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Conheça o ‘CHA’ e desenvolva competências essenciais para crescer

11 de dezembro de 2017

Há ferramentas que nos ajudam a identificar competências que precisamos desenvolver para evoluir tanto na vida pessoal como profissional. Um conceito bastante disseminado por especialistas em gestão de empresas mundo afora é o “CHA”, sigla que representa as iniciais das palavras “conhecimentos, habilidades e atitudes”. Na Filosofia do Bonsai, trabalhar essas competências faz parte do tema prevenção, que é justamente atuar no presente para evitar futuros contratempos.

Como desenvolver as competências do CHA

Conhecimento, habilidade e atitudes são competências complementares que, juntas, formam o cenário necessário completo para o desenvolvimento de uma ação. Inicialmente, precisamos conhecer (C) a respeito do assunto (pesquisar, ler, estudar e saber exatamente do que se trata). Em seguida, é necessário desenvolver a habilidade (H) necessária para realizar tal procedimento. A atitude (A) representa o ato de colocar a “mão na massa”, fazer o projeto acontecer e funcionar. De forma resumida, o conhecimento representa o “saber”, a habilidade o “saber fazer” e a atitude o “querer fazer”.

Quando foi apresentado ao conceito do CHA, o empresário Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia, conseguiu enxergar exatamente onde estavam suas forças e fraquezas como líder de uma agência de publicidade.

Ele explica que podemos enxergar o CHA como uma pirâmide, onde o conhecimento é a base, as habilidades estão no meio e a atitude, no topo. “Eu acredito que o conhecimento de fato é essencial, mas se a pessoa não desenvolver habilidades e não possuir atitude, ela não sai do lugar.”

Aprender fazendo ou aprender para fazer?

Como empreendedor, Tagawa passou muitos anos da vida profissional invertendo a ordem do CHA. Ele estava acostumado a adquirir o conhecimento por último, ou seja, primeiro tinha a atitude de se propor a fazer algo para, em seguida, aprender fazendo <link txt aprender fazendo>. Um exemplo é que primeiro o publicitário montou uma agência para só depois fazer faculdade na área.

Tagawa não desmerece a forma como atuou em grande parte da vida. Ele considera que ter atitude foi essencial para ele se firmar em um mercado extremamente competitivo. Contudo, reconhece que se tivesse adquirido conhecimento antes, ou seja, se preparado com antecedência, teria evitado muitas dores de cabeça. “A minha atitude surgia porque eu não tinha escolha. Tanto que muitas vezes agi sem pensar. Hoje, depois das ferramentas que adquiri, não faço mais isso.”

É importante buscar conhecimento constantemente para estar preparado para as possibilidades que a vida pode apresentar. “Se te oferecem uma promoção hoje, você está apto, preparado para aceitar? Tem o conhecimento necessário?”, questiona Tagawa. O mesmo deve ser feito com as habilidades e as atitudes. Quais habilidades você precisa desenvolver para efetuar determinada tarefa com êxito? Você tem conhecimento e habilidades de sobra, mas te faltam atitude?

Na Filosofia do Bonsai a prática da prevenção é vista como essencial em todos os setores da vida, tanto no que diz respeito à saúde física e mental como nas relações humanas e no ambiente profissional. O maior benefício da prevenção é que é feita com medidas simples e rotineiras, diferentemente de ações drásticas, custosas e complexas que geralmente são necessárias quando nos vemos diante de um grande problema. Pensar no conceito do CHA pode nos ajudar a entender qual competência nos falta para realizar o objetivo que queremos alcançar. Ou seja, melhor prevenir do que remediar. Que tal começar a se preparar agora?

Autodesenvolvimento, Mente

Para viver em plenitude devemos entrar com contato com nossas sombras

6 de dezembro de 2017

Para vivermos a nossa plenitude precisamos necessariamente entrar em contato com algo que geralmente evitamos ao máximo: nossas sombras. As sombras estão dentro de nós, mas raramente queremos olhar para elas. Pode ser algum medo, alguma características que temos e não gostamos de assumir ou uma ferida mal resolvida. Olhar para as sombras, contudo, é essencial para nossa evolução, crescimento e paz interior.

O que são as sombras na psicologia?

 O significado literal de sombra nos ajuda a entender o que elas representam no campo psicológico. Uma sombra é um espaço escuro provocado pela ausência de luz. Ele é criado pela existência de um obstáculo na frente da fonte luminosa. Tem a proporção distorcida com relação ao corpo real que a provoca.

