vida profissional. Ele abriu uma agência de publicidade sem nunca ter se formado na área – o que só foi fazer mais de 15 anos depois. É claro que ele abdicou de certa segurança e passou por “perrengues”, mas a possibilidade de fazer uma universidade não se apresentou para ele no início da carreira e ele teve que jogar com as cartas que tinha na mão.

“Se eu ficasse acomodado no conceito de vida que eu tinha, então automaticamente eu não poderia tocar as estrelas, porque eu pensaria que nada seria possível. Eu poderia pensar: ‘não estudei e por isso não tenho condições de encontrar um caminho melhor’. Eu poderia ficar nessa crença”, avalia.

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