O termo sombra é bastante usado por psicólogos. Na psicologia analítica, criada por Gustav Carl Jung, a sombra significa algo que negligenciamos em nós, que está no nosso inconsciente.

“Encontramos na sombra os aspectos mais repugnantes de nosso ser, que por não serem aceitos são relegados ao inconsciente”, diz o portal Psicologia Junguiana, acrescentando que, para Jung, é caminho necessário para o autoconhecimento a confrontação com este mal que existe em nós.

Geralmente a sombra é construída desde a infância, moldada por padrões morais da sociedade.

Nós ocultamos dentro da nossa psique tudo que é rejeitado pelos padrões sociais e por nós mesmos, ou seja, o monstro escondido dentro de cada um, explica o portal Info Escola.

Como lidar com a própria sombra?

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai faz há anos um longo trabalho de confrontar a própria sombra, rumo ao crescimento e evolução pessoal. “Se você ficar carregando a sua sombra você não vai conseguir viver a sua plenitude. A sombra tem que vir e te arrebentar, e aí você vai fazer com que exista uma revolução”.

Encontrar as nossas sombras exige um trabalho de autoconhecimento. É uma investigação pessoal que deve ser feita por cada um. Às vezes um acompanhamento terapêutico ajuda na descoberta. Podemos encontrar nossas sombras em medos, tristezas e dores. Geralmente situações que nos causam incômodo, raiva ou inveja podem revelar as nossas sombras.

Por exemplo, às vezes podemos ter aversão a pessoas bem-sucedidas porque, lá no fundo, não acreditamos que podemos ser bem-sucedidos. A beleza alheia pode nos incomodar porque não nos consideramos belos. Tememos a solidão porque não conseguimos ficar bem com nós mesmos, e por aí vai.

Tagawa garante que o primeiro passo para a evolução é aceitar a sombra, com tudo o que vem junto com ela. “Você tem essa sombra? Aceite. Diga: ‘tenho, poxa vida’. É duro olhar para ela. Às vezes pensamos ‘eu sou assim?’. É, você é isso.”

Depois, orienta, é importante trabalharmos essa sombra para que ela não nos prejudique no dia a dia. “O que eu vou tentar fazer? Tratar isso para gerar menos impacto nas pessoas que eu amo ou que me amam. Não é fácil, mas vale a pena”, assegura.

Meditação filtra as sombras

As práticas propostas pela Filosofia do Bonsai auxiliam, e muito, na identificação de sombras. Na meditação por exemplo, fazemos o trabalho de observar os próprios pensamentos. E eles dizem muita coisa sobre nós.

“Na minha meditação diária surgem várias sombras. Em vez de negá-las, como eu fiz por muito tempo, eu deixo elas virem, sinto o que está acontecendo e aí começo uma reflexão para tentar dar entendimento a essas sensações”, afirma Tagawa.

Autodesenvolvimento, Mente

Julgar e falar mal dos outros só prejudica a nós mesmos

4 de dezembro de 2017

Por Gabriela Gasparin

“O bom julgador por si se julga”, já diz o provérbio português. Todos sabemos que julgar é fácil, afinal, é uma forma de ressaltar defeitos alheios e evitar olhar para os nossos. Porém, tal prática só nos prejudica, pois reforça nossas fraquezas e nos impede de crescer e evoluir – fora o tempo que gastamos pensando na vida dos outros em vez de usá-lo para melhorar a nossa.

Por que julgar os outros faz mal?

Existe uma frase atribuída a Freud, criador da psicanálise, que diz: “Quando Pedro me fala de Paulo, sei mais de Pedro do que de Paulo”. Isso significa que falamos mal dos outros tendo como base nossas próprias crenças e pontos de vista. Afinal, se tal comportamento não nos dissesse respeito ou não revelasse algo sobre nós, não nos incomodaria.

“Se aquilo não tivesse nada a ver com as minhas dificuldades, não incomodaria, eu nem perceberia”, diz a psicoterapeuta cognitivista-comportamental Betania Marques Dutra, em reportagem publicada no Portal UOL.

De acordo com a Monja Coen, da tradição zen budista, o que nós fazemos, falamos e pensamos mexe na trama da existência. Segundo ela o karma, um dos conceitos budistas, significa que aquilo que fazemos de forma repetitiva vai causar tendências em nossa vida – o que acontece com nossos julgamentos e pensamentos.

Prendemos as pessoas em caixas fixas quando as julgamos, diz a Monja em vídeo disponível no YouTube. “A gente coloca as pessoas dentro de caixinhas: ‘aquela pessoa não presta, não gosto dela, ela é burra e estúpida’. E toda vez que vejo a pessoa, penso: ela é burra e estúpida. Eu não dou a oportunidade de pensar além da caixinha, eu a tranco lá dentro, a humilho (…) Isso é um vício, um karma que faz mal para a própria pessoa que assim sente.”

Julgar os outros nos faz mal porque, além de cultivarmos rancor, significa que temos uma visão congelada da realidade. Não percebemos que há a possibilidade de mudança, de crescimento e que nada é totalmente fixo. “As pessoas não são boas o tempo todo, nem más o tempo todo, nem burras o tempo todo, nem geniais o tempo todo”, ressalta a monja.

Meditar nos ajuda a julgar menos

O autoconhecimento é ação importante para quem deseja evoluir e julgar menos os demais. Quando nos conhecemos conseguimos identificar os próprios defeitos, o que nos dá a possibilidade de atuar sobre eles.

A meditação é importante ferramenta para isso. Por meio da prática conseguimos observar nossos hábitos de pensamentos, o que nos permite conhecer melhor quem somos. Que pensamentos temos que constroem a nossa realidade? O quanto eles moldam o que fazemos ou construímos? É isso que devemos avaliar diariamente.

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai garante que quanto mais ele faz as práticas propostas pela filosofia, como meditação e exercícios de respiração, mais ele tem controle sobre as próprias atitudes, o que o faz julgar menos. “A maioria dos problemas que passam pela nossa cabeça não acontecem. Nosso maior vilão somos nós mesmo. A gente tem mais pensamento ruim do que bom. A grande diferença é você conseguir ter mais pensamento bom do que ruim no dia”, avalia.

* Gabriela Gasparin é jornalista, escritora e autora do livro “Vidaria, uma coletânea de sentidos da vida”. É também criadora do blog Vidaria.

Autodesenvolvimento, Mente

Como desenvolver a habilidade de tomar decisões e fazer escolhas

24 de novembro de 2017

“Cada escolha é uma renúncia”, já diz o ditado popular. Se quisermos equilíbrio na vida, como propõe a Filosofia do Bonsai, precisamos ter em mente que não conseguimos ter tudo ao mesmo tempo. Saber tomar decisões e fazer escolhas é sinal de maturidade e sabedoria. Para ter essa clareza, é fundamental estar bem consigo mesmo e se conhecer.

De onde vem a dificuldade de tomar decisões

A vida é feita de escolhas. Tomamos decisões o tempo todo, da hora que acordamos até quando vamos dormir. Não tem como fugir: desde questões triviais como qual roupa usar pela manhã até assumir compromissos sérios, como um casamento, passa pelo nosso “sim” ou “não”.

Muitas dessas decisões são automáticas, pois sabemos que se ficarmos ponderando a todo momento o que fazer, não sairemos do lugar. Contudo, quando nos deparamos com uma situação nova, imprevista ou que vá causar muito impacto em nossas vidas, é comum ficarmos em dúvida. Nessas horas, o que fazer?

Quanto mais avaliamos os prós e contras das opções, mais ansiosos e paralisados ficamos. A indecisão causa ansiedade porque focamos nossos pensamentos em situações futuras que ainda não aconteceram.

Falta de maturidade e de autoconhecimento

Nessas horas, há dois fatores que nos atrapalham. O primeiro deles é a falta de maturidade em aceitar que não podemos ter tudo ao mesmo tempo. Saber disso ajuda, e muito, na tomada de decisões. Fica muito mais fácil abdicar de uma das alternativas quando simplesmente aceitamos que renúncias fazem parte da vida.

A segunda é a falta de autoconhecimento, de saber verdadeiramente qual alternativa é a melhor opção para você no seu momento atual. Muitas vezes esquecemos de prestar atenção no mais importante: como nos sentimos em relação a cada uma das possibilidades.

‘Decisões rápidas não são certas’

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, afirma que como empreendedor precisa tomar decisões o tempo todo. No passado, ele não pensava muito antes de aceitar novos projetos – o resultado é que estava sempre acumulando trabalho e “apagando incêndios”.

A vida dele começou a melhorar quando entendeu que não tem como ter qualidade de vida e pegar muitos projetos ao mesmo tempo – a não ser que crie uma estrutura para dar conta da demanda maior. “Eu não acredito em milagres. São escolhas.”

A analogia com o próprio bonsai ajuda Tagawa em suas decisões. A miniárvore precisa de cuidados diários e específicos para crescer forte e robusta. Antes de adquirir um novo bonsai para seu jardim, sugere Tagawa, é importante a pessoa avaliar se será capaz de cuidar bem

dele. Afinal, de nada adianta ter vários vasos com as árvores mal cuidadas.

 “Decisões rápidas não são certas”, diz o filósofo Sófocles. Antes de tomar uma decisão, é importante ter em mente os cenários que cada uma delas vai proporcionar. Depois disso, avalie internamente, sinta o que é o melhor para seu momento atual da vida e renuncie à outra opção sem sofrimento.

Filosofia, Mente

Como você se prepara para as oportunidades que a vida pode te oferecer?

22 de novembro de 2017

Estar intelectualmente preparado para as oportunidades que a vida oferece faz grande diferença para a concretização de nossos sonhos e objetivos. Na Filosofia do Bonsai, o preparo intelectual está dentro do pilar tronco, que representa o nosso desenvolvimento pessoal em busca de uma vida equilibrada e próspera.

“Se te oferecem uma promoção hoje, você está apto, preparado para aceitar? Tem o conhecimento necessário?”, questiona Alexandre Tagawa, idealizador da filosofia. É interessante fazer a nós mesmos tais questionamentos com sinceridade diariamente e, diante das respostas, procurar cursos, capacitações e desenvolvimentos pessoais que nos ajudem a trilhar o caminho que buscamos para as nossas vidas.

Muitos de nós gostaríamos de ter um emprego melhor, ganhar mais, evoluir na profissão e etc. Contudo, ficar apenas esperando a sorte bater na porta pode ser arriscado demais. Isso pode nunca acontecer e, caso ela bata, precisamos estar com a chave certa para conseguir abrir a porta.

Acompanhar avanços tecnológicos, trabalhar o desenvolvimento pessoal, buscar leituras sobre assuntos que nos interessam é preparo essencial para quem quer evoluir. “É muito importante estarmos preparados intelectualmente não só para fazer nosso trabalho bem feito e sermos reconhecidos, mas como forma de crescimento pessoal”, avalia Tagawa.

Como trabalhar o desenvolvimento pessoal

O desenvolvimento pessoal nada mais é do que trabalhar nosso potencial humano. São ações tomadas no dia a dia para identificar barreiras, vencê-las e evoluir. Por exemplo, se temos dificuldades em expor nossas opiniões e isso nos impede de crescer, precisamos entender de onde vem tal empecilho e o que podemos fazer para desenvolver tal habilidade.

O primeiro passo do desenvolvimento pessoal é identificar quais são os pontos em nós que precisam ser aprimorados ou reciclados. É importante definirmos as prioridades do que precisamos melhorar e focar aos poucos em cada uma delas. Isso pode ser feito com estudos, conversas, cursos, terapias, meditação, atividades físicas e no relacionamento humano.

O desenvolvimento intelectual deve ser constante – só assim conseguimos estar preparados para as oportunidades que a vida pode nos proporcionar. Além do mais, um aprendizado leva a outro e nos faz criar novas conexões – em um curso podemos conhecer pessoas que nos ajudem na caminhada rumo ao sonho que queremos concretizar.

Quando ficamos estagnados, parados em nossa zona de conforto, nada mais fazemos do que fecharmos portas para possibilidades que poderiam nos fazer evoluir e crescer.

Equilíbrio entre corpo, mente e alma

Na Filosofia do Bonsai, o desenvolvimento pessoal ocorre em três pilares: o corpo, a mente e a alma. Ao trabalharmos só um dos três, corremos o risco de adoecermos ou termos dificuldade de ter uma vida equilibrada.

Dessa forma, além de trabalhar o intelecto, é importante estarmos conectados com nosso lado espiritual, por meio de meditação, rituais, criação de um altar, por exemplo, e corporal, por meio de atividades físicas. Pode parecer muita coisa para trabalhar ao mesmo tempo, contudo, com disciplina e fazendo um pouquinho a cada dia, logo construímos hábitos e nos acostumamos a cuidar de nós mesmo. Afinal, como disse Buda, toda grande caminhada começa com um simples passo .

Autodesenvolvimento, Mente

Por que a desilusão é uma bênção e nos faz crescer

21 de novembro de 2017

Por Gabriela Gasparin

Sofremos muito toda vez que passamos por uma desilusão, seja amorosa, profissional ou de amizades. Tendemos a achar que fomos enganados, traídos, desrespeitados – o que, de fato, pode até ser verdade. No momento da dor é difícil termos discernimento para compreender que a desilusão é, na verdade, uma bênção. Afinal, se antes estávamos iludidos, agora não estamos mais. É como diz a sábia frase de Chico Xavier: “a desilusão é a visita da verdade.”

Como lidar com uma desilusão

Acolher a verdade na hora que ela bate à nossa porta em formato de desilusão é a melhor coisa que podemos fazer para nós mesmos. Em vez de brigar com o escuro, você traz luz. Em vez de reagir a uma desilusão, você vê a desilusão mas, ao mesmo tempo, enxerga através dela, sugere o escritor Eckhart Tolle, no livro “O poder do agora” – bestseller que busca nos ajudar a combater o sofrimento ao viver o momento presente.

No dicionário da língua portuguesa, enganar é sinônimo de iludir. Ilusão, por sua vez, significa “engano dos sentidos ou da mente, que faz tomar uma coisa por outra”. É claro que dói perceber ou descobrir que estávamos iludidos, contudo, agradecer à nova fase, de encontro com a verdade, é um caminho que nos leva ao crescimento e evolução.

Redução das expectativas

O companheiro amoroso mostrou-se infiel e isso acabou com o relacionamento? Não é fácil encarar a realidade nua e crua, tal como ela se apresenta, contudo, seria preferível continuar em um relacionamento e ser enganado?

Por mais que a verdade seja dolorosa, encará-la e crescer com ela é a melhor forma de seguir em frente. Com certeza, após tal desilusão amorosa ficamos mais fortes para lidar com novos problemas e não sofremos tanto com eles. Outro benefício é que estaremos mais maduros para próximos relacionamentos.

Muitas vezes criamos expectativas com relação a situações, fantasiamos sobre elas e não percebemos que isso nos distancia da realidade – daí surgem as desilusões. Uma boa ferramenta para isso é esperar menos dos outros e de situações e depositar a nossa felicidade naquilo que nós mesmos podemos nos proporcionar.

Podemos ter sonhos e objetivos, é claro que sim, eles nos norteiam e dão sentido à nossa vida, mas devemos construí-los sem “as expectativas ilusórias de que uma coisa ou alguém no futuro irá nos salvar ou nos fazer felizes”. Nós mesmos é que somos os únicos responsáveis pela nossa felicidade.

‘Desilusionismo’

O processo de enxergar a realidade assim como ela é ocorre por meio do distanciamento da situação. Em vídeo no Youtube, a Monja Coen, monja zen budista, cita um conceito defendido pelo professor Hermógenes, um dos pioneiros do yoga no Brasil, ao falar de uma nova religião chamada “desilusionismo”, que é: “cada vez que temos uma desilusão estamos mais perto da verdade, por isso agradecemos.”

A monja cita que provavelmente quando sofremos uma desilusão isso significa que não estávamos em plena atenção. Mas isso não é motivo para ficarmos com raiva de nós ou do outro. “Nada é fixo. Nada é permanente”, salienta.

É disseminada a frase de Buda que diz: “há somente uma lei que nunca muda no Universo – é a de que todas as coisas mudam, todas as coisas são impermanentes”. Ao aceitarmos que tudo muda, que nada é para sempre, ficamos livres para deixar a situação da ilusão ir embora e abraçar o novo que está por vir.

* Gabriela Gasparin é jornalista, escritora e autora do livro “Vidaria, uma coletânea de sentidos da vida”. É também criadora do blog Vidaria.

Filosofia, Mente

Por que temos tanto medo de arriscar?

30 de outubro de 2017

“Quem não arrisca, não petisca”. O conhecimento popular nos mostra que é preciso abdicar de certa segurança para conseguir avançar – seja na vida pessoal ou profissional. Mas por que temos medo de arriscar? Apesar de sabermos que o risco é intrínseco a toda mudança, muitas vezes a nossa necessidade de nos sentir seguros nos impede de avançar e alcançar a prosperidade.

Como superar o medo de arriscar

Existe uma frase disseminada na internet que diz: “quem mede muito as consequências corre o risco de diminuir o tamanho da própria felicidade”. Quando ficamos presos a uma situação por conta da dúvida ou do medo, é sinal de que temos que agir. Nessas horas, o autoconhecimento é o mais importante para nos ajudar a tomar uma decisão.

Onde quero estar daqui a cinco anos? Pense qual vida você quer ter no futuro e tenha em mente que a decisão de agora é crucial para que seu objetivo se concretize. Está com medo de sair do emprego? De terminar um relacionamento? De mudar de cidade? Pense o que te segura nessas situações e se estar nelas condiz com a vida que quer ter no futuro. Tenha certeza: é a sua meta futura que vai te dar coragem para arriscar o que não está bom no presente.

É claro que todos temos necessidades básicas e precisamos saber até onde conseguimos arriscar. O psicólogo americano Abraham Maslow, por exemplo, foi conhecido por “hierarquizar” as necessidades humanas. Segundo ele, a ordem é a seguinte:

NECESSIDADES HUMANAS

1 – Fisiológicas: satisfação das necessidades básicas, como comer, beber água, respirar, etc;

2 – Segurança e proteção: estar seguro no emprego e financeiramente, ter uma casa, estar fisicamente e emocionalmente seguro;

3 – Filiação: é a sensação de pertencimento a um grupo, a uma comunidade, a uma família, estabelecer relações de afeto e amizade;

4 – Reconhecimento: é uma necessidade atendida pelo respeito próprio e dos outros, pelo reconhecimento, status, reputação e atenção;

5 – Autorrealização: é o autodesenvolvimento, que inclui crescimento moral, ético, espiritual, realização de um propósito e a busca de um objetivo na vida.

A hierarquia de Maslow nos leva a entender que dificilmente uma pessoa conseguirá suprir a necessidade de autorrealização caso não tenha as necessidades fisiológicas básicas supridas, por exemplo.

A importância do autoconhecimento

Ao criar para si a Filosofia do Bonsai, o empresário Alexandre Tagawa percebeu a importância do autoconhecimento para ficar mais seguro na hora de tomar decisões. Ele garante que estar bem consigo mesmo o ajuda diariamente tanto nos negócios como na vida pessoal.

Para isso, ele busca estar equilibrado e em paz consigo mesmo, o que consegue por meio de rituais diários, prática de meditação, uma alimentação equilibrada e atividades físicas. Tudo isso faz com que a mente dele esteja mais “limpa”, ou seja, menos tomada por pensamentos negativos.

O otimismo e o bem-estar nos ajudam a eliminar o medo de arriscar; afinal, precisamos estar seguros para tomar uma decisão. “Quer segurança? Compre uma geladeira. Ela não vai quebrar nunca, mas vai fazer sempre a mesma coisa”, afirma Tagawa.

O empresário arriscou-se muito no passado, principalmente na vida profissional. Ele abriu uma agência de publicidade sem nunca ter se formado na área – o que só foi fazer mais de 15 anos depois. É claro que ele abdicou de certa segurança e passou por “perrengues”, mas a possibilidade de fazer uma universidade não se apresentou para ele no início da carreira e ele teve que jogar com as cartas que tinha na mão.

“Se eu ficasse acomodado no conceito de vida que eu tinha, então automaticamente eu não poderia tocar as estrelas, porque eu pensaria que nada seria possível. Eu poderia pensar: ‘não estudei e por isso não tenho condições de encontrar um caminho melhor’. Eu poderia ficar nessa crença”, avalia.

Filosofia, Mente

Como ser uma pessoa melhor cuidando de nós mesmos

27 de outubro de 2017

O equilíbrio físico e mental reflete diretamente nas nossas relações sociais. Quando estamos de bem com nós mesmos, aumentamos o nível de tolerância com os outros, somos mais educados e prestativos. Quanto mais fortalecemos internamente, melhor sabemos lidar com problemas, imprevistos diários e situações adversas. Ou seja, ao cuidarmos de nós, nos tornamos uma pessoa melhor para a sociedade.

Como ser uma pessoa melhor

Práticas da Filosofia do Bonsai como meditação e rituais diários ajudam o empresário Alexandre Tagawa, idealizador da filosofia, a ter um melhor convívio social – o que vale tanto para a família e amigos, como na vida profissional.

Por muitos anos ele viveu desequilibrado. Ficava nervoso com facilidade, estourava com funcionários e até com familiares em momentos de conflitos. Dono de uma agência de publicidade, era um chefe nervoso. Confessa que muitas vezes se excedeu com funcionários, gritando e dando retornos agressivos.

“O que mudou depois das minhas práticas é que eu não deixo mais o nervoso tomar conta de mim. Quando vem um nervoso, um desequilíbrio, eu respiro dez vezes. Ao final, a forma que eu ia conduzir determinada situação é mais amena.”

Ele tem uma filha pequena e também utiliza a prática com ela. Ou seja, quando a filha apronta ou não dá trégua, o pai respira e escolhe uma boa forma de dizer não ou controlar a filha, sem precisar apelar para gritos ou palmadas.

“Ao respirar e contar até dez eu tenho um tempo de escolha. Surge a possibilidade de mudar o canal”, avalia. Em vez de agir com raiva ou agressividade, a resposta é mais certeira.

“Faço isso no trabalho, na rua, com a família, com a minha filha, com todo mundo”, revela. Tagawa garante que desde que começou a praticar a Filosofia do Bonsai diariamente, tem conseguido manter a resiliência, a calma e a tranquilidade, sem perder a linha.

O empresário dá o exemplo de discussões no trânsito. Quantas vezes nos tornamos verdadeiros “monstrinhos” quando estamos no volante? “Se você começa a discutir com o outro motorista, de repente ele está em um dia ruim, com uma energia pesada, e se você não se controla acaba participando de uma história que não é sua.”

O outro motorista pode ter acabado de sair de uma discussão com a família, ter perdido dinheiro, estar atrasado para um compromisso e etc. Nessas horas, quando estamos desequilibrados, entramos em uma briga desnecessária, garante Tagawa. “Você passa a viver a energia do outro. Quando você vive a energia do outro, você aumenta a sua fragilidade.”

Práticas ajudam a manter o equilíbrio

 Detentor de uma história cheia de altos e baixos tanto na vida pessoal como profissional, Tagawa encontrou nas práticas da filosofia uma forma de se equilibrar. A meditação o ajuda muito a limpar os pensamentos diariamente. Os exercícios físicos matinais o ajudam a controlar o estresse e a manter-se em forma. Além disso, ele também pratica rituais e mantras diariamente para se fortalecer.

O empresário garante que essas medidas colaboram para manter pensamentos positivos, reduzem a raiva e o estresse e melhoram o seu dia. “Os sentimentos negativos existem, mas quando eles vêm eu canalizo. É como se eu tivesse uma maneira de jogar para o universo, de liberá-los. Eu não me deixo dominar.”

 

Autodesenvolvimento, Mente

A importância das verdadeiras amizades

20 de outubro de 2017

Cultivar boas amizades é fundamental para ter uma vida feliz. Porém, é comum perdermos o controle sobre a influência dos amigos no nosso dia a dia, pecando pela falta ou excesso. Assim como em todos os âmbitos da nossa existência, o equilíbrio nas relações sociais é importante para nosso bem-estar. Afinal, como diz a disseminada máxima atribuída ao filósofo Aristóteles: “ter muitos amigos é não ter nenhum”.

É preciso ter muitos amigos?

Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, faz um paralelo com o bonsai ao falar de amizades. Isso porque ter um bonsai exige atenção e cuidado. Se optar por ter vários, o dono precisa saber que será necessário dedicar mais tempo a cada um, abdicando de outros afazeres. “Não adianta a gente ter milhares de amigos, porque no fim a gente não tem condições de cuidar de nenhum direito”, defende.

Tagawa afirma que no passado já tentou ter muitos amigos, mas percebeu que era muito difícil estar presente e dar atenção a todos. O que acontecia é que ele confirmava presença em encontros, mas na hora não comparecia. Com isso, muitos amigos ficavam chateados com ele.

“Descobri que não consigo fazer tudo aquilo que eu gostaria. Então, em vez de eu ficar dividindo energia, decidi que é melhor eu concentrá-la em alguns lugares. Hoje, se alguém me pergunta: ‘você tem um monte de amigos?’ Eu respondo: ‘não. São poucos amigos que eu consigo manter aceso”. E acrescenta: “quem tudo quer, nada tem. Quem quer abraçar o mundo, não abraça ninguém”.

Ninguém tem multidão de amigos

É disseminada a sabedoria de que não somos capazes de cultivar muitas amizades. Além da citação de Aristóteles no começo deste texto, muitos pensadores discorreram sobre o assunto. O poeta inglês Samuel Taylor Coleridge, disse: “quem se vangloria de ter conquistado uma multidão de amigos nunca teve um”.

O filósofo grego Epicuro também falou bastante sobre a importância das amizades na nossa vida, explicou o psicólogo e escritor Ilan Brenman em coluna na rádio CBN. De acordo com Brenman, é de Epicuro a seguinte frase: “de todas as coisas que nos oferece a sabedoria para a felicidade de toda a vida, a maior é a aquisição da amizade”.

O pensador também afirmou: “antes de comer ou beber qualquer coisa, pondere com mais atenção sobre com quem comer e beber do que sobre a comida e bebida, pois alimentar-se sem a companhia de um amigo é o mesmo que viver como um leão ou um lobo.”

Quem tem amigo verdadeiro é mais feliz

Segundo o psicólogo Brenman, pesquisas mostram que pessoas que têm amigos reais e verdadeiros são mais satisfeitos e felizes. O estudioso pondera que de fato não dá para ter muitos amigos. “Aqueles que podemos contar para toda hora são dez no máximo, talvez um pouco mais, mas não passa disso.”

Tagawa tem o mesmo ponto de vista e revela que hoje consegue conta na palma da mão a quantidade de amigos que consegue estar próximo e manter uma relação saudável e de confiança.

Ele até organizou uma rotina na vida para inserir as amizades, como jogar bola com eles durante a semana ou convidar para um encontro com a família de 15 em 15 dias. “Então, acho que o grande aprendizado é assim: como você não pode ter tudo na vida, faça umas escolhas, e para as escolhas que você fizer, faça bem feito”, sugere Tagawa.

Mente, Vida Profissional

Aprender fazendo é a melhor forma de sair da inércia e realizar objetivos

18 de outubro de 2017

“Estou sempre fazendo aquilo que não sou capaz numa tentativa de aprender como fazê-lo”, disse Picasso. Quantas vezes ficamos paralisados, sem sair do lugar, porque achamos que não sabemos fazer alguma coisa? Aprender fazendo, “colocando a mão na massa”, é a melhor forma de sair da inércia e caminhar rumo à realização de sonhos e objetivos.

Como aprender fazendo

A vida profissional do empresário Alexandre Tagawa, idealizador da Filosofia do Bonsai, resume-se a aprender fazendo. O publicitário primeiro ingressou no ramo para só depois fazer faculdade na área – porém, nada ocorreu de forma planejada.

Tagawa, que hoje é dono de uma agência de publicidade, começou a fazer os primeiros panfletos após receber o pedido inesperado de um cliente. Ele trabalhava com produção de fotos quando uma das empresas para a qual prestava serviço perguntou se ele poderia produzir um panfleto. Sem ter a menor ideia de como fazer tal produção, respondeu positivamente.

“Primeiro eu falo ‘sim’ para depois pensar como eu vou fazer. Em alguns momentos os resultados foram bons, em outros, ruins. Mas avalio que durante a minha vida essa postura me ajudou muito mais do que me prejudicou”, observa.

Nesse caso em que recebeu o pedido para fazer panfletos de divulgação, o empreendedor conta que precisou “se virar”: foi atrás de profissionais que sabiam executar o serviço e adquiriu os equipamentos necessários – no caso, parcelou um antigo computador da Mac, o “Macintosh,” em 36 vezes, o que ocorreu há cerca de 20 anos.

“Ficou horrível o folheto, mas aí o cara falou: a partir de hoje você é minha agência. Ele na verdade não gostou do folheto, mas como eu tinha me esforçado para entregar, ele me deu a chance”, explica.

Maturidade para aceitar um desafio

Com o passar do tempo, Tagawa afirma que adquiriu maturidade para refletir antes de aceitar um pedido, já que nem sempre responder sim para tudo pode ser uma boa ideia. São incontáveis as experiências em sua vida de aceitar uma proposta ou entrar em uma sociedade e só depois descobrir como colocar a ideia em prática. Por conta disso, já recebeu até pedido de falência da empresa no passado.

“Ser assim, por um lado, sempre me ajudou muito. Eu não tinha receio. De alguma maneira as coisas que aconteciam ao meu redor me ajudavam e tudo dava certo no final, mas muitas vezes eu fui despreparado.”

Equilíbrio e uma dose de risco

O empresário acredita que as práticas da Filosofia do Bonsai, como buscar o autodesenvolvimento, praticar meditação e exercícios de respiração hoje o ajudam a ficar centrado e a evitar aceitar propostas por impulso, por exemplo. Apesar disso, garante que prefere arrepender-se do que fez do que daquilo que não fez.

Para ele, arriscar-se é fundamental. “Mesmo quando deu errado, no final deu certo, porque me gerou muito aprendizado. Eu só tive oportunidades porque fiz movimentos.”

E Tagawa não é o único a pensar dessa forma, seguem outras frases de célebres personalidades que nos inspiram a aprender fazendo:

“É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer” – Aristóteles.

“Deve-se aprender fazendo a coisa; pelo pensamento você acha que sabe. Você não tem certeza, até que você tente” – Sófocles.

“Tudo sempre parece impossível até que seja feito” – Nelson Mandela